ABSTRACT Introduction/framework/objectives The legislation gives the possibility for pregnant women with jobs where there are night shifts, to avoid doing them during this stage. However, sometimes the workers themselves question whether this has concrete scientific validity and what this could entail for themselves and their descendants. Not being a topic with much published literature, this review allows to consult a summary of the most up-to-date records at this level, in order to make assertive and scientific decisions regarding conditioning, as well as whether these should be mandatory or optional. Methodology This is a Bibliographic Review, initiated through a search carried out in May 2023 in the databases “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina and RCAAP”. Content Night shifts during pregnancy may be associated with greater family-work conflict, tiredness and sleep disturbance; as well as cancers, weight gain, diabetes, high blood pressure and other cardiovascular diseases; in addition to preterm delivery, low birth weight and congenital anomalies. Discussion and Conclusions Night shifts during pregnancy, especially if numerous and/or consecutive, seem to allow for some alterations, whose pathophysiology is reasonably explained/theorized. However, the probability and eventual severity of these issues must be considered by the pregnant woman herself, so that she (duly informed with regard to current medical knowledge on the subject) choose whether she wishes to continue to do some night shifts and, if so, how; since anxiety and disruption of routines can also be harmful, especially on an emotional and/or economic level (more prominently in companies where the pregnant woman has empathy with the tasks, the work team and/or I have a shared transport). It should be decided on a case-by-case basis, as a team, taking into account pregnant´s opinion. It would be interesting for professionals working in a hospital environment, in an institution that has Obstetric service, to focus a little on the topic, portraying the national reality and publishing their research in a magazine in the area, to disseminate knowledge. and national level, with international extrapolation.
RESUMO Introdução/enquadramento/objetivos A legislação consagra a possibilidade de as grávidas com postos de trabalho em que existam turnos noturnos, os evitem durante esta etapa. Contudo, por vezes, as próprias trabalhadoras questionam a validade científica concreta dessa medida e o que isso poderá acarretar para si e para a descendência. Não sendo um tema com muita bibliografia publicada, esta revisão permite consultar uma síntese do que mais atualizado se registou a este nível, de forma a se tomarem decisões assertivas e científicas em relação a condicionamentos, bem como se estes devem ser obrigatórios ou opcionais. Metodologia Trata-se de uma Revisão Bibliográfica, iniciada através de uma pesquisa realizada em maio de 2023, nas bases de dados “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina e RCAAP”. Conteúdo Os turnos noturnos durante a gravidez poderão associar-se a maior conflito família-trabalho, cansaço e perturbação do sono; bem como cancros, aumento de peso, diabetes, hipertensão arterial e outras doenças cardiovasculares; para além de parto pré-termo, baixo peso ao nascer e anomalias congénitas. Discussão e Conclusões Os turnos noturnos durante a gravidez, sobretudo se numerosos e/ou seguidos, parecem possibilitar algumas alterações, cuja fisiopatologia se encontra razoavelmente explicitada/teorizada. Contudo, a probabilidade e eventual gravidade dessas questões devem ser ponderadas pela própria grávida (devidamente informada relativamente aos conhecimentos médicos atuais), para que possa optar se deseja continuar a fazer alguns turnos noturnos e, em caso positivo, de que forma; uma vez que a ansiedade e perturbação de rotinas pode ser também perniciosa, sobretudo a nível emocional e/ou económico (com maior destaque em empresas onde a grávida tenha empatia com as tarefas e com a equipa de trabalho e/ou tenha meio de transporte partilhado). Caberá decidir caso a caso, em equipa, considerando a opinião da própria. Seria aliciante que profissionais a exercer em ambiente hospitalar, em instituição que tenha serviço de Obstetrícia, se debruçassem um pouco sobre o tema, retratando a realidade nacional e publicando a sua investigação em revista da área, para difusão de conhecimentos e nível nacional, com extrapolação internacional.