Resumen En las últimas dos décadas América Latina vivió una explosión de la matrícula de estudiantes en el nivel superior que dio lugar a una “revolución en el acceso”. Sin embargo, persisten desigualdades entre estudiantes según su origen social que se reflejan, principalmente, en la graduación. En el presente artículo reflexionamos sobre la necesidad de incorporar nuevos abordajes y objetos de estudio para analizar la desigualdad educativa. En este sentido, desarrollamos argumentos que justifican la importancia de llevar adelante análisis que incorporen nuevas perspectivas para conocer, ya no las razones por las que estudiantes de origen social desfavorable abandonan los estudios, sino su contracara: los casos “exitosos”. Es decir, trayectorias y experiencias de estudiantes que, en condiciones desfavorables, alcanzan el título de grado. En primer lugar, presentamos una descripción de las últimas dos décadas en las que aumentó la participación de la población latinoamericana en el nivel superior y la incorporación de estudiantes “nuevos/as”. En segundo lugar, y a partir de fuentes estadísticas secundarias, describimos la situación en la que, pese al mejoramiento de algunos indicadores y la movilidad social ascendente, persisten desigualdades educativas en la educación superior: desigualdad entre países, dentro de estos y entre estudiantes. Finalmente, se retoman algunos conceptos provenientes de los estudios con enfoque multidimensional de la desigualdad para reflexionar acerca de los marcos conceptuales que contribuyen al análisis de dicho fenómeno en el campo educativo.
Abstract In the last two decades, Latin America has experienced an explosion in student enrollment at the higher education level, which has given rise to an “access revolution”. However, inequalities persist among students according to their social origin, which are mainly reflected in graduation. In this article we reflect on the need to incorporate new approaches and objects of study to analyze educational inequality. In this sense, we develop arguments that justify the importance of carrying out analyses that incorporate new perspectives to understand, not the reasons why students from disadvantaged social backgrounds drop out of school, but their flip side: the “successful” cases. That is to say, trajectories and experiences of students who, in unfavorable conditions, achieve their degree. First, we present a description of the last two decades in which the participation of the Latin American population in higher education and the incorporation of “new” students increased. Secondly, and based on secondary statistical sources, we describe the situation in which, despite the improvement of some indicators and upward social mobility, educational inequalities persist in higher education: inequality between countries, within countries and among students. Finally, some concepts from studies with a multidimensional approach to inequality are used to reflect on the conceptual frameworks that contribute to the analysis of this phenomenon in the field of education.
Resumo Nas últimas duas décadas, a América Latina experimentou uma explosão de inscrições de estudantes a nível terciário, levando a uma “revolução de acesso”. No entanto, persistem desigualdades entre estudantes de acordo com a sua origem social, que se refletem principalmente na graduação. Neste artigo, refletimos sobre a necessidade de incorporar novas abordagens e objetos de estudo para analisar a desigualdade educacional. Neste sentido, desenvolvemos argumentos que justificam a importância de realizar análises que incorporem novas perspectivas para compreender não só as razões pelas quais os estudantes de meios sociais desfavorecidos abandonam a escola, mas também a sua contraparte: os casos de “sucesso”. Por outras palavras, as trajetórias e experiências dos estudantes que, em condições desfavoráveis, atingem o seu grau. Em primeiro lugar, apresentamos uma descrição das duas últimas décadas em que a participação da população latino-americana no ensino superior e a incorporação de “novos” estudantes têm aumentado. Em segundo lugar, e com base em fontes estatísticas secundárias, descrevemos a situação em que, apesar da melhoria de alguns indicadores e da mobilidade social ascendente, persistem desigualdades educacionais no ensino superior: desigualdade entre países, dentro dos países e entre estudantes. Finalmente, alguns conceitos de estudos com uma abordagem multidimensional da desigualdade são retomados a fim de refletir sobre os quadros conceptuais que contribuem para a análise deste fenómeno no domínio da educação.