Abstract Introduction: Although drug trafficking has been a historical practice in the Paraguayan Chaco, social dynamics have changed in recent years, generating a hybrid social order in which drug traffickers have gained power, indigenous groups have been left unprotected and at the mercy of traffickers, and politics has disengaged from the community and freed up areas to facilitate and protect the illegal business. Objective: Against this backdrop, the article describes social perceptions of drug trafficking and politics in indigenous communities in the Department of Alto Paraguay. Methodology: The research is based on a qualitative multi-method approach that includes documentation, ethnography and key informant interviews. Conclusions: The paper demonstrates how the delegitimization of formal politics and legality create areas of risk not only for the expansion and social tolerance of criminality, but also for the legitimization of illegality as a means to achieve a (more) dignified life. In this sense, the article questions that the literature on criminal governance and narcopolitics has focused more on adjectives than on nouns. It is the previous inefficiency of governance and politics that creates the conditions for the emergence of unwanted adjectives (such as criminal or narco). The challenge is not so much to fight crime as to promote revalorized governance and policy.
Resumo Introdução: Embora o narcotráfico seja uma prática histórica no Chaco paraguaio, a dinâmica social mudou nos últimos anos, gerando uma ordem social híbrida na qual os narcotraficantes ganharam poder, os grupos indígenas ficaram desprotegidos e à mercê dos traficantes, e a política se desvinculou da comunidade e liberou áreas para facilitar e proteger o negócio ilegal. Objetivo: Diante desse cenário, o artigo descreve as percepções sociais da narcopolítica e da política em comunidades indígenas no Departamento de Alto Paraguai. Metodologia: a pesquisa se baseia em uma abordagem qualitativa multimétodos que envolve documentação, etnografia e entrevistas com informantes-chave. Conclusões: O artigo demonstra como a deslegitimação da política formal e da legalidade cria áreas de risco não apenas para a expansão e a tolerância social da criminalidade, mas também para a legitimação da ilegalidade como um meio de alcançar uma vida (mais) digna. Nesse sentido, o artigo questiona o fato de a literatura sobre governança criminal e narcopolítica ter se concentrado mais em adjetivos do que em substantivos. É a ineficiência anterior da governança e da política que cria as condições para o surgimento de adjetivos indesejados (como criminoso ou narcopolítico). O desafio não é tanto combater o crime, mas promover uma governança e uma política revalorizadas.
Resumen Introducción: aunque el narcotráfico ha sido una práctica histórica en el Chaco Paraguayo, las dinámicas sociales cambiaron en los últimos años, generando un orden social híbrido en el que los rectores del narco habrían ganado poder, los grupos indígenas habrían quedado desprotegidos y a merced de los traficantes, y la política se habría desentendido de la comunidad y liberaría zonas para facilitar y proteger el negocio ilegal. Objetivo: ante este contexto, el artículo describe las percepciones sociales sobre el narco y la política en comunidades indígenas del Departamento de Alto Paraguay. Metodología: la investigación se basa en un enfoque cualitativo multi-método que incluye documentación, etnografía y entrevistas a informantes clave. Conclusiones: el trabajo demuestra cómo la deslegitimación de la política formal y de la legalidad crean áreas de riesgo no sólo para la expansión y tolerancia social de la criminalidad, sino también para la legitimación de la ilegalidad como medio para conseguir una vida (más) digna. En este sentido, el artículo cuestiona que la literatura sobre gobernanza criminal y narcopolítica se ha centrado más en los adjetivos que en los sustantivos. La ineficiencia previa de la gobernanza y la política es la que crea las condiciones para la emergencia de los adjetivos indeseados (como criminal o narco). El desafío no es tanto combatir el crimen como promover una gobernanza y una política revalorizada.