Resumo: Este estudo investigou os efeitos da percepção do vínculo parental, variáveis sociodemográficas e gestacionais na intensidade do apego materno-fetal (AMF) no contexto de gestação de alto risco. Trata-se de um estudo quantitativo e transversal com 119 participantes. Foi aplicado um questionário sociodemográfico, a Escala de Apego Materno-Fetal - Versão Breve e o Parental Bonding Instrument. Os resultados da análise de regressão linear múltipla foram estatisticamente significativos (p < 0,05). O modelo final explicou 28,7 % da variância do AMF e foi composto pelas variáveis de superproteção paterna, cuidado paterno, idade da mulher, idade gestacional e suporte do pai do bebê. Reitera-se que a intensidade do AMF é multideterminada, envolvendo aspectos da história de vida, sociais e situacionais. A percepção da mulher acerca do vínculo paterno durante sua infância e adolescência e o apoio do pai do bebê no período gestacional destacam-se como fatores influentes para a vinculação materno-fetal, indicando a importância do envolvimento paterno ao longo do ciclo vital. São pontuadas implicações para a prática profissional, bem como limitações e recomendações de estudos futuros.
Resumen: Este estudio investigó los efectos de la percepción del vínculo parental, las variables sociodemográficas y gestacionales en la intensidad del apego materno-fetal (AMF) en el contexto de embarazos de alto riesgo. Se trata de un estudio cuantitativo y transversal con 119 participantes. Se aplicó un cuestionario sociodemográfico, la Escala de Apego Materno-Fetal-Versión Breve y el Instrumento de Vínculo Parental. Los resultados del análisis de regresión lineal múltiple fueron estadísticamente significativos (p < .05). El modelo final explicó el 28.7 % de la varianza del AMF y estuvo compuesto por las variables de sobreprotección paterna, cuidado paterno, edad de la mujer, edad gestacional y apoyo del padre del bebé. Se reitera que la intensidad del AMF es multideterminada, lo que involucra aspectos de la historia de vida, sociales y situacionales. La percepción de la mujer sobre el vínculo paternal durante su infancia y adolescencia, así como el apoyo del padre del bebé durante el período gestacional, destacan como factores influyentes en el apego materno-fetal, lo que indica la importancia de la participación paterna a lo largo del ciclo vital. Se puntualizan implicaciones para la práctica profesional, así como limitaciones y recomendaciones para estudios futuros.
Abstract: This study investigated the effects of perceived parental bonding, sociodemographic and gestational variables on the intensity of maternal-fetal attachment (MFA) in the context of high-risk pregnancies. This is a quantitative, cross-sectional study involving 119 participants. A sociodemographic questionnaire, the Maternal-Fetal Attachment Scale-Brief Version, and the Parental Bonding Instrument were administered. The results of the multiple linear regression analysis were statistically significant (p < .05). The final model explained 28.7 % of the variance in MFA and included the variables of paternal overprotection, paternal care, maternal age, gestational age, and the support from the baby's father. We emphasize that MFA intensity is multidetermined, involving aspects of life history, social, and situational factors. The woman’s perception of paternal bonding during her childhood and adolescence, as well as the support from the baby's father during the gestational period, are highlighted as influential factors for maternal-fetal attachment, indicating the importance of paternal involvement throughout the life cycle. Implications for professional practice, as well as limitations and recommendations for future studies are discussed.