RESUMO Objetivo Estendemos o modelo EPIC da Organização Mundial da Saúde e aplicamos para analisar o impacto macroeconômico das doenças não transmissíveis (DNT) e as condições de saúde mental na Costa Rica, Jamaica e Peru. Métodos O modelo EPIC quantifica o impacto das DNT e condições de saúde mental na produção agregada unicamente através do efeito de condições crônicas na oferta de trabalho devido à mortalidade. Em contrapartida, a estrutura ampliada EPIC-H Plus também incorpora reduções na oferta de trabalho efetiva devido à morbidade e aos efeitos negativos das despesas de saúde na produção através do desvio de poupanças produtivas e redução da acumulação de capital. Aplicamos essa metodologia à Costa Rica, Jamaica e Peru e estimamos a perda de produto interno bruto devido a quatro DNT (doenças cardiovasculares, câncer, doenças respiratórias crônicas e diabetes) e condições de saúde mental nesses países de 2015 a 2030. Também estimamos as perdas de todas as DNT e condições de saúde mental combinadas. Resultados No geral, nossos resultados mostram perdas totais associadas a todas as DNT e condições de saúde mental no período 2015–2030 de USD 81,96 bilhões (USD de 2015) para a Costa Rica, USD 18,45 bilhões para a Jamaica e USD 477,33 bilhões para o Peru. Existe variação moderada na magnitude da carga das doenças para os três países. Na Costa Rica e no Peru, as doenças respiratórias e as condições de saúde mental são dois principais contribuintes para a perda de produção, enquanto na Jamaica, a doença cardiovascular sozinha representa 20,8% da perda total, seguida de câncer. Conclusões Esses resultados indicam que o impacto econômico das doenças não transmissíveis e as condições de saúde mental são substanciais e que as intervenções para reduzir a prevalência de condições crônicas em países da América Latina e do Caribe são benéficos em relação ao custo.
ABSTRACT Objective We extend the EPIC model of the World Health Organization (WHO) and apply it to analyze the macroeconomic impact of noncommunicable diseases (NCDs) and mental health conditions in Costa Rica, Jamaica, and Peru. Methods The EPIC model quantifies the impact of NCDs and mental health conditions on aggregate output solely through the effect of chronic conditions on labor supply due to mortality. In contrast, the expanded EPIC-H Plus framework also incorporates reductions in effective labor supply due to morbidity and negative effects of health expenditure on output via the diversion of productive savings and reduced capital accumulation. We apply this methodology to Costa Rica, Jamaica, and Peru and estimate gross domestic product (GDP) output lost due to four leading NCDs (cardiovascular disease, cancer, chronic respiratory disease, and diabetes) and mental health conditions in these countries from 2015 to 2030. We also estimate losses from all NCDs and mental health conditions combined. Results Overall, our results show total losses associated with all NCDs and mental health conditions over the period 2015–2030 of US$ 81.96 billion (2015 US$) for Costa Rica, US$ 18.45 billion for Jamaica, and US$ 477.33 billion for Peru. Moderate variation exists in the magnitude of the burdens of diseases for the three countries. In Costa Rica and Peru, respiratory disease and mental health conditions are two leading contributors to lost output, while in Jamaica, cardiovascular disease alone accounts for 20.8% of the total loss, followed by cancer. Conclusions These results indicate that the economic impact of NCDs and mental health conditions is substantial and that interventions to reduce the prevalence of chronic conditions in countries of Latin America and the Caribbean are likely to be highly cost-beneficial.
RESUMEN Objetivo Ampliamos el modelo EPIC de la Organización Mundial de la Salud y lo aplicamos para analizar el impacto macroeconómico de las enfermedades no transmisibles y la enfermedad mental en Costa Rica, Jamaica y Perú. Métodos El modelo EPIC cuantifica el impacto de las enfermedades no transmisibles y la enfermedad mental en la producción agregada únicamente a través del efecto que las enfermedades crónicas producen sobre la oferta de trabajo debido a la mortalidad que estas causan. En cambio, el marco ampliado EPIC-H Plus también incorpora reducciones en la oferta efectiva de trabajo debido a la morbilidad y los efectos negativos del gasto en salud sobre la producción a través del desvío del ahorro productivo y la reducción de la acumulación de capital. Aplicamos esta metodología a Costa Rica, Jamaica y Perú y estimamos la pérdida en términos de producto interno bruto debida a cuatro enfermedades no transmisibles (enfermedades cardiovasculares, cáncer, enfermedad respiratoria crónica y diabetes) y a la enfermedad mental en estos países desde 2015 a 2030. También estimamos las pérdidas de todas las enfermedades no transmisibles y la enfermedad mental combinadas. Resultados En general, nuestros resultados muestran pérdidas totales asociadas con todas las enfermedades no transmisibles y la enfermedad mental durante el período 2015–2030 de USD 81,96 mil millones (en dólares de 2015) para Costa Rica, USD 18,45 mil millones para Jamaica y USD 477,33 mil millones para Perú. Existe una variación moderada en la magnitud de la carga de las enfermedades para los tres países. En Costa Rica y Perú, las afecciones respiratorias y la enfermedad mental son los dos factores principales que contribuyen a la pérdida de producción, mientras que en Jamaica la enfermedad cardiovascular sola representa el 20,8% de la pérdida total, seguida por el cáncer. Conclusiones Estos resultados indican que el impacto económico de las enfermedades no transmisibles y la enfermedad mental es considerable y que las intervenciones para reducir la prevalencia de enfermedades crónicas en América Latina y el Caribe probablemente sean muy beneficiosas en relación al costo.