Neste artigo, busca-se discutir as relações entre os cooperados e as cooperativas especificamente em transações suinícolas, as quais envolvem atributos da transação e dimensões mensuráveis. Para tanto, o objetivo deste artigo foi compreender como os atributos da transação e a mensuração podem influenciar nas relações contratuais entre produtores e processadores em estruturas cooperadas suinícolas localizadas na região oeste do Paraná. Teoricamente, recebeu suporte das teorias dos custos de transação de Williamson (1985) e dos custos de mensuração de Barzel (2005). Para atender ao objetivo proposto, realizou-se uma pesquisa qualitativa de cunho descritivo em duas cooperativas no oeste paranaense. A coleta de dados foi desenvolvida por meio de obtenção de dados secundários da Organização Brasileira de Cooperativas, de institutos de pesquisa, da Secretaria da Agricultura e de órgãos relacionados à atividade de suínos. Os dados primários foram obtidos por meio de uma entrevista semiestruturada com as cooperativas e os produtores. Como resultado, identificou-se que a estrutura de governança utilizada pelas cooperativas se caracteriza como híbrida, a qual, mesmo na presença de alta especificidade de ativos, se justifica pela possibilidade de mensuração. Os contratos entre as partes são formais e informais. Em relação ao contrato formal, este tem relevância para as partes no sentido de trazer garantia e continuidade da atividade. Entretanto, a presença de aspectos acordados envolvendo certa especificidade e mensuração pode gerar perda de direito de propriedade, notadamente para os produtores. Identificou-se também que os contratos passam a desempenhar um duplo papel na relação entre as partes: 1. geram o equilíbrio na relação e reduzem a possibilidade de comportamento oportunista, em razão do investimento especifico realizado e da necessidade de obtenção de padrão de produto e processo; 2. são utilizados como um mecanismo para manter o cooperado produtor de suíno como sócio fiel na cooperativa, atuando como uma forma de manutenção na relação agente e principal.
This article seeks to discuss the relationship between the cooperative and cooperative transactions specifically swine, which involves attributes of the transaction and measurement dimensions. Therefore, the aim of this article was to understand how the attributes of the transaction, proposed by Williamson (1985), and the measurement, proposed by Barzel (2005), may influence the contractual relations between producers and processors in swine cooperative structures, located in the west of Paraná. In order to attend this goal was performed a descriptive qualitative research in two cooperatives in western Paraná. Data collection was carried out by obtaining secondary data from the Organization of Brazilian Cooperatives, Research Institutes, Department of Agriculture and agencies related to the swine activity. In relation to primary data, data was collected through a semi-structured interview with cooperatives and producers. As a result it was found that the governance structure used by cooperatives was characterized as hybrid, which even with the presence of highly specialized asset is justified by the possibility of measurement. The contracts between the parties are formal and informal. On the other hand, the presence of agreed issues, which involve some degree of accuracy and measurement, may generate loss of property rights, primarily for producers. On the other hand, the presence of agreed issues, which involve some degree of accuracy and measurement, may generate loss of property rights, primarily for producers. It was also identified that contracts play a dual role in the relationship between the parties: 1. creating a balance in the relationship and reducing the possibility of opportunistic behavior, given the specific investment made and the need to obtain standardized product and process; 2. using also as a mean in order to keep the swine cooperated producer as a faithful partner in the cooperative, acting as a form of support between the agent and the principal.
En este artículo se aborda la temática de las relaciones entre cooperados y cooperativas, considerando las transacciones de la industria porcina, de dimensiones considerables. Por lo tanto, el objetivo de este artículo fue comprender cómo los atributos comerciales y la mensuración pueden influenciar en las relaciones contractuales entre productores y procesadores de las estructuras cooperadas porcinas localizadas en la zona oeste del Paraná. Del artículo tiene el soporte de las teorías de costos de transacción de Williamson (1985) y de costos de medición de Barzel (2005). Para alcanzar el objetivo propuesto fue realizada una encuesta cualitativa de carácter descriptivo en dos cooperativas en el oeste paranaense. La obtención de la información fue desarrollada a través de la obtención de datos secundarios de la Organización Brasileña de Cooperativas, Institutos de Investigación, Secretaría de Agricultura y órganos relacionados a la actividad porcina. En lo que se refiere a los datos primarios, éstos fueron obtenidos por medio de una entrevista medio estructurada con las cooperativas y productores. Como resultado se identificó que la estructura de orientación aplicada por las cooperativas se caracteriza como híbrida, la cual aún con la presencia de alta especialidad de activos se justifica por la posibilidad de medición. Los contratos entre las partes son formales. En relación al contrato formal, este tiene relevancia para las partes, en el sentido que brinda garantía y continuidad de la actividad. Por otro lado, la presencia de aspectos acordados, que envuelven cierto grado de exactitud y medición, puede generar pérdida del derecho de propiedad, primordialmente para los productores. Se identificó también que los contratos pasan a desempeñar un doble papel en la relación entre las partes: 1. generando equilibrio en la relación y reduciendo la posibilidad de actitud oportunista, dados la inversión específica realizada y necesidad de obtención del estándar del producto y del proceso; 2. utilizando, todavía, como un mecanismo para mantener al cooperado productor porcino como socio fiel en la cooperativa, actuando como un forma de manutención en la relación agente y principal.