Resumen. Objetivo/contexto: La violencia sexual en América Latina es un tema que las historiografías nacionales han abordado con mayor intensidad desde finales del siglo xx. El presente artículo se centra en el estudio de los delitos sexuales (estupro, rapto, violación, entre otros) realizado a partir de las demandas presentadas en Yucatán por las víctimas o sus familiares, en el periodo posindependiente, entre 1830 y 1875. La documentación permite comprobar que la violencia sexual tuvo una alta incidencia en la población rural y que afectó, en mayor medida, a las niñas y mujeres mayas; asimismo, que los procedimientos penales dictaron sentencias tanto absolutorias como condenatorias. Metodología: En el artículo se revisan la bibliografía general sobre el tema y que ha modulado este enfoque, la legislación sobre delitos sexuales que estaba en vigor y se analizan fuentes primarias, especialmente expedientes judiciales depositados en el Archivo General del Estado de Yucatán. Originalidad: El artículo es un aporte necesario para dilucidar una problemática esencial que no ha sido estudiada suficientemente por la historiografía. La perspectiva de género guio este texto para desentrañar las características de estas agresiones sexuales y examinar cómo se desarrollan los procesos penales y el alcance de las sentencias competentes. Conclusiones: Por medio de la documentación examinada, es posible trazar un panorama ajustado del comportamiento de estos delitos en Yucatán después de la independencia, tener pistas de sus características, fundamentalmente para violación y estupro, y la dificultad de discernirlos. En este contexto, se pone en evidencia la labor de las matronas en los procesos judiciales como forenses de los daños físicos infligidos a las víctimas; asimismo, se observan las consecuencias familiares derivadas de estos actos y el comportamiento de las autoridades y los jueces a la hora de atender y juzgar este tipo de crímenes.
Abstract. Objective/Context: Sexual violence in Latin America is a topic that national historiographies have addressed with increased intensity since the late twentieth century. This article focuses on the study of sexual crimes (statutory rape, kidnapping, rape, among others) based on the lawsuits filed in Yucatan by the victims or their families in the post-independence period, between 1830 and 1875. The documentation shows that sexual violence had a high incidence in the rural population and affected Mayan girls and women to a greater extent. It also shows that the criminal proceedings resulted in absolution and conviction sentences. Methodology: The article reviews the general bibliography on the subject that has modulated this approach, the legislation on sexual crimes that was in force, and analyzes primary sources, especially judicial records held in the General Archive of the State of Yucatan. Originality: The article is a necessary contribution to elucidate a fundamental problem that has not been sufficiently studied by historiography. The gender perspective guided this text to unravel the characteristics of these sexual assaults and to examine how the criminal processes and the scope of the competent sentences were developed. Conclusions: Through the reviewed documentation, it is possible to draw a tight picture of the behavior of these crimes in Yucatan after independence, to have clues of their characteristics, fundamentally for rape and statutory rape, and the difficulty of discerning them. In this context, midwives’ work in the judicial processes as forensic experts on the physical damages inflicted on the victims is evidenced; likewise, the family consequences derived from these acts and the behavior of the authorities and judges when attending to and judging these crimes are observed.
Resumo. Objetivo/contexto: A violência sexual na América Latina é um tema que as historiografias nacionais têm abordado com maior intensidade desde o final do século xx. Neste artigo, centraliza-se no estudo dos delitos sexuais (estupro, sequestro, violação sexual, entre outros) realizado a partir dos processos apresentados em Yucatán, México, pelas vítimas ou seus familiares, no período pós-independente, entre 1830 e 1875. A documentação permite comprovar que a violência sexual teve alta incidência na população rural e afetou, em grande parte, meninas e mulheres maias; além disso, os procedimentos penais efetuaram decisões tanto absolutórias quanto condenatórias. Metodologia: Neste artigo, são revisadas a bibliografia geral sobre o tema, a qual deu forma a esta abordagem, e a legislação sobre crimes sexuais que estava vigente, e são analisadas fontes primárias, especialmente processos judiciais depositados no Arquivo Geral do Estado de Yucatán. Originalidade: Este artigo é uma contribuição necessária para dilucidar uma problemática essencial que não foi ainda suficientemente estudada pela historiografia. A perspectiva de gênero guiou este texto para analisar as características dessas agressões sexuais e como os processos penais e o alcance das sentenças competentes se desenvolveram. Conclusões: Por meio da documentação examinada, é possível estabelecer um panorama ajustado do comportamento desses delitos em Yucatán depois da independência, ter indícios de suas características, fundamentalmente para violação sexual e estupro, e a dificuldade de diferenciá-los. Nesse contexto, evidencia-se o trabalho das parteiras nos processos judiciais como forenses dos danos físicos transgredidos às vítimas; além disso, são observadas as consequências familiares derivadas desses atos e o comportamento das autoridades e dos juízes no momento de atender e julgar esses crimes.