Resumen Las fuentes demográficas presentan algunos sesgos de información en cuanto al registro del trabajo femenino, dado que en los censos de población se omitieron las ocupaciones de muchas mujeres. Varios autores han explicado este fenómeno como un descuido por parte de los empadronadores que privilegiaron las actividades de los jefes de familia varones. Debido a los silencios que presentan estos documentos, utilizamos la triangulación de fuentes con la finalidad de corroborar si efectivamente estas mujeres se encontraban desempleadas u ocultaron sus empleos por alguna razón. En este artículo esbozamos una alternativa para abordar el problema de la omisión de empleo de las mujeres solteras, al tomar como base el Censo de la Ciudad de México de 1790. Para ello, identificamos cinco aspectos que resaltan los motivos por los que se omitieron sus ocupaciones: la situación doméstica, los empleos ocultos, las estrategias de subsistencia, las condiciones de salud y las conductas delictivas. Argumentamos que el empleo femenino no fue omitido al azar por los empadronadores sino que es el reflejo de la percepción de la mujer en la sociedad colonial, ya que muchas de ellas trabajaban y su empleo les garantizaba su independencia económica. Por tal motivo, resaltamos que deben explorarse las condiciones de las ocupaciones no registradas porque la imagen del trabajo femenino estará incompleta si no advertimos este fenómeno.
Abstract Demographic sources present some information gaps regarding the registration of female work because the occupations of many women were omitted in the population censuses. Several authors have explained this phenomenon as an oversight on the part of the census-takers, who privileged the activities of male heads of households. Due to the silences presented by these documents, we used the triangulation of sources, to corroborate whether these women were unemployed or hid their jobs for some reason. In this article we propose an alternative to address the problem of the omission of employment of single women, based on the Census of Mexico City of 1790. For this, we identify five aspects that highlight the reason their occupations were omitted: domestic situation, hidden jobs, subsistence strategies, health conditions, and criminal behaviors. We argue that female employment was not randomly omitted by the census-takers, but rather is the reflection of the perception of women in colonial society, since many of them worked and their employment guaranteed their economic independence. For this reason, we emphasize that the conditions of unregistered occupations should be explored, because the image of female work will be incomplete if we do not take note of this phenomenon.
Resumo As fontes demográficas apresentam alguns vieses de informação quanto ao registro do trabalho feminino, visto que nos censos populacionais foram omitidas as ocupações de muitas mulheres. Diversos autores explicaram esse fenômeno como um descuido dos recenseadores, uma vez que privilegiavam a atuação dos chefes de família masculinos. Devido aos silêncios que esses documentos apresentam, utilizamos a triangulação de fontes, a fim de corroborar se essas mulheres estavam de fato desempregadas ou esconderam o emprego por algum motivo. Neste artigo, delineamos uma alternativa para abordar o problema da omissão de emprego de mulheres solteiras, com base no Censo da Cidade do México de 1790. Para isso, identificamos cinco aspectos que destacam os motivos pelos quais sus ocupações foram omitidas: situação doméstica, empregos ocultos, estratégias de subsistência, condições de saúde e comportamentos criminosos. Argumentamos que o emprego feminino não foi omitido aleatoriamente pelos recenseadores, mas sim um reflexo da percepção das mulheres na sociedade colonial, uma vez que muitas delas trabalhavam e o seu emprego garantia a sua independência econômica. Por esse motivo, ressaltamos que as condições das ocupações não registradas devem ser exploradas, pois a imagem do trabalho feminino ficará incompleta se não percebermos esse fenômeno.