Resumen En este artículo nos proponemos realizar una contribución a la discusión acerca de las controversias existentes entre los enfoques económicos dominantes y los heterodoxos en lo que respecta a la relación entre desarrollo económico y los problemas ambientales. Abordaremos esta cuestión mediante una caracterización general de la relación entre los programas de desarrollo económico implícitos en la tradición ortodoxa de la economía ambiental y en tradiciones heterodoxas como la ecología política y el marxismo ecológico. Con este objetivo, en primer lugar, caracterizamos críticamente los rasgos generales del enfoque de la economía ambiental, que sostiene la capacidad del mercado de operar como un eficiente asignador de recursos y como autorregulador del ciclo económico postulando un programa de desarrollo económico sostenible de carácter productivista. En contraste con la economía ambiental, la ecología política y el marxismo ecológico promueven la problematización del modo de producción y de consumo, de las relaciones de producción y de poder y las decisiones políticas como un modo de comprender la vinculación entre la sociedad y la economía y el deterioro ambiental que se produce y lleva a crisis económicas y ecológicas. La ecología política nos ofrece herramientas para cuestionar la sostenibilidad del paradigma del desarrollo productivista y para entender que las consecuencias del deterioro ambiental son distribuidas de manera desigual entre los distintos sectores de la sociedad. El marxismo ecológico, por su parte, nos ofrece una mirada que permite comprender el modo en que condicionantes abstractos característicos del modo de producción capitalista como la lógica de maximización de la ganancia, la propiedad privada de los medios de producción y el trabajo asalariado se vinculan con condiciones concretas como la crisis económica y la depredación del medioambiente. El ecosocialismo, por su parte, ancla su filosofía en el marxismo, pero se despoja de su pasado productivista para cuestionar el ideal mismo del desarrollo. En su lugar, propone la filosofía del sumak kausay (buen vivir), que construye una nueva ética de convivencia entre producción, consumo y naturaleza. Descriptores: crisis ecológica, crisis de la civilización, doctrina económica, economía de mercado, marginalismo, marxismo, subdesarrollo, teoría del desarrollo.
Abstract In this article, we propose a contribution to the discussion about the controversies between the dominant and heterodox economic approaches regarding the relationship between economic development and environmental problems. We will approach this question through a general characterization of the relationship amid the economic development programs, implicit in the orthodox tradition of Environmental Economics, and in heterodox traditions such as Political Ecology and Ecological Marxism. We critically characterize the general features of the Environmental Economy approach that supports the market's capacity to operate as an efficient allocator of resources and as a self-regulator of the economic cycle, postulating a program of sustainable economic development with a productive nature. In contrast to Environmental Economics, Political Ecology and Ecological Marxism promote the questioning of the mode of production and consumption, of the relations of production and power, and of political decisions as a way to understand the link between society and economy, and the environmental deterioration that leads to economic and ecological crises. Political Ecology offers tools to question the sustain-ability of the productivity-based development paradigm and helps in understanding that the consequences of environmental deterioration are unevenly distributed among the different sectors of society. Ecological Marxism, for its part, offers a look that allows us to understand the way the abstract conditioning factors, characteristic of the capitalist mode of production as the logic of profit maximization, private ownership of the means of production, and wage labor, are linked to specific conditions as the economic crisis and the environment predation. Ecosocialism has a philosophy that lies in Marxism but divests itself of its productivist past to question the idea of development. Instead, it proposes the philosophy of sumak kausay (good living), which builds a new ethic of coexistence between production, consumption, and nature. Descriptores: civilization crises, development theory, ecological crisis, economic doctrines, marginalism, market economy, marxism, underdeveplopment.
Resumo Neste artigo, pretendemos contribuir para a discussão sobre as controvérsias entre as abordagens econômicas dominantes e heterodoxas em relação ao desenvolvimento econômico e problemas ambientais. Apresentamos essa questão através de uma caracterização geral da relação entre os programas de desenvolvimento econômico implícitos na tradição ortodoxa da economia ambiental e das tradições heterodoxas como a ecologia política e o marxismo ecológico. Com esse objetivo, em primeiro lugar, caracterizamos criticamente as características gerais da abordagem da economia ambiental, que sustenta a capacidade do mercado de operar como alocador eficiente de recursos e como auto-regulador do ciclo econômico, postulando um programa de desenvolvimento econômico sustentável de natureza produtivista. Ao contrário da economia ambiental, a ecologia política e o marxismo ecológico que promovem a problematização do modo de produção e consumo, das relações de produção e poder e das decisões políticas para entender o vínculo entre a sociedade e a economia, e a deterioração ambiental que ocorre e leva a crises econômicas e ecológicas. A ecologia política nos oferece ferramentas para questionar a sustentabilidade do paradigma do desenvolvimento produtivista e entender que as consequências da deterioração ambiental são desigualmente distribuídas entre os diferentes setores da sociedade. O marxismo ecológico oferece uma perspectiva que nos permite entender como os condicionantes abstratos característicos do modo de produção capitalista, como a lógica da maximização do lucro, a propriedade privada dos meios de produção e o trabalho assalariado estão ligados a condições específicas, como a crise econômica e a depredação do meio ambiente. O Eco-socialismo tem uma filosofia baseada no marxismo, mas se despoja de seu passado produtivista para questionar o próprio ideal de desenvolvimento. Em vez disso, ele propõe a filosofia de sumak kausay (boa vida), que constrói uma nova ética de coexistência entre produção, consumo e natureza. Descritores: crise da civilização, crise ecológica, doutrina econômica, economia de mercado, marginalismo, marxismo, subdesenvolvimento, teoria do desenvolvimento.