Abstract: Psychomotricity in Uruguay has diversified the theoretical paradigms that support it and at the therapeutic level it assumes an interdisciplinary perspective, considering sensorimotor, psychoaffective and relational aspects of people. The aim of this study is to understand the current professional profile of those who work in therapeutic psychomotricity with children in Uruguay, their work settings and the reasons that originate the referral. A quantitative, descriptive, cross-sectional study was carried out. 145 psychomotor therapists who performed child psychomotor therapy in 2020 and/or 2021 were surveyed by self-report. The variables were socio-occupational profile, work setting and reasons for referral. Within the sample, 97.9 % are women, 46.2 % of which completed postgraduate studies. They see an average of 23 patients per week, mostly school boys. The most frequent reasons for referral are Autism Spectrum Disorder (71.9 %) and graphomotor difficulties (59 %), with psychomotor inhibition being the least frequent (0.7 %). The classic classification and description of psychomotor disorders does not correspond to the main reasons for referral, which are associated with neurodevelopmental disorders. There is a gap between what psychomotor therapists learn in their degree, the current profile of patients they see and the demands of the work field. Future studies need to review the frameworks and update the classification of psychomotor disorders.
Resumo: A psicomotricidade tem diversificado os paradigmas teóricos que a sustentam e, a nível terapêutico, adota no Uruguai uma perspectiva interdisciplinar, considerando aspectos sensório-motores, psicoafetivos e relacionais das pessoas. O objetivo deste estudo é conhecer o perfil profissional de quem atua em clínicas psicomotoras no Uruguai, seus enquadramentos de trabalho e os motivos que originam os encaminhamentos. Realizou-se um estudo quantitativo, descritivo, transversal. Foram entrevistados por meio de autorrelato 145 psicomotricistas que realizaram terapia psicomotora infantil em 2020 e/ou 2021. As variáveis foram: perfil sócio-ocupacional, enquadramento de trabalho e motivos de encaminhamento. 97,9 % são mulheres, 46,2 % realizaram estudos de pós-graduação. Eles atendem semanalmente, em média, 23 pacientes, a maioria do sexo masculino e em idade escolar. Os motivos de encaminhamento mais frequentes são o TEA (71,9 %) e dificuldades grafomotoras (59 %), sendo o menos frequente a inibição psicomotora (0,7%). A classificação e descrição clássica de transtornos psicomotores não corresponde aos principais motivos de encaminhamento, que estão mais associados a transtornos do neurodesenvolvimento. Evidencia-se uma lacuna entre o que os psicomotricistas aprendem na graduação, o perfil atual dos pacientes e as exigências do campo de trabalho. É necessário em estudos futuros revisar os enquadramentos e atualizar a classificação dos transtornos psicomotores.
Resumen: La psicomotricidad ha diversificado los paradigmas teóricos que la sustentan y a nivel terapéutico asume en Uruguay una perspectiva interdisciplinaria, que considera aspectos sensoriomotores, psicoafectivos y vinculares de las personas. El objetivo de este estudio es conocer el actual perfil profesional de quienes se desempañan en clínica psicomotriz en Uruguay, sus encuadres de trabajo y los motivos que originan la derivación. Se realizó un estudio cuantitativo, descriptivo, transversal. Se encuestó mediante autorreporte a 145 psicomotricistas que realizaron terapia psicomotriz infantil entre 2020 y 2021. Las variables fueron perfil sociolaboral, encuadre de trabajo y motivos de derivación. El 97.9 % son mujeres, 46.2 % realizaron estudios de posgrado. Atienden semanalmente 23 pacientes en promedio, mayoritariamente varones escolares. Los motivos de derivación más frecuentes son el TEA (71.9 %) y dificultades grafomotrices (59 %), siendo el menos frecuente la inhibición psicomotriz (0.7 %). La clasificación y descripción clásica de trastornos psicomotores no se corresponde con los principales motivos de derivación, que se asocian a trastornos del neurodesarrollo. Se evidencia una brecha entre lo que los psicomotricistas aprenden en el grado, el perfil actual de pacientes y las exigencias del campo laboral. Es necesario en futuros estudios revisar los encuadres y actualizar la clasificación de los trastornos psicomotores.