Resumen: En nuestros Códigos Civil y de Comercio ha primado la diligencia media, de la persona razonable y prudente resultando culpable (culpa leve) quien no cumple con el citado estándar de conducta. No obstante, el Código Civil menciona la culpa grave e incluso la aplica en algún contrato, aunque no aclara la diferencia con la culpa leve, no describe su figura ni indica sus consecuencias jurídicas. Diferentes normativas han introducido la culpa grave con la finalidad de calificar especialmente la responsabilidad de algunos sujetos, pero al mismo tiempo han omitido su concepto, contenido y efectos. Este ha sido un trabajo constante de la jurisprudencia y la doctrina que sitúan a la culpa grave en un estándar diverso y especial respecto a la culpa leve, explicándola como una conducta no intencional, grosera, inexcusable, gravemente desviada y extraordinaria respecto al normal comportamiento que todos debemos observar (diligencia media). Al examinar esta figura, corresponde independizarla del dolo eventual, incorporar el concepto de previsión del resultado y plantear un enfoque moderno como el de la culpa relacional.
Abstract: In our Civil and Commercial Codes prevails the standard diligence, that of a reasonable and prudent man. A negligent person (ordinary negligence) does not fulfill said standard behaviour. However, the Civil Code makes reference to the gross negligence and even applies it in some contracts, although it does not explain the difference with the ordinary negligence, it does not describe it, and does not state the legal consequences thereof. Various legal provisions have introduced the gross negligence in order to specifically qualify some persons liability though, at the same time, they have not stated the concept, the contents and the effects thereof. This has been a continuous job of doctrine and jurisprudence that place gross negligence in a different and special standard in relation to ordinary negligence, explaining it is a non-intentional, gross, unjustifiable, greatly deviated and extraordinary behaviour in relation to the usual behaviour we should all observe (ordinary negligence). When analysing gross negligence we have to distinguish it from the dolus eventualis and we need to introduce the concept of the foreseen result, as well as consider a modern approach, such as the relational negligence.
Resumo: Nos nossos Códigos Civil e Comercial, prevaleceu a diligência média da pessoa razoável e prudente, resultando em culpado (falta ligeira) quem não cumpre o referido padrão de conduta. No entanto, o Código Civil menciona a falta grave e até a aplica em contrato, embora não esclareça a diferenca com culpa leve, não descreve sua figura nem indica suas consequencias jurídicas. Diferentes regulamentações introduciram negligências graves para qualificar especialmente a responsablilidade de alguns asuntos, mas ao mesmo temo omitirán seu conceito, conteúdo e efeitos. Este tem sido um trabalho constante de jurisprudencia e doutrina que coloca a falta grave en um padrão diferente e especial no que diz rispeito á falta leve explicando-a como um comportamento não intencional, rude, indisculpável, gravemente, desviante e extraoridinario como relação ao comportamento normal que debemos todos observam (diligência média). Ao examinar essa figura é necessário torná-la independente da intenção eventual, incorporar o conceito de anticipação do resultado e propor um abordagem moderna como a da culpa relacional.