Résumé L'article vise à analyser le mouvement Slow Food en France, où il est actif depuis les années 2000. Né en Italie, Slow Food se définit et est perçu par la littérature sociologique comme un mouvement de consommateurs qui se propose une critique de la mondialisation, le souci de l’environnement et de la justice sociale. Annonçant un mode d’action politique de morale économique (consommer le « bon », le « propre » et le « juste ») il vise la valorisation des produits locaux menacés de disparaître grâce à une médiatisation et aide à la commercialisation, privilégiant les circuits courts, la communication et les réseaux sociaux. A la différence de mouvements tels la Confédération paysanne, cette action individuelle se suffit pour assurer des valeurs égalitaires. La recherche, réalisée entre autres, auprès des cellules de base, a révélé que la grande majorité des membres de SlowFood sont des professionnels qui ont des intérêts directement liés à la production agricole, à la distribution, aux médias, à la gastronomie, au marketing et au champ scientifique (biologie, géographie notamment). L’action des cellules de base du mouvement, vécue comme un plaisir de la table allié à la militance, répond à des intérêts professionnels, valorisant les produits alimentaires en voie de disparition du point de vue symbolique et économique. On note l’importance des salons, qui rassemblent en plus des acheteurs et producteurs, un nombre élevé de journalistes qui ont un rôle de « catalyseurs de notoriété » et, par conséquent, de valeur ajoutée. Alors que les appellations d’origine se légitiment par l’Etat, Slow Food se légitime principalement par les médias. Sur la base de cette alliance avec les médias, le mouvement intègre différents types de producteurs, réunissant aussi bien ceux qui bénéficient de la valorisation de ses produits grâce à la qualification du mouvement, de jeunes étudiants cherchant à monter une distribution de produits de luxe, voire un cuisinier en recherche d’emploi. Dans ce sens, le réseau agit comme un outil très efficace de valorisation de certains produits sur le plan national et international, comme demande pour son écoulement, et élément fondamental pour la structuration des activités économiques. Larticle L article France 2000 Italie mondialisation lenvironnement l environnement sociale daction d consommer commercialisation courts sociaux paysanne égalitaires autres agricole médias gastronomie biologie, biologie (biologie notamment. notamment . notamment) Laction militance limportance importance salons producteurs conséquent ajoutée dorigine origine lEtat, lEtat Etat, Etat l’Etat luxe demploi. demploi emploi. emploi d’emploi sens international écoulement économiques 200 20 2
Abstract The article aims to analyze the Slow Food movement in France, where it has been active since the 2000s. Born in Italy, Slow Food defines itself and is perceived by sociological literature as a consumer movement that offers a critique of globalization, concern for the environment and social justice. Announcing a mode of political action of economic morality (consuming the “good”, the “clean” and the “fair”), it aims to promote local products threatened with extinction thanks to media coverage and aid for marketing, favoring shorter circuits, communication, and social networks. Unlike movements such as the Confédération Paysanne, this individual action is sufficient to ensure egalitarian values. The research, mostly carried out among grassroots cells, revealed that the vast majority of Slow Food members are professionals whose interests are directly related to agricultural production, distribution, media, gastronomy, marketing, and the scientific field (biology and geography in particular). The action of the movement’s base cells, experienced as pleasure of good food combined with militancy, responds to professional interests, valuing food products that are in danger of disappearing from both a symbolic and economic point of view. We note the importance of trade fairs, which bring together buyers and producers, a large number of journalists who act as “catalysts of visibility and, therefore, of added value” and, therefore, of aggregate value. While designations of origin are legitimized by the State, Slow Food is legitimized mainly by the media. On the basis of this alliance with the media, the movement integrates different types of producers, including those who benefit from the promotion of its products thanks to the qualification of the movement, young students seeking to set up a distribution of luxury products, even a cook in search of employment. In this sense, the network acts as a very effective tool for promoting certain products nationally and internationally, as a demand for its sale, and a fundamental element for the structuring of economic activities. France 2000s s Italy globalization justice consuming good, , “good” clean “clean fair, fair “fair”) marketing circuits communication networks Paysanne values research cells production gastronomy biology particular. particular . particular) militancy view fairs producers catalysts therefore value State employment sense internationally sale activities “good “fair” “fair
Resumo O artigo propõe-se analisar o movimento Slow food na França, onde está ativo desde os anos 2000. Surgido na Itália, o Slow Food se define e é percebido pela literatura sociológica como um movimento de consumidores que se propõe a fazer uma crítica da globalização e se preocupa com o meio ambiente e com a justiça social. Apresentando um modo de ação política inspirado em uma moral econômica, (consumir o “bom, limpo e justo”), ele visa à valorização dos produtos locais – ameaçados de desaparecimento graças a uma forte midiatização – e do comércio que privilegia os circuitos curtos, a comunicação e as redes sociais. Diferente de movimentos organizados, tais como a Confédération Paysanne, essa ação individual basta a si própria para assegurar valores igualitários. A pesquisa, realizada em grande parte junto às células de base do movimento, evidenciou que a grande maioria dos membros do Slow Food é constituída de profissionais com interesses diretamente ligados à produção agrícola, à distribuição, à produção jornalística, gastronômica, do marketing e do campo científico (biologia, geografia). A ação nas células de base do movimento, vivida como um prazer da mesa aliado à militância, responde a interesses profissionais, valorizando simbólica e economicamente os produtos alimentícios em vias de desaparecimento. Evidencia-se a importância dos salões que, além de congregar produtores e consumidores, atrai um número elevado de jornalistas, que desempenham um papel de “catalisadores de notoriedade” e, portanto, de valor agregado. Enquanto as denominações de origem protegida (AOP) se legitimam por intermédio do Estado, o Slow Food se legitima principalmente pela utilização da mídia. Com base nessa aliança com a mídia, o movimento integra diferentes tipos de produtores, reunindo desde aqueles que se beneficiam da valorização dos seus produtos graças à sua qualificação pelo movimento, a jovens estudantes que buscam abrir uma distribuidora de produtos de luxo, ou até mesmo um cozinheiro em busca de emprego. Nesse sentido, a rede social do movimento age como uma poderosa ferramenta de valorização de certos produtos no plano nacional e internacional, como demanda para seu escoamento, e como elemento fundamental para estruturação das atividades econômicas. propõese França 2000 Itália econômica consumir bom, bom “bom justo, justo , justo”) curtos sociais organizados Paysanne igualitários pesquisa agrícola distribuição jornalística gastronômica biologia, biologia (biologia geografia. geografia . geografia) militância Evidenciase Evidencia jornalistas catalisadores notoriedade portanto agregado AOP (AOP Estado mídia luxo emprego sentido internacional escoamento econômicas 200 justo” 20 2