ABSTRACT Introduction Our society’s characteristics, with their constant evolution and globalization, have shown a significant impact on the way jobs have been structured over the years, with one of the most highlighted aspects being the possibility of practicing telecommuting. The prevalence of telecommuting and other forms of remote work enabled by technological innovations has increased in recent years. Objectives Exploring the most recently published literature on telecommuting; examining its relationship with psychosocial risk factors and making inferences about the need for the implementation and improvement of policies aimed at promoting mental health in occupational settings, with a focus on preventing psychosocial risks. Methodology Integrative literature review using the terms "teleworking," "remote work," "telework," "telecommuting," "psychosocial risks," "mental health," and "occupational health" in both Portuguese and English. The primary databases used for the research included Pubmed, UpToDate, Clinical Key, Medscape, World Health Organization, International Labour Organization, Centers for Disease Control and Prevention, “Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional” and “Direção Geral de Saúde”. A total of 24 documents with the highest relevance to the study’s theme were selected, published between 2010 and 2023. Discussion Psychosocial risks in telecommuting are undergoing constant changes and align with demographic, nature, content and organization. These changes may increase exposure to already recognized psychosocial risks or give rise to new emergent ones. The widespread and unexpected adoption of telecommuting due to COVID-19 with the simultaneous advancement of digitization processes have made telecommuting a more common practice. However, this mass adoption has increased instances of technological stress among workers, potentially leading to adverse consequences for mental health. While the widespread implementation of telecommuting aimed to protect workers from biological risks, it has, in various situations, increased social isolation, work-family conflicts, and a lack of social support, with negative consequences for the mental health of the working population. Conclusion The increasing of telecommuting in our society is leading to assess the psychosocial risk factors that arise with it, so that they are recognized by occupational health experts and intervened upon, thus ensuring that telecommuting becomes healthier.
RESUMO Introdução As sociedades atuais e a sua constante evolução e globalização, têm demonstrado um impacto significativo na forma como se estruturam os postos de trabalho ao longo dos anos, nos quais, mais recentemente e com maior tradução mediática, se destaca a possibilidade de praticar teletrabalho, potenciada pela inovação tecnológica. Objetivos Conhecer a literatura mais recentemente publicada acerca do teletrabalho; bem como a sua relação com fatores de risco de origem psicossocial e inferir sobre a necessidade de implementação e aperfeiçoamento de políticas voltadas para promoção da saúde mental em contexto ocupacional, com enfoque na prevenção dos riscos psicossociais. Metodologia Revisão da literatura integrativa com os termos “teleworking”, “remote work”, “telework”, “telecommuting”, “psychosocial risks”, “mental health” e “occupational health”, em português e em inglês. Foram utilizadas como principais bases de dados a Pubmed, UpToDate, Clinical Key, Medscape, World Health Organization, International Labour Organization, Centers for Disease Control and Prevention, bem como a Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional e a Direção Geral de Saúde. Selecionaram-se os 24 documentos com maior relevância na temática em estudo, publicados entre 2010 e 2023. Discussão As fontes de riscos psicossociais do teletrabalho encontram-se em constante mudança e acompanham as alterações demográficas e da organização. A prática de teletrabalho parece ser uma oferta cada vez mais comum, a sua adoção em larga escala e inesperada devido à COVID-19 e coligada ao enorme avanço dos processos de digitalização, aumentaram as situações de stress tecnológico entre os trabalhadores, com possíveis consequências adversas para a saúde mental. Esta massificação do Teletrabalho, embora com o intuito de proteger os trabalhadores relativamente a um risco biológico aumentou, em diversas situações, o isolamento social, os conflitos trabalho-família e a falta de suporte social, com consequências negativas na saúde mental da população ativa. Conclusão Com o aumento deste tipo de trabalho emerge a necessidade de avaliar os fatores de risco psicossociais que surgem em conformidade, para que estes sejam reconhecidos pelos peritos em saúde ocupacional e intervencionados, assegurando assim que o teletrabalho se torna mais saudável.