Resumo Num contexto de práticas profissionais em mutação, não há profissão que permaneça estática à mudança tecnológica. No caso do Design, a sua conceção, fundação e ação foram interrompidas. Este processo e a necessidade de transformar os valores dos designers, exigem também modificar a forma de assumir a profissionalização da disciplina e prestar atenção ao problema epistemológico que levanta a questão da identidade profissional, como representação e auto-conceito. Num mundo onde tudo é "hiper", como diz Lipovetsky (2006), indivíduos hipermodernos, aspirantes a designers, podem estar mais bem informados e ter acesso ao conhecimento imediatamente, estão predispostos à tecnologia e "pré-carregados" com um grande número de competências, embora na realidade tenham grandes deficiências. Paradoxalmente, a consciência social e cultural da profissão tem sido empobrecida, para dar lugar a um pragmatismo dissociado da responsabilidade e associado à novidade ou à moda. Esta reflexão procura investigar os valores, identidade e ética profissional do Design. Analisa a orientação ou reorientação dos processos de formação e a importância da ética, para devolver o designer como um assunto pertencente ao sistema social que, ao intervir nele profissionalmente, o modifica ou renova.
Abstract In a context of professional practices in mutation, there is no profession that remains static to technological change. In the case of Design, its conception, foundation and action have been disrupted. This process and the need to transform the values of designers, also require to modify the way of assuming the professionalization of the discipline and to pay attention to the epistemological problem that raises the issue of professional identity, as representation and self-concept. In a world where everything is "hyper", as Lipovetsky says (2006), hypermodern individuals, aspiring designers, may be better informed and have access to knowledge immediately, are predisposed to technology and "preloaded" with a large number of skills, although in reality they have great deficiencies. Paradoxically, the social and cultural conscience of the profession has been impoverished, to give way to a pragmatism dissociated from responsibility and associated with novelty or fashion. This reflection seeks to investigate the values, identity and professional ethics of Design. It analyses the orientation or reorientation of the training processes and the importance of ethics, to return the designer as a subject belonging to the social system that, by intervening in it professionally, modifies or renews it.
Resumen En un contexto de las prácticas profesionales en mutación, no existe profesión que permanezca estática al cambio tecnológico. En el caso del Diseño, se ha trastocado su concepción, fundamento y acción. Este proceso y la necesidad de transformación de los valores de los diseñadores, obligan a modificar también la manera de asumir la profesionalización de la disciplina y poner atención en el problema epistemológico de la identidad profesional, como representación y auto-concepto. En un mundo donde todo es “hiper”, como dice Lipovetsky (2006), los individuos hipermodernos, aspirantes a diseñadores, quizás estén mejor informados y tengan acceso al conocimiento de forma inmediata, estén predispuestos a la tecnología y “precargados” con gran número de habilidades, aunque en realidad presentan grandes carencias. Paradójicamente, se ha empobrecido la conciencia social y cultural de la profesión, para dar paso a un pragmatismo disociado de la responsabilidad y asociado a la novedad o moda. Esta reflexion, busca indagar sobre los valores, identidad y ética profesional del Diseño. Analiza la orientación o reorientación de los procesos formativos y la importancia de la ética, para reconcebir al diseñador como sujeto perteneciente al sistema social que, al intervenir en él profesionalmente, lo modifica o renueva.