Resumo Objetivo/Contexto: A Associação Nacional de Bibliotecas (anb), criada em 1908, em Buenos Aires, congregou parte da intelectualidade local com preocupações reformistas para conformar uma federação de bibliotecas argentinas que agisse como mediadora entre essas instituições e os poderes públicos. Neste artigo, o surgimento dessa instituição e seus primeiros anos de existência são analisados para demonstrar o papel desempenhado por uma agrupação civil nos processos de institucionalização e centralização dos serviços bibliotecários na Argentina de princípios do século 20. Metodologia: Para isso, recorre-se à análise hermenêutica e crítica de fontes primárias impressas, produzidas tanto por membros da Associação quanto por outros atores, e à de documentação oficial do governo nacional argentino. Em diálogo com a bibliografia, é apresentado um percorrido pela origem das associações nacionais de bibliotecas para, logo, focar a atenção na criação da anb e seus vínculos com o Estado. Originalidade: Este estudo contribui tanto para o conhecimento das políticas bibliotecárias quanto para a conformação do campo da bibliotecologia na América Latina, ao questionar um objeto ainda não examinado. Assim, uma visão renovada sobre o passado das bibliotecas da região é proposta mediante as ferramentas conceituais da história sociocultural e política, enquanto é dada maior profundidade temporal às pesquisas sobre a gênese de campo profissional em questão, por meio da recuperação dessa experiência precoce. Conclusões: Concebida como organização de regulamentação do funcionamento das bibliotecas e de mediação entre estas e o Estado, a anb não pôde exercer ambas as funções com a mesma eficácia, visto que não contava com mecanismos efetivos para fazer cumprir suas disposições entre as instâncias associadas. Contudo, a agrupação revelou, desde seu início, uma notável capacidade de agência para influências as decisões governamentais, tanto no âmbito nacional quanto no provincial.
Resumen Objetivo/Contexto: La Asociación Nacional de Bibliotecas (anb) creada en 1908 en Buenos Aires congregó parte de la intelectualidad local con preocupaciones reformistas para conformar una federación de bibliotecas argentinas que actuara como mediadora entre estas instituciones y los poderes públicos. Este artículo examina el surgimiento y los primeros años de existencia de esta entidad para demostrar el papel desempeñado por una agrupación civil en los procesos de institucionalización y centralización de los servicios bibliotecarios en la Argentina de principios del siglo xx. Metodología: Para ello, se recurrirá al análisis hermenéutico y crítico de fuentes primarias impresas, producidas tanto por miembros de la Asociación como por otros actores, y al de documentación oficial del gobierno nacional argentino. En diálogo con la bibliografía, se plantea un recorrido por el origen de las asociaciones nacionales de bibliotecas para luego centrar la atención en la creación de la anb y sus vínculos con el Estado. Originalidad: Este estudio contribuye tanto al conocimiento de las políticas bibliotecarias como a la conformación del campo de la bibliotecología en Latinoamérica, al inquirir un objeto aún no examinado. Así, se propone una mirada renovada sobre el pasado de las bibliotecas de la región mediante las herramientas conceptuales de la Historia Socio-Cultural y Política, mientras se otorga mayor profundidad temporal a las investigaciones sobre la génesis de campo profesional en cuestión, a través de la recuperación de esta experiencia temprana. Conclusiones: Concebida como organismo de regulación del funcionamiento de las bibliotecas y de mediación entre estas y el Estado, la anb no pudo ejercer ambas funciones con la misma eficacia, dado que no contaba con mecanismos efectivos para hacer cumplir sus disposiciones entre las instancias asociadas. Sin embargo, la agrupación reveló desde sus comienzos una notable capacidad de agencia para influir en las decisiones gubernamentales, tanto a nivel nacional como provincial.
Abstract Objective/Context: Created in 1908 in Buenos Aires, the National Association of Libraries (Asociación Nacional de Bibliotecas, anb) gathered part of the local intellectuality concerned with reformism to form a federation of Argentine libraries that would act as a mediator between these institutions and the public authorities. This article examines the rise and the first years of existence of this entity to demonstrate the role of a specific civil group in the institutionalization and centralization of library services in Argentina in the early twentieth century. Methodology: For this purpose, we will resort to the hermeneutic and critical analysis of printed primary sources, produced both by members of the Association and by other actors, and to the official documentation of the Argentine national government. In a dialogue with the bibliography, a national library associations’ origin review is proposed to focus on the anb creation and its links with the State. Originality: This study contributes to the knowledge of library policies and the conformation of the librarianship field in Latin America by investigating an object that has not yet been examined. Thus, it proposes a renewed look at the past of libraries in the region through the conceptual tools of Socio-Cultural and Political History while giving greater temporal depth to research on the genesis of the professional field in question through the recovery of this early experience. Conclusions: Conceived as a body for regulating the functioning of libraries and mediating between them and the State, the anb was unable to exercise both functions with equal effectiveness, given that it did not have sufficient mechanisms to enforce its provisions among the associated instances. However, the grouping revealed from its beginnings a remarkable agency to influence governmental decisions, both at the national and provincial levels.