Abstract: The growing academic interest in analyzing “pro-life/pro-family” movements in Latin America has generated various labels to conceptualize these actors. Terms such as religious fundamentalism, neoconservatism, anti-gender movements, and anti-rights, among many others, are examples of these multiple terminologies. However, few works have debated these labels. In response to this gap, this article seeks to discuss the main labels proposed from the Latin American academia. To do this, three major typologies of categories are critically discussed: negative or "anti" concepts (anti-gender, anti-rights, anti-abortion, anti-feminism), concepts associated with the conservative nature of the movement (conservatism and neoconservatism) and those that highlight its religious imprint (fundamentalism, integrism, neointegrism and religious conservatism). Abstract prolife/profamily prolifeprofamily pro life/pro family life “pro-life/pro-family actors fundamentalism neoconservatism antigender anti gender antirights, antirights rights, rights anti-rights others terminologies However gap academia discussed "anti antigender, gender, (anti-gender antiabortion, antiabortion abortion, abortion anti-abortion antifeminism, antifeminism feminism , anti-feminism) conservatism (fundamentalism integrism conservatism. . conservatism) prolife profamily lifepro anti-feminism

Resumen: El creciente interés académico por estudiar a los movimientos “provida/profamilia” en Latinoamérica ha generado diversas etiquetas para conceptualizarlos. Términos como fundamentalismos, neoconservadurismos, antigénero, antiderechos, entre otros, hacen parte de estas múltiples terminologías. Sin embargo, existen pocos trabajos donde las etiquetas hayan sido debatidas. Ante este relativo vacío, este texto busca discutir las principales categorías propuestas desde la academia latinoamericana. Para ello, se agruparon en tres grandes tipologías: los conceptos negativos o “anti” (antigénero, antiderechos, antiaborto, antifeminismos); los asociados al carácter conservador del movimiento (conservadurismo y neoconservadurismo); y los que resaltan la impronta religiosa del mismo (fundamentalismo, integrismo, neointegrismo y conservadurismo religioso). Resumen provida/profamilia providaprofamilia provida profamilia “provida/profamilia conceptualizarlos fundamentalismos neoconservadurismos antigénero antiderechos otros terminologías embargo debatidas vacío latinoamericana ello tipologías anti “anti (antigénero antiaborto antifeminismos antifeminismos) neoconservadurismo neoconservadurismo) fundamentalismo, fundamentalismo (fundamentalismo integrismo religioso. religioso . religioso)

Resumo: O crescente interesse acadêmico em analisar os movimentos “pró-vida/pró-família” na América Latina tem gerado diversos rótulos para conceituar esses atores. Termos como fundamentalismo religioso, neoconservadorismo, movimentos antigênero, antidireitos, entre tantos outros, fazem parte dessas múltiplas terminologias. Entretanto, há poucos trabalhos em que os rótulos tenham sido debatidos. Diante desse relativo vácuo, este texto procura discutir as principais categorias propostas pela academia latino-americana. Para tanto, elas são agrupadas em três tipologias: conceitos negativos ou “anti” (antigênero, antidireitos, antiaborto, antifeminismo), conceitos associados ao caráter conservador do movimento (conservadorismo e neoconservadorismo) e as que destacam seu cunho religioso (fundamentalismo, integrismo, neointegrismo e conservadorismo religioso). Resumo próvida/prófamília próvidaprófamília pró vida/pró família vida “pró-vida/pró-família atores neoconservadorismo antigênero antidireitos outros terminologias Entretanto debatidos vácuo latinoamericana. latinoamericana latino americana. americana latino-americana tanto tipologias anti “anti (antigênero antiaborto antifeminismo, antifeminismo , antifeminismo) fundamentalismo, (fundamentalismo integrismo religioso. . religioso) próvida prófamília vidapró

Abstract: International Women's Day’s relevance has been evidenced by the interest and opposition of the right-wing parties. All Spanish political parties have taken a stand in one way or another around this event. In this article, we will analyse the responses of the three major Spanish conservative parties to 8M, the type of feminism or anti-feminism they propose, their repertoire of action, and their conception of women through critical discourse analysis and digital ethnography. We will demonstrate the gradualness, plurality, and divergence within the right-wing spectrum with respect to feminisms and anti-feminisms in the framework of a renewal promoted by the new political parties and the feminist movement in recent times. Abstract Womens Women s Days Day rightwing right wing event article 8M M antifeminism anti propose action ethnography gradualness plurality antifeminisms times

Resumen: La relevancia lograda por el Día Internacional de la Mujer se ha evidenciado en el interés y la oposición de los partidos de derechas. Todos los partidos políticos españoles se han ubicado de una manera u otra en torno a este evento. En este artículo analizaremos las respuestas de los tres partidos nacionales mayoritarios de la derecha española ante el 8M, el tipo de feminismo o antifeminismo que proponen, su repertorio de acción y su concepción de las mujeres, a través del análisis crítico del discurso y la etnografía digital. Demostraremos la gradualidad, pluralidad y divergencia dentro del espectro derechista respecto a los feminismos y antifeminismos en el marco de una renovación promovida por los nuevos partidos políticos y el movimiento feminista en los últimos tiempos. Resumen derechas evento 8M M proponen mujeres digital gradualidad tiempos

Resumo: A relevância alcançada pelo Dia Internacional da Mulher foi evidenciada pelo interesse e pela oposição dos partidos de direita. Todos os partidos políticos espanhóis se posicionaram de uma forma ou de outra em torno desse evento. Neste artigo, analisaremos as respostas dos três principais partidos de direita espanhóis ao 8M, o tipo de feminismo ou antifeminismo que propõem, seu repertório de ação e sua concepção de mulher, por meio da análise crítica do discurso e da etnografia digital. Demonstraremos a gradualidade, a pluralidade e a divergência dentro do espectro da direita com relação aos feminismos e antifeminismos no âmbito de uma renovação promovida pelos novos partidos políticos e pelo movimento feminista nos últimos tempos. Resumo evento artigo 8M M propõem mulher digital gradualidade tempos

Resumo O bolsonarismo é definido como movimento neofascista cuja principal base social é a alta classe média e que, portanto, logrou atrair parte da categoria médica. Ele comporta diversos elementos ideológicos que se refletiram na política de saúde entre 2019 e 2022, entre eles: o antipetismo/anticomunismo, o neoliberalismo, o conservadorismo moral, a homofobia, o fundamentalismo cristão, o negacionismo científico, o antifeminismo e a misoginia. Buscou-se analisar os reflexos do bolsonarismo sobre as políticas relacionadas à saúde da mulher e aos direitos sexuais e reprodutivos nesse período. Por intermédio de métodos de procedimento histórico e monográfico, com uma abordagem qualitativa, de caráter descritivo e exploratório, utilizaram-se a documentação indireta e a observação direta intensiva para a coleta de dados, a condensação de significado e a hermenêutica-dialética para sua análise. O conservadorismo moral e o fundamentalismo religioso associados ao antifeminismo e à misoginia marcaram as políticas voltadas à saúde da mulher e aos direitos sexuais e reprodutivos. Analisaram-se o combate do Conselho Federal de Medicina ao conceito de violência obstétrica, as medidas para obstaculizar o acesso ao aborto legal, as dificuldades para a reprodução assistida e o desmonte da Rede Cegonha, revelando a associação entre a corporação médica e o governo Bolsonaro. portanto 201 2022 eles antipetismoanticomunismo antipetismo anticomunismo antipetismo/anticomunismo neoliberalismo homofobia cristão científico Buscouse Buscou período monográfico qualitativa exploratório utilizaramse utilizaram dados hermenêuticadialética hermenêutica dialética análise Analisaramse Analisaram obstétrica legal Cegonha Bolsonaro 20 202 2

Abstract Bolsonarism is defined as a neo-fascist movement whose main social base is the upper middle class. Therefore, it managed to attract part of the medical category. It includes several ideological elements that were reflected in health policy between 2019 and 2022, including antipetism/anti-communism, neoliberalism, moral conservatism, homophobia, Christian fundamentalism, scientific denialism, antifeminism, and misogyny. We sought to analyze Bolsonarism’s reflexes on policies related to women’s health and sexual and reproductive rights during this period. Through historical and monographic procedures, with a qualitative, descriptive, and exploratory approach, indirect documentation and intensive direct observation were used for data collection, condensation of meaning, and hermeneutics-dialectics for its analysis. Moral conservatism and religious fundamentalism associated with anti-feminism and misogyny have marked policies aimed at women’s health and sexual and reproductive rights. We analyzed the fight of the Federal Council of Medicine against the concept of obstetric violence, the measures to hinder access to legal abortion, the difficulties for assisted reproduction, and the dismantling of the Stork Network, revealing the association between the medical profession and the Bolsonaro government. neofascist neo fascist class Therefore category 201 2022 antipetism/anticommunism, antipetismanticommunism antipetism/anti communism, antipetism anti communism antipetism/anti-communism neoliberalism homophobia denialism antifeminism Bolsonarisms s womens women period procedures qualitative descriptive approach collection meaning hermeneuticsdialectics hermeneutics dialectics analysis feminism violence abortion reproduction Network government 20 202 anticommunism antipetism/anticommunism antipetismanti 2

Resumen El bolsonarismo se define como un movimiento neofascista cuya principal base social es la clase media alta y que, por tanto, ha logrado atraer a una parte de los profesionales de la medicina. Incluye varios elementos ideológicos que se reflejaron en la política sanitaria entre 2019 y 2022, entre ellos: antipetismo/anticomunismo, neoliberalismo, conservadurismo moral, homofobia, fundamentalismo cristiano, negacionismo científico, antifeminismo y misoginia. El objetivo fue analizar los efectos del gobierno de Bolsonaro en las políticas relacionadas con la salud y los derechos sexuales y reproductivos de las mujeres durante este período. A través de métodos procedimentales históricos y monográficos, con enfoque cualitativo, descriptivo y exploratorio, se utilizó la documentación indirecta y la observación directa intensiva para la recolección de datos, y la condensación de sentido y la hermenéutica dialéctica para su análisis. El conservadurismo moral y el fundamentalismo religioso combinados con el antifeminismo y la misoginia han marcado las políticas dirigidas a la salud y los derechos sexuales y reproductivos de las mujeres. La lucha del Consejo Federal de Medicina contra el concepto de violencia obstétrica, las medidas para obstaculizar el acceso al aborto legal, las dificultades para la reproducción asistida y el desmantelamiento de la Red Cigüeña fueron analizados, revelando la asociación entre la corporación médica y el gobierno Bolsonaro. tanto medicina 201 2022 ellos antipetismoanticomunismo antipetismo anticomunismo antipetismo/anticomunismo neoliberalismo homofobia cristiano científico período monográficos cualitativo exploratorio datos análisis obstétrica legal analizados 20 202 2

Abstract In recent years, the debates surrounding the rise of anti-feminism in Spain have pointed to youth as the focus of the problem. Many media have echoed reports on youth values and beliefs to talk about machismo among young people and the anti-feminist reaction that puts Spanish equality policies at risk. However, there are a number of methodological and conceptual problems in this approach that lead the public debate to a dead end. Simplifying anti-feminism has important political consequences for both identifying the problem and preventing it. This article presents a critical reflection on these issues of focus, and points to important elements in the ongoing debate.

Resumo Nos últimos anos, os debates em torno da ascensão do antifeminismo em Espanha têm apontado a juventude como o foco do problema. Muitos meios de comunicação fazem eco de reportagens sobre valores e crenças juvenis para falar sobre o machismo entre os jovens e sobre a reação antifeminista que põe em risco as políticas de igualdade espanholas. No entanto, há uma série de problemas metodológicos e conceituais nesta abordagem, que levam o debate público para um beco sem saída. Simplificar o antifeminismo tem consequências políticas importantes, tanto na identificação do problema, quanto na sua prevenção. Este artigo apresenta uma reflexão crítica sobre estas questões de enfoque e aponta elementos importantes para o debate em curso.

Resumen En los últimos años, los debates alrededor del auge del antifeminismo en España han señalado a la juventud como foco del problema. Muchos medios de comunicación se han hecho eco de informes sobre los valores y creencias juveniles para hablar del machismo en los jóvenes y de la reacción antifeminista que pone en riesgo las políticas de igualdad españolas. Sin embargo, existen una serie de problemas metodológicos y conceptuales en este abordaje que lleva al debate público a un callejón sin salida. Simplificar el antifeminismo trae consecuencias políticas notables tanto en la identificación del problema como en su prevención. Este artículo consta de una reflexión crítica sobre estos problemas de enfoque y apunta hacia elementos importantes de un debate en curso.

Abstract This article analyzes the relationships that can be established, from a quantitative sociological perspective, between ideological orientation and the positions, opinions, and values regarding equality, feminism, gender violence, and masculinity among urban men in the Valencian Community (Spain). Based on the results of a survey, it examines how aligning with right-wing politics is associated with a higher likelihood of identifying with discourses that deny or downplay advancements in equality. Thus, it quantifies the number of men holding such positions and explores the potential relationships between ideology and the narrative within the social base of misogynistic discourses.

Resumo Neste artigo, são analisadas as relações que podem ser estabelecidas, a partir de uma leitura sociológica quantitativa, entre o posicionamento ideológico e as posições, opiniões e valores em relação à igualdade, ao feminismo, à violência de género e à masculinidade por parte dos homens urbanos da Comunidade Valenciana (Espanha). Com base nos resultados de um inquérito, aborda-se como posicionar-se à direita política pode estar relacionado com uma maior probabilidade de identificação com discursos que negam ou relativizam os avanços em matéria de igualdade. Desta forma, procura-se identificar o número de homens que se encontra nessas posições e as possíveis relações entre o ideológico e esta narrativa na base social dos discursos misóginos.

Resumen En este artículo se analizan las relaciones que se pueden establecer, desde una lectura sociológica cuantitativa, entre la ubicación ideológica y los posicionamientos, opiniones y valores en relación con la igualdad, el feminismo, la violencia de género y la masculinidad por parte de los hombres urbanos de la Comunidad Valenciana (España). A partir de los resultados de una encuesta, se aborda cómo situarse en la derecha política se relaciona con mayor probabilidad de identificarse con discursos que niegan o relativizan los avances en materia de igualdad. De esta forma, se cuantifican qué volúmenes de hombres se encuentran en estas posiciones y las posibles relaciones entre lo ideológico y esta narrativa en la base social de los discursos misóginos.

Resumen Este artículo se centra en el uso de metáforas de virilidad en las acciones políticas de los ciberactivistas de extrema derecha. Examinaremos los ataques intercambiados entre agentes del mismo campo de extrema derecha, en particular los dirigidos contra el expresidente Jair Bolsonaro por sus seguidores hombres que compartían su antifeminismo. Veremos que las metáforas de la virilidad desempeñan un doble papel en estas disputas: ellas son una forma de entender y evaluar tanto a los oponentes y disputas como a ellos mismos. Este rol nace de la articulación entre tres elementos: i) creencias y actitudes basadas en un ideal de virilidad; ii) una experiencia vivida de ser y devenir hombre; iii) el funcionamiento de las plataformas digitales. Argumentamos que existe una afinidad electiva, por un lado, entre la forma de socialización masculina definida por Welzer-Lang con su concepto de “casa de hombres”, y, por otro lado, la arquitectura de plataformas digitales que se diseña como un espacio competitivo y anti-institucional donde se construye visibilidad y reputación. derecha antifeminismo mismos elementos i ii hombre iii electiva lado WelzerLang Welzer Lang casa hombres, , hombres” antiinstitucional anti institucional reputación

Abstract This article focuses on the use of virility metaphors in the political actions of far-right cyberactivists. It examines the attacks exchanged between agents within the far-right, in particular those targeted against Jair Bolsonaro, Brazilian president from 2019 to 2022, by his male followers who share his anti-feminism. It is argued that, in these disputes, metaphors of virility have a dual role: they are a way of interpreting and of evaluating opponents, disputes and men themselves. This role results from the articulation between three elements: i) beliefs and attitudes based on an ideal of virility; ii) a lived experience of being and becoming a man; and, iii), how digital platforms operate. Our hypothesis is that there is an elective affinity between, on the one hand, the form of male socialisation defined as the “men’s house” by Welzer-Lang and, on the other hand, the architecture of digital platforms designed as a competitive, anti-institutional environment in which visibility and reputation are built. farright far right cyberactivists farright, right, Bolsonaro 201 2022 antifeminism. antifeminism anti feminism. feminism anti-feminism opponents themselves elements i ii man iii, iii , iii) operate hand mens s house WelzerLang Welzer Lang competitive antiinstitutional institutional built 20 202 2

Resumo Este artigo tem por objeto o uso de metáforas de virilidade nas ações políticas de ciberativistas de extrema direita. Vamos examinar os ataques trocados entre agentes do mesmo campo da extrema-direita, em particular aqueles dirigidos contra o então presidente Jair Bolsonaro por homens que são seus seguidores e compartilham de seu antifeminismo. Veremos que as metáforas da virilidade têm um papel duplo nessas disputas: como forma de compreender e avaliar tanto adversários e disputas quanto a si mesmos. Esse papel nasce da articulação entre três elementos: i) crenças e atitudes baseadas em um ideal de virilidade; ii) uma experiência vivida de ser e tornar-se homem; e, iii), o modo de funcionamento das plataformas digitais. Argumentamos que existe uma afinidade eletiva entre, de um lado, a forma de socialização masculina definida por Welzer-Lang com seu conceito de “casa dos homens”, e, de outro, a arquitetura das plataformas digitais desenhada como um espaço competitivo e anti-institucional no qual se constrói visibilidade e reputação. direita extremadireita, extremadireita direita, extrema-direita antifeminismo mesmos elementos i ii tornarse tornar homem iii, iii , iii) lado WelzerLang Welzer Lang casa homens, homens” outro antiinstitucional anti institucional reputação

Resumo Neste artigo, analiso o debate feminista promovido pelo jornal Momento Feminino (MF), evidenciando os consensos e as tensões internas, bem como os desafios enfrentados por suas articulistas em um contexto atravessado tanto pelo anti-comunismo quanto pelo antifeminismo. Vinculado ao Partido Comunista do Brasil (PCB) e à Federação Democrática Internacional de Mulheres (FDIM), o periódico era editado no Rio de Janeiro e circulou no Brasil entre 1947 e 1956. Suas páginas imprimiram um debate, à época, caro ao PCB, além de terem discutido as estruturas sociais que deixavam as mulheres em situação de inferioridade e vulnerabilidade. O MF não só defendeu a participação das mulheres na vida política e social, mas também politizou o cotidiano, comprometendo-se com um projeto feminista de sociedade, o que faz dele um importante instrumento para o entendimento da história do feminismo no Brasil.

Abstract This essay analyzes the feminist debate fostered by the newspaper Momento Feminino (MF), highlighting the consensus and internal disputes, as well as the challenges faced by its columnists within a context marked by both anti-communism and antifeminism sentiment. Linked to the Communist Party of Brazil (PCB) and the Women’s International Democratic Federation (WIDF), the paper was edited in Rio de Janeiro and circulated in Brazil between 1947 and 1956. Its pages gave life to a debate, at the time, dear to the PCB, besides discussing the social structures that left subjected women into a status of inferiority and vulnerability. MF not only advocated women’s participation in political and social life, but also politicized everyday life, committing to a feminist project of society, turning the newspaper into an important tool for understanding the history of feminism in Brazil.

Abstract This article aims to analyze some discussions that took place around feminism within the Mexican Catholic Church in the years before the Second Vatican Council, specifically those related to women's suffrage, wage labor and divorce. To do this the magazine Acción Femenina, founded in 1933 as the official communication body of the Mexican Catholic Women's Union (UFCM), one of the female branches of the Mexican Catholic Action (ACM) was used. The hypothesis is that there was a tension with regard to gender discourses, since in their publications anti-feminist positions coexisted with feminist claims. This lead us to complexify the history of Catholic feminism in Mexico, which could have its origins in the before the Second Vatican Council.

Resumen El objetivo de este artículo es analizar algunas discusiones en torno al feminismo dentro de la iglesia católica mexicana en los años previos al Concilio Vaticano II, específicamente los relativos al sufragio femenino, el trabajo asalariado y el divorcio. Para ello se utilizó la revistaAcción Femenina,fundada en 1933 como órgano oficial de comunicación de la Unión Femenina Católica Mexicana (UFCM), una de las ramas femeninas de la Acción Católica Mexicana (ACM). La hipótesis es que existió una tensión con respecto a los discursos de género, pues en sus publicaciones coexistieron posiciones antifeministas con reivindicaciones feministas. Esto complejiza la historia del feminismo católico en México, que podría tener sus orígenes previos al Concilio Vaticano II.

Resumo: Observando números da Revista Claudia publicados no Brasil entre 1970 e 1990, esse artigo busca compreender, de um ponto de vista historiográfico, a proliferação de discursos antifeministas na publicação a partir da segunda metade da década de 1980. O antifeminismo como ideia corrente nunca abandonou totalmente a revista. Contudo, discursos de rejeição de um suposto passado radical do movimento foram difundidos na publicação no período, inclusive por mulheres diretamente associadas à história dos feminismos dessa geração, o que instigou o desenvolvimento desta análise. É, portanto, a partir dessa observação, com base em bibliografia de referência sobre a temática e em parte da produção impressa dos feminismos do período, que o artigo se constrói.

Abstract: This article seeks to understand, from a historiographic perspective, the proliferation of anti-feminist discourses published in Revista Claudia from the second half of the 1980’s onwards. Antifeminism as a current idea was never completely abandoned by the magazine. However, discourses of rejection of a so-called radical past of the movement were propagated by the publication during this period. Articles with such content were also written by women who were directly associated with feminisms at that time, which motivated the development of this analysis. This article uses both bibliographic references about the thematic and printed material made by different feminist movements at that time.

Gender is central to social life. Yet, throughout human history, the social order has been characterised by gender inequality. The first active steps towards creating an equitable society can be traced to around 1792 when Mary Wollstonecraft's "A vindication of the rights of women" was published. An integral part of her advocacy for all human rights was her rejection of slavery and she often drew an analogy between the positions of women and those of slaves. From the outset, endeavours at achieving gender justice were either supported or loathed by men. In the mid 20th century, the responses to the effects of feminism and those of women's struggles for equality culminated in a so-called "men's movement". A distinction is generally drawn between two types of men's movement that lie at the opposite extremes of a continuum, namely, at the one end, conservative or anti-feminist (the men's rights movement) and, at the other, liberal/progressive or profeminist (the new men's movement). Men's rights groups reject women's liberation, claiming that women cover up the reality that men are most oppressed and that they (women) actually possess the power. South African examples of anti-feminist movements include Promise Keepers South Africa and the Mighty Men Conference Movement. Women, in their turn, either welcomed men's involvement or regarded it with suspicion. Even if, during the 1960s, the women's movement welcomed male activists, some feminists were sceptical of this development and, by the mid 1970s, radical feminism surfaced. It largely rejected men's support of the women's movement, its premise being that all men benefited from gender oppression. During the 1990s, discontent among feminists became apparent. Criticism against what was regarded as hegemonic feminism was expressed by women of colour. These women rejected the idea of a universal sisterhood. Although black women in South Africa had actively participated in the liberation struggle since the 1950s, a distinctly feminist consciousness was totally lacking. The first steps towards establishing organisations geared exclusively towards women's liberation only followed late in the 1980s. African feminists, because they are not only concerned about women's issues but about social issues, generally accept men as allies. While several justifications for engaging with men have been advanced, some concern has however been raised as regards the involvement of men or the so-called "men-streaming" approach advocated by international organisations. Several provisos have consequently been advanced in this regard, the most fundamental of these being that such inclusion/involvement should be seen to advance the overarching feminist aim of gender equality. The male activists in Britain and America who supported women's suffrage at the beginning of the 20th century are viewed both as the initiators of the men's liberation movement and the pioneers of the profeminist movement that gained prominence during the 1960s. In South Africa, Sol Plaatje and Steve Biko are regarded as having been profeminist. Although profeminist groups are found globally, they are more common in countries with relatively longer traditions of gender-equity endeavours. South Africa, because of its relatively short democratic history, does not feature among such countries. Although profeminism developed in the American and European contexts, it eventually ‒ like feminism ‒ migrated to Africa. Several reasons have been advanced as to why profeminism has lately gained momentum in South Africa, the main being that the country is confronted by two major public health issues, namely gender-based violence and HIV/Aids - both being issues inextricably related to gender inequalities. It would moreover seem that, in the little more than two decades of the new democratic dispensation, very little has actually been accomplished in terms of achieving gender justice. South African women remain the poorest of the poor and are subjected to some of the highest levels of gender-based violence in the world. Against this background, there is an increasing insistence that men and boys be involved to achieve accelerated change. Current debates no longer revolve around whether men should be involved but around the precise nature of their involvement. Apart from the involvement of both women and men, there is a growing awareness that civil society should be actively involved. Activism of this kind at grass-roots level by non-governmental organisations ‒ termed NGO-isation ‒ has increased. Sonke Gender Justice, a local profeminist non-governmental organisation, attempts to counter the anti-feminism of a new youth movement (influenced by Julius Malema) and traditionalists like Jacob Zuma. In light of the apparent anti-feminism and also the fact that gender justice has as yet not nearly been achieved, the struggle for gender justice is now more compelling than ever. Though profeminist men who support the cause are indispensable partners in the struggle, their numbers are still relatively small. Ideally, all South African men (and women) should accept the gravity of the situation. If this conviction is accompanied by a commitment to the central values of the Ubuntu philosophy and the Constitution, both women and men will embrace the feminist model for social reconstruction and react positively to the fundamental aim of feminism, namely the elimination of all injustices.

Die sosiale orde word deur die loop van millennia deur genderongelykheid gekenmerk. Dit het aanleiding gegee tot die vrouebevrydingsbeweging en feminisme. Mans was van meet af aan betrokke by die stryd om gendergeregtigheid¹ - weliswaar op verskillende maniere. Sommige het organisasies teen vroue (antifeministies) en ander vir vroue (profeministies) gevestig. Op hul beurt het vroue aanvanklik mans se betrokkenheid verwelkom (in die 1960's), maar teen die middel van die 1970's het radikale feministe mans se ondersteuning van die vrouebeweging grotendeels verwerp. In die 1990's het feministe ontevredenheid in eie geledere ervaar. Die kritiek teen sogenaamde hegemoniese feminisme was veral van vroue van kleur afkomstig. Alhoewel verskeie redes vir mans se betrokkenheid aangevoer word, word sodanige betrokkenheid meermale bevraagteken. Talle voorbehoude word derhalwe in hierdie verband gestel. Alhoewel profeminisme hoofsaaklik in Amerika en Europa ontstaan het, het dit uiteindelik na Afrika gemigreer. 'n Suid-Afrikaanse profeministiese organisasie, Sonke Gender Justice, dien as teenvoeter vir die antifeminisme van ʼn nuwe jeugbeweging (onder invloed van Julius Malema) en tradisionaliste soos Jacob Zuma.

O distanciamento entre os paradigmas ou as representações sociais convencionadas para as mulheres e os seus verdadeiros comportamentos e atributos está na origem de ideias, de [pre]conceitos e de imagens desfavoráveis sobre a feminilidade e coloca em causa os papéis de género. É esse o território propício para o antifeminismo.Ultrapassando o sentido restrito que o associa à oposição ao feminismo e às intenções de emancipação e de reivindicação de direitos, o antifeminismo engloba as interpretações, os estereótipos e as tradições enraizadas sobre a natureza imperfeita e a inferioridade femininas. O artigo centra-se no registo humorístico explorando os significados diretos e implícitos que o riso sobre o feminino e as mulheres proporcionam enquanto objetos risíveis.

The distance between the paradigms or representations socially defined for the women and their behaviors, as well as their attitudes and attributes is the source of ideas, prejudices and unfavorable images about the femininity, in the same way that endangers the gender roles. That is the propitious territory for antifeminism. Overcoming the narrow sense of the term that identifies it as the opposition to feminism and the intentions of emancipation and vindication of women rights, antifeminism also includes interpretations, stereotypes and rooted traditions about the female imperfect nature and inferiority. In this article, emphasis is placed on the satirical writing and cartoons, exploring the direct and implicit meanings that laughter about femininity and the women provide as risible objects.

Ao considerar a força do discurso antifeminista no Brasil, examino como esse discurso aparece no âmbito do jornalismo cultural para então tecer algumas relações com a história social brasileira à luz da qual é possível compreender por que o feminismo como práxis transformadora parece tão fora dos hábitos do país. Procuro sustentar meu argumento a partir da leitura de obras de pensadores da história e da cultura brasileiras considerados "de esquerda" ao mesmo tempo em que pontuo os limites de suas análises, ou seja, o silenciamento sobre a opressão das mulheres e questões de gênero. A seguir, examino a persistência de diversas formas do antifeminismo no campo das Letras a fim de compreender o estatuto da crítica feminista no campo dos estudos literários e as razões de sua invisibilidade, com considerações sobre conquistas e limitações de suas práticas.

In appraising the power of antifeminist discourse in Brazil, I examine how this discourse appears in the realm of cultural journalism in order to make some connections to Brazilian social history, in the light of which it may be possible to understand why feminism as transforming praxis seems so alien to the habits of the country. To sustain my arguments I draw on the readings of Brazilian historical and cultural thinkers considered "leftists". At the same time, I point out the limits of their analyses, that is, their silence regarding women's oppression and gender issues. Finally, I examine the persistence of various forms of antifeminism in the lettered milieu so as to understand the statute of feminist critique in the field of literary studies and the reasons for its invisibility, including considerations on its achievements and the limitations of its practices.

Nos anos 1960, em meio à rebelião contracultural, acompanhada pela luta dos negros norte-americanos em busca dos direitos civis e pelos protestos contra a guerra do Vietnam, emerge a rebelião das mulheres. Irrompe uma nova vaga feminista nos Estados Unidos e na Europa, a qual também se manifestou vivamente no Brasil. Apontavam tais mulheres como uma mistificação a separação entre o público e o privado, entre o pessoal e o político, insistindo sobre o caráter estrutural da dominação, expresso nas relações da vida cotidiana. Dominação cujo caráter sistemático apresentava-se obscurecido, como se fosse produto de situações pessoais. No momento, o Brasil via-se acossado pela ditadura militar, destacando-se o empenho de alguns, inspirados nos ideais da contracultura, em opor-se ao regime, combatendo o autoritarismo e promovendo a crítica de costumes. A ridicularização era a sua arma, ressaltando-se, nesse particular, os membros do jornal O Pasquim. Paradoxalmente, porém, a mordacidade de muitos de seus articulistas voltou-se, igualmente, contra as mulheres que lutavam por direitos ou que assumiam atitudes consideradas inadequadas ao modelo tradicional de feminilidade e às relações estabelecidas entre os gêneros. Ridicularizavam as militantes, utilizando-se dos rótulos de "masculinizadas, feias, despeitadas", quando não de "depravadas, promíscuas", no que conseguiam tais articulistas grande repercussão. Depreende-se dessa conduta o temor da perda do predomínio masculino nas relações de poder entre os gêneros, no que evidenciavam forte conservadorismo, contrastante com a atitude vista como libertária de alguns desses elementos em outras situações.

In the 1960s, amidst the counter-cultural revolution, women's rebellion emerged side by side with the struggle of North-American Blacks for civil rights and demonstrations against the Vietnam War. A new wave of Feminism broke out in the United States and in Europe, soon followed by a similar movement in Brazil. The women involved pointed to the separation between the public and the private, the personal and the political as a mystification, insisting that domination had a structural character, manifested in the relations of everyday life, and that such systematic character was obscured by the belief that it was the product of personal relations. At that time, Brazil was living under a military dictatorship, with some groups opposing such authoritarian regime and promoting cultural criticism. Mockery was their weapon, as especially illustrated by the members of the newspaper O Pasquim. Paradoxically, the mordacity of many of such writers was visited on women, those women who, fighting for their rights, assumed attitudes which broke with the traditional model of femininity and with established gender relations. They ridiculed militant women by means of labels such as masculine, ugly, bad-tempered, and even perverted and promiscuous, which generated a great response to their articles. We may infer from this attitude that there was a fear of loss of power in gender relations, which reveals a strong conservatism in men who otherwise were libertarians.