Resumen: La distinción entre el cuerpo humano y el cuerpo animal es una de las claves interpretativas de lo que distingue al ser humano del resto de los seres vivos. A comienzos de 1970 surgió la acusación de especismo a quienes proponen un trato diferencial a los seres humanos, por encima de las demás especies animales. El especismo sería una forma de discriminación análoga al racismo o al sexismo, y por tanto injusta. De un tiempo a esta parte la influencia social de esta corriente ha ido en un continuo in crescendo cambiando incluso la relación con el mundo animal. Sin embargo, esta postura atenta de una u otra manera contra la dignidad humana, al menos en algunos casos, en general los más vulnerables. Es por eso que intentaremos argumentar por qué las acusaciones de especismo no se sostienen. La persona humana posee una dignidad particular, no por razones de especie, sino que al ser tratado anticipadamente como persona responde con características que demuestran la capacidad de poseer ese estatus moral. Este argumento, tomado de Timothy Chappell se fundamenta en el tratamiento proléptico de la persona. Sobre la base de esta idea se intentará responder a las acusaciones particulares del antiespecismo y demostrar por qué la persona humana merece un tratamiento moral distinto al de los demás seres vivos.
Abstract: The distinction between the human body and the animal body is one of the interpretative key aspects of what distinguishes the human being from the rest of the living beings. In the early 1970s, the accusation of speciesism arose against those who proposed differential treatment of human beings, above other animal species. Speciesism would be a form of discrimination akin to racism or sexism, and therefore unfair. For some time now, the social influence of this current of thought has been continuously increasing, even changing the relationship with the animal world. However, this position violates human dignity in one way or another, at least in cases such as with the most vulnerable. This is why we will try to argue why the arguments of speciesism do not hold. The human person possesses a particular dignity, not for reasons of species, but because being treated in advance as a person, we respond with characteristics that demonstrate the ability to possess that moral status. This argument, taken from Timothy Chappell, is based on the proleptic treatment of the person. Based on this idea, we will attempt to respond to the specific arguments of anti-speciesism and demonstrate why the human person deserves a different moral treatment than other living beings.
Resumo: A distinção entre o corpo humano e o corpo animal é uma das chaves interpretativas do que distingue o ser humano dos demais seres vivos. No início da década de 1970, surgiu a acusação de especismo contra aqueles que propunham tratamento diferenciado dos seres humanos, acima de outras espacies animais. O especismo seria uma forma de discriminação análoga ao racismo ou ao sexismo e, portanto, injusta. Há algum tempo, a influência social dessa corrente vem aumentando continuamente, alterando inclusive a relação com o mundo animal. No entanto, esta posição viola a dignidade humana de uma forma ou de outra, pelo menos em alguns casos, geralmente os mais vulneráveis. É por isso que tentaremos argumentar por que as acusações de especismo não se sustentam. A pessoa humana possui uma dignidade particular, não por razões de espécie, mas antes, quando tratada antecipadamente como pessoa, responde com características que demonstram a capacidade de possuir esse estatuto moral. Esse argumento, tirado de Timothy Chappell, baseia-se no tratamento proléptico da pessoa. Com base nessa ideia, tentar-se-á responder às acusações particulares de antiespecismo e demonstrar por que a pessoa humana merece um tratamento moral diferente do dos demais seres vivos.