Resumen Introducción: El lavado gástrico implica la eliminación de sustancias potencialmente tóxicas del estómago antes de que sean absorbidas sistémicamente. Apesar de su uso generalizado, el lavado gástrico aún carece de consenso entre la comunidad clínica y científica. Objetivo: Identificar y mapear la evidencia científica disponible sobre el lavado gástrico en personas que sufren intoxicación aguda. Métodos: La revisión siguió la metodología JBI para revisiones de alcance y se llevó a cabo según la lista de verificación PRISMA-ScR. Consideramos estudios que involucraban a individuos adultos, víctimas de intoxicación, sometidos a lavado gástrico en entornos intra o extrahospitalarios. Se incluyeron estudios en inglés, francés, español y portugués. La selección de estudios fue realizada por dos revisores independientes, con un tercer revisor en caso de desacuerdo. Resultados: Después del proceso de selección, se incluyeron 10 artículos. El lavado gástrico se realiza instilando 300 ml de solución salina/agua a través de un catéter nasogástrico con la posterior eliminación de todo el contenido gástrico. El lavado gástrico debe realizarse dentro de la primera hora después de la intoxicación; más allá de este límite temporal, no es beneficioso, excepto en casos de intoxicación por antidepresivos tricíclicos. Existes otros métodos de descontaminación, como el carbón activado (mayor eficacia) y el jarabe de ipecacuana (eficacia similar). Conclusión: Se ha demostrado que el lavado gástrico es un procedimiento que debe aplicarse en circunstancias muy concretas y que debe tener en cuenta aspectos como el momento de la contaminación, la persona y su estado clínico. También deben considerarse otros procedimientos, que pueden ser más eficaces y menos arriesgados para la persona intoxicada.
Resumo Introdução: A lavagem gástrica consiste na remoção de substâncias potencialmente tóxicas do estômago antes que sejam absorvidas sistemicamente. Apesar da sua larga utilização, a lavagem gástrica continua a não reunir consenso junto da comunidade clínica e científica. Objetivo: Identificar e mapear a evidência científica disponível acerca da lavagem gástrica à pessoa vítima de intoxicação aguda. Métodos: A revisão regeu-se pela JBI methodology for scoping reviews e foi elaborada segundo a checklist PRISMA-ScR. Consideramos estudos que incluíssem indivíduos em idade adulta, vítimas de intoxicação, submetidos a lavagem gástrica em contextos intra ou extra-hospitalares. Abrangemos estudos em inglês, francês, espanhol e português. A seleção dos estudos foi realizada por dois revisores independentes, utilizando um terceiro revisor em caso de discordância. Resultados: Após o processo de seleção, foram incluídos 10 artigos. A lavagem gástrica realiza-se instilando 300mL de solução salina/ água potável, através de um cateter nasogástrico com posterior remoção de todo o conteúdo gástrico. A lavagem gástrica deve ser executada durante a primeira hora após intoxicação, posteriormente a esse limite temporal, é despromovida de benefícios, exceto em intoxicações por antidepressivos tricíclicos. Existem outros métodos de descontaminação, como o carvão ativado (maior eficácia) e o xarope de ipeca (eficácia semelhante). Conclusão: A lavagem gástrica revelou ser um procedimento que deve ser implementado em circunstâncias muito específicas e deve ter em conta aspetos como o tempo da contaminação, pessoa e condição clínica. Deverão ser considerados, também, outros procedimentos, que podem apresentar maior eficácia e menores riscos para a pessoa intoxicada.
Abstract Introduction: Gastric lavage involves the removal of potentially toxic substances from the stomach before they are systemically absorbed. Despite its widespread use, gastric lavage still lacks consensus among the clinical and scientific community. Objective: To identify and map the available scientific evidence regarding gastric lavage in individuals suffering from acute poisoning. Methods: The review followed the JBI methodology for scoping reviews and was conducted according to the PRISMA-ScR checklist. We considered studies involving adult individuals, victims of poisoning, undergoing gastric lavage in intra or extra-hospital settings. Studies in English, French, Spanish, and Portuguese were included. Study selection was performed by two independent reviewers, with a third reviewer in case of disagreement. Results: After the selection process, 10 articles were included. Gastric lavage is performed by instilling 300mL of saline/water through a nasogastric catheter with subsequent removal of all gastric contents. Gastric lavage should be performed within the first hour after poisoning; beyond this time limit, it is not beneficial, except in cases of tricyclic antidepressant poisoning. Other decontamination methods, such as activated charcoal (greater efficacy) and ipecac syrup (similar efficacy), exist. Conclusion: Gastric lavage has been shown to be a procedure that should be applied in very specific circumstances and should take into account aspects such as the time of contamination, the person and their clinical condition. Other procedures should also be considered, which may be more effective and less risky for the poisoned person.