Résumé: Étant donné le développement fragmentaire et inégal du Mercosur, l›adoption de la Déclaration Socio-Laboral du Mercosur a été une tentative courageuse de protéger les droits fondamentaux des travailleurs au sein d’un bloc régional de libre-échange. Elle a été adoptée en 1998, puis largement révisée en 2015. Cet article étudie comment les instances du Mercosur et, en particulier, les juges nationaux et leur activisme judiciaire, ont contourné le cadre institutionnel intergouvernemental actuel pour considérer la Déclaration Socio-Laboral comme un instrument juridique justiciable. Cela a permis aux travailleurs et aux citoyens de s’appuyer sur la Déclaration pour contester les législations nationales et protéger leurs droits fondamentaux. Cet article conclut qu’une révision déjà nécessaire ne devrait pas seulement réformer la nature juridique de la Déclaration Socio-Laboral, qui devrait devenir un protocole du Traité d’Asunción, mais devrait également réglementer deux domaines cruciaux qui façonnent déjà les marchés du travail des États membres du Mercosur, à savoir: le travail des plateformes numériques, et le changement climatique, en mettant particulièrement l’accent sur les emplois verts et les politiques de transition juste.
Resumo: Considerando a natureza fragmentada e desigual do desenvolvimento do Mercosul, a adoção da Declaração Socio-Laboral do Mercosul foi uma tentativa audaciosa de proteger os direitos fundamentais dos trabalhadores dentro de um bloco comercial regional. O documento foi inicialmente adotado em 1998 e posteriormente revisado de forma substancial em 2015. Este artigo explora como os órgãos do Mercosul e, em particular, os juízes nacionais e seu ativismo, contornaram o atual quadro institucional intergovernamental para considerar a Declaração Socio-Laboral como um instrumento passível para a utilização em decisões judiciais. Isso permitiu que trabalhadores e cidadãos a utilizassem para contestar legislações domésticas e proteger seus direitos fundamentais no ambiente de trabalho. Este artigo conclui que uma revisão já atrasada não só deve reformar a natureza legal da Declaração Socio-Laboral, que deveria se tornar um protocolo para o Tratado de Assunção, mas também regulamentar duas áreas cruciais que já estão moldando os mercados de trabalho dos Estados Membros do Mercosul, a saber: trabalho em plataformas e mudanças climáticas, com um foco especial em empregos verdes e políticas de transição justa.
Summary: Given the fragmentary and uneven development of Mercosur, the adoption of the Mercosur Socio-Labour Declaration has been a bold attempt to protect workers’ fundamental rights within a regional trade bloc. It was first adopted in 1998 and then substantially revisited in 2015. This article explores how Mercosur bodies and, particularly, national judges and their activism have circumvented the current intergovernmental institutional framework to consider the Socio-Labour Declaration as a justiciable instrument. This has allowed workers and citizens to rely upon it to challenge domestic legislations and protect their fundamental rights in the workplace. This piece concludes that an already overdue revision should not only reform the legal nature of the Socio-Labour, which should become a protocol to the Treaty of Asuncion, but should also regulate two crucial areas that are already shaping the Mercosur Member States’ labour markets, namely: platform work, and climate change with a particular focus on green jobs and just transition policies.
Resumen: En el marco de un desarrollo fragmentado e irregular a lo largo de la historia del Mercosur, la Declaración Sociolaboral ha sido un intento ambicioso de consagrar y proteger los derechos fundamentales de los trabajadores y, en cierta medida, de regular las relaciones laborales dentro de un proceso de integración regional. Originalmente adoptada en 1998, la declaración fue luego reformada y substancialmente mejorada en 2015. Este artículo explora cómo los organismos del Mercosur y, especialmente, los jueces nacionales a través de su activismo judicial han sorteado los obstáculos impuestos por la arquitectura institucional intergubernamental para utilizar a la Declaración Sociolaboral como un documento justiciable. Ello ha permitido que tanto los trabajadores como los ciudadanos en general puedan utilizarla para proteger sus derechos fundamentales en el marco de las relaciones laborales. Este artículo concluye que la revisión Declaración, que ya debería haber tenido lugar, debe reformar no sólo su naturaleza jurídica - a través del reconocimiento del mencionado instrumento como un protocolo adicional al Tratado de Asunción, sino que debe incluir nuevos derechos vinculados al trabajo de plataformas, y al cambio climático con especial énfasis en materia de empleo verde y políticas de transición justa.