RESUMO O objetivo do artigo é proceder a uma análise da personagem Alison, esposa de Bath, na obra Os contos de Canterbury, de Geofrey Chaucer. Para isso, com base em Bakhtin (2010, 2018), em particular a partir da perspectiva da carnavalização, somada à teoria da performatividade de gênero de Butler (1988, 2017), pretendemos mostrar como a referida personagem subverte, carnavalizadamente, certos textos bíblicos referentes ao papel da mulher no matrimônio. Dessa forma, nesse estudo, para efeito de análise, tomamos da obra chaucereana o prólogo da esposa de Bath visto que nele a personagem elabora, de modo mais evidente, sua relação tensa e, ao mesmo tempo cômica, com a Bíblia. Da análise feita, concluímos, assim, que a esposa de Bath, de maneira carnavalizada, performatiza o gênero feminino em pleno período medieval, mostrando-se subversiva aos estereótipos da época ao profanar certas orientações bíblicas, tanto do Velho como do Novo Testamento, relativamente ao que é ser mulher e esposa. Alison Canterbury Chaucer isso 2010, 2010 (2010 2018, 2018 , 2018) carnavalização 1988, 1988 (1988 2017, 2017 2017) subverte carnavalizadamente matrimônio forma estudo elabora evidente cômica Bíblia feita concluímos assim carnavalizada medieval mostrandose mostrando se bíblicas Testamento 201 (201 198 (198 20 (20 19 (19 2 (2 1 (1 (
ABSTRACT The aim of this article is to analyze the character Alison, the wife of Bath, in Geofrey Chaucer’s The Canterbury Tales. To do this, based on Bakhtin (1984a, 1984b), especially from the perspective of carnivalization, together with Butler’s theory of gender performativity (1988, 1999), we intend to show how this character carnivalistically subverts certain biblical texts relating to the role of women in marriage. Thus, for the purposes of this study, we have taken the Wife of Bath’s prologue from Chaucer’s work, because in it she constructs her polemical more explicitly and the comic relationship with the Bible at the same time. From this analysis, we conclude that Bath’s wife, in a carnivalized way, performs the feminine gender in the middle of the medieval period, showing herself to be subversive of the stereotypes of the time by profaning certain biblical guidelines, from both the Old and New Testaments, regarding what it means to be a woman and a wife. Alison Bath Chaucers Chaucer s Tales 1984a, 1984a (1984a 1984b, 1984b b , 1984b) carnivalization Butlers Butler 1988, 1988 (1988 1999, 1999 1999) marriage Thus study Baths work analysis way period guidelines Testaments 198 (198 199 19 (19 1 (1 (