Resumen Este trabajo presentará, desde la perspectiva de la biopolítica (Foucault, M. 2004) con (Judith Butler, 2017) y (Byung Chul Han, 2020) la politización mercantil de la gestión de la vida de manera global. Bajo la lógica de la medicalización estadística y estatista en el manejo de las poblaciones desde la mirada gubernamental, se refuerzan las clasificaciones de individuos, de estados nacionales, de espacios geográficos, se busca tener la “condición humana”, el “capital humano” autorregulado. Abriendo las compuertas a procesos de racionalización (auto-explotación) y racialización, nuevas diferencias de “clase trabajadora” y “cuenta-propia”, el emprendedor-e despega procesos de discriminaciones signadas como “necesarias” en pro de la salud pública y mundial. El sentido bélico de la otrora “guerra fría”, ahora se re-actualiza en un multipolarismo creando archipiélagos geopolíticos, bajo el “esquema inmunológico” del siglo pasado. Se refuerza una nueva sociedad disciplinar, bajo el paradigma del rendimiento. El amo lo llevamos ahora dentro, somos nuestros propios jefes, somos “emprendedores” de nuestra vida, a secas. El Corona virus, como vuelta de tuerca del mundo enajenado global, articula el neoliberalismo auto-gestionado por el sujeto individuado, auto expoliado.
Resumo Este trabalho irá apresentar, na perspectiva da biopolítica (Foucault, M., 2004) com (Judith Butler, 2017) e (Byung Chul Han, 2020) a politização mercantil da gestão da vida de forma global. Sob a lógica da medicalização estatística e estatista na gestão das populações do ponto de vista governamental, reforçam-se as classificações dos indivíduos, dos estados nacionais, dos espaços geográficos, busca-se ter a "condição humana", o self "capital humano" -regulamentado. Abrindo as comportas para processos de racionalização (autoexploração) e racialização, novas diferenças de "classe trabalhadora" e "auto-conta", o e-empreendedor desencadeia processos de discriminação marcados como "necessários" em prol da saúde pública e global. O sentido guerreiro da outrora "guerra fria" é agora reabilitado em um multipolarismo criando arquipélagos geopolíticos, sob o "esquema imunológico" do século passado. Uma nova sociedade disciplinar é reforçada, sob o paradigma da performance. O mestre agora está dentro de nós, somos nossos próprios patrões, somos "empreendedores" de nossa vida, simplesmente. O vírus Corona, como a volta do parafuso do mundo alienado global, articula o neoliberalismo autogerido pelo sujeito individuado e auto-saqueado.
Abstract This article aims to approach the commercial politicization of life management globally from the perspective of biopolitics (Foucault, M. 2004) and (Judith Butler, 2017) [position/s], (Byung Chul Han, 2020). In the management of populations from a governmental perspective, the classifications of individuals, nation states and geographic spaces, are reinforced, under the logic of statistical and statist medicalization, searching for the “human condition” and the self-regulated “human capital”. Opening the gates to processes of rationalization and racialization - with class and even genetic differentiations -processes of discrimination marked as "necessary", are launched for the benefit of public and world health. The warlike sense of past "cold war" is now re-updated in a multi-polarization creating geopolitical archipelagos, under the "immunological scheme" of the past century. A new disciplinary society underpins under the paradigm of performance. We now carry the master inside us; we are our own bosses, "entrepreneurs" of our life, a dry life. The Coronavirus, as the twist of the global alienated world, articulates now a neoliberalism self-managed by the individuated subject.