Resumen: El artículo discute las contribuciones del pensamiento feminista negro a la crítica de la injusticia epistémica – aquí entendida como uno de los rostros de la injusticia social, globalmente considerada. Este trabajo analiza, en particular, los planteamientos de la filósofa brasileña Sueli Carneiro y de la socióloga estadounidense Patricia Hill Collins. Cada una en su contexto poscolonial, las dos autoras (a) teorizan sobre los mecanismos de opresión/sujeción de las mujeres negras y sus luchas por la emancipación; (b) formulan sus teorías críticas considerando las matrices teóricas y epistemológicas del saber hegemónico; (c) presentan algunos horizontes alternativos existentes, que emergen del pensamiento del feminismo negro. El artículo extrae conclusiones positivas en cuanto al vigor e importancia de la crítica social formulada por ambas autoras y argumenta en defensa de la pertinencia de enmarcar el debate en los términos de las reivindicaciones de justicia social. Resumen considerada analiza particular Collins poscolonial (a opresiónsujeción opresión sujeción emancipación b (b hegemónico c (c existentes

Abstract: The article discusses the contributions of black feminism thought to the critique of the epistemic injustice – here understood as one of the faces of social injustice, globally considered. This work analyzes, particularly, the approaches of the Brazilian philosopher Sueli Carneiro and the American sociologist Patricia Hill Collins. Each in its post-colonial context, the two authors (a) theorize about the mechanisms of oppression/subjection of black women and their struggles for emancipation; (b) formulate their critical theories considering the theoretical and epistemological matrices of hegemonic knowledge; (c) present some existing alternative horizons, which emerge from black feminism thought. The article draws positive conclusions as to the vigor and importance of social criticism formulated by both authors and argues in defense of the relevance of framing the debate under the terms of the claims for social justice. Abstract considered analyzes particularly Collins postcolonial post colonial context a (a oppressionsubjection oppression subjection emancipation b (b knowledge c (c horizons justice

Resumo: O artigo discute as contribuições do feminismo negro para a crítica da injustiça epistêmica – aqui entendida como uma das faces da injustiça social global. Particularmente, são analisadas as abordagens da filósofa brasileira Sueli Carneiro e da socióloga estadunidense Patricia Hill Collins. Cada qual em seu contexto pós-colonial, as duas autoras (a) teorizam a respeito dos mecanismos de opressão/sujeição das mulheres negras e suas lutas por emancipação; (b) formulam sua crítica tendo em vista as matrizes teóricas e epistemológicas do conhecimento hegemônico; (c) apresentam horizontes alternativos existentes, que emergem a partir do feminismo negro. O artigo conclui positivamente quanto ao vigor e a importância da crítica social formulada por ambas e argumenta quanto à relevância de enquadrar o debate sob os termos das reivindicações por justiça social. Resumo global Particularmente Collins póscolonial, póscolonial pós colonial, colonial pós-colonial (a opressãosujeição opressão sujeição emancipação b (b hegemônico c (c existentes

Abstract The article aims to analyze organizational elements of the Hire Who Struggles initiative, by the Homeless Workers Movement (MTST), as an experiment in technology and labour in the context of a digital solidarity economy. Based on interviews with workers of the project, the article analyzes: the labour organization and the perspective of the digital solidarity economy; the praxis of the social movement; and the organization of grassroots politics. The MTST is organized based on territorial organization, which precedes the construction of technologies, and based on praxis, articulated the construction of concepts such as popular digital sovereignty. The article argues that Hire Who Struggles has the advantage of the institutional fabric of the social movement to establish itself, which enables a strengthening of the struggle and organization. The workers are not only service providers, but also help to spread the word and the struggles of the homeless workers. initiative MTST, , (MTST) economy project analyzes politics technologies sovereignty itself providers (MTST

Resumo Este artigo tem o objetivo de analisar elementos de organização da iniciativa Contrate Quem Luta, do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), enquanto experiência de tecnologia e trabalho em contexto de economia digital solidária. A partir de entrevistas com trabalhadores do projeto, reflete-se sobre a organização do trabalho e a perspectiva da economia digital solidária; a práxis do movimento social; e a organização da política de base. O MTST se organiza a partir do território, que precede a construção de tecnologias, e da práxis, articulada à construção de conceitos como o de soberania digital popular. Diante disso, pode-se argumentar que o Contrate Quem Luta tem a vantagem do estofo institucional do movimento social para se estabelecer, o que possibilita um fortalecimento da luta e da organização. Os trabalhadores não são apenas prestadores de serviço, eles auxiliam, também, na circulação das palavras e das lutas dos sem-teto. SemTeto Sem Teto MTST, , (MTST) solidária projeto refletese reflete base território tecnologias popular disso podese pode estabelecer serviço auxiliam também semteto. semteto sem teto. teto sem-teto (MTST

Abstract: A central debate in contemporary Latin American social sciences revolves around the enduring presence of colonial patterns, practices, and forms of domination in research methodologies and the subjective framing of societal issues. However, decolonizing initiatives are emerging, concurrently, to challenge the ways coloniality has been entwined with the expansion of capital in the 21st century. This introductory article explores the key debates surrounding colonial persistence and decolonization within the social sciences. The dossier employs a methodology centered on documentary analysis and participatory social and political reflection, particularly through experimental approaches. The articles reviewed reveal that colonial persistence and decolonization are inherently dialectical, contradictory, and conflict-ridden, manifesting across diverse social, cultural, economic, and political domains. The uniqueness of this thematic issue lies in its ability to weave together a theoretical and conceptual discourse on symbolic and imaginary aspects within culture, spanning anthropological, legal, and educational dimensions. The analysis underscores that these issues are pluralistic and deeply intertwined with struggles over land and natural resources, enriching interdisciplinary understanding of the complex dialectical relationships between social, anthropological, economic, and political factors, alongside the aesthetics of cultural practices.

Resumo: Atualmente, um dos principais debates nas ciências sociais da América Latina refere-se ao fato de que ainda existem padrões, práticas e componentes da dominação colonial nas formas de fazer pesquisa e de pensar subjetivamente sobre problemas e sujeitos nas sociedades. Contudo, há também tentativas descolonizadoras que questionam as maneiras pelas quais a colonialidade tem sido articulada com a expansão do capital no século 21. Portanto, o objetivo deste artigo introdutório é abordar os debates centrais sobre a persistência colonial e a descolonização nas ciências sociais. Este dossiê é conduzido por meio do uso de uma metodologia centrada na análise documental e em reflexões sociais e políticas participativas na experimentação. A revisão dos artigos levou à conclusão de que a persistência colonial e a descolonização são dialéticas, contraditórias e conflitantes; elas se expressam nas várias esferas sociais, culturais, econômicas e políticas dos territórios. Portanto, a originalidade deste número temático está no fato de que ele consegue reunir uma discussão teórica e conceitual sobre questões simbólicas do imaginário na cultura, tanto antropológicas quanto jurídicas e educacionais. Fica claro que, nas lutas pela terra e pelos recursos naturais, esses problemas existem, são plurais e permitem o enriquecimento de um conhecimento interdisciplinar sobre as relações dialéticas sociais, antropológicas, econômicas e políticas com aspectos das artes do fazer estético nas culturas.

Resumen: En la actualidad, uno de los debates principales en las ciencias sociales que se desarrollan en América Latina es que todavía existen patrones, prácticas y componentes de dominación colonial en las formas de hacer investigaciones y pensar subjetivamente los problemas y sujetos en las sociedades. Pero, también, hay intentos descolonizadores que cuestionan las maneras en que la colonialidad se ha articulado con la expansión del capital en el siglo XXI. Por lo tanto, el objetivo de este artículo introductorio es realizar un acercamiento a los debates centrales de la persistencia colonial y la descolonización en las ciencias sociales. Este dosier se aborda mediante el uso de una metodología centrada en el análisis documental y reflexiones sociales y políticas participativas en la experimentación. La revisión de los artículos llevó a concluir que la persistencia colonial y la descolonización son dialécticas, contradictorias y conflictivas; se expresan en los diversos ámbitos sociales, culturales, económicos y políticos en los territorios. Por lo tanto, la originalidad de este número temático reside en que se logra conjuntar una discusión teórica y conceptual sobre problemáticas simbólicas de lo imaginario en la cultura, tanto antropológicas como jurídicas y educativas. Queda claro que en las luchas por la tierra y los recursos naturales estas problemáticas existen, son plurales y permiten enriquecer un conocimiento interdisciplinario sobre relaciones dialécticas sociales antropológicas, económicas y políticas con aspectos de artes del hacer estético en las culturas.

Abstract The article critiques our understanding of the struggle for rights, particularly addressing us, "legal critics." It draws on various forms of political organization within Brazil's popular movements and a reinterpretation of our theoretical tradition. We adopt the hypothesis that the ways we conceive the politics of social emancipation are tied to how we diagnose and interpret the role of rights struggles. Our contribution to this debate engages with recent movements, coalitions, and rights advocacy platforms that have emerged in the country post-2013, which emphasize the centrality of rights-based discourse in their names, action strategies, and political organization forms. We will illustrate how these recent experiences, organized in coalitions and platforms of subjects and practices, concretely and conceptually weave an organizational ecology of social struggle that challenges our traditional repertoires of critical analysis, raising new issues concerning the stakes involved when addressing the multiple crises of liberal democracy and the roles of rights language in social transformation. Subsequently, we will revisit, as a glimpse, part of the traditional critique of rights typically developed in the country, which has served as a theoretical bulwark to contest the potentialities of social struggles expressed in legal grammars, comparing it to the paths opened by the narrated experiences. Proposing to add another reflective matrix to the traditional agendas for the critique of rights in Brazil, we will explore a theoretical path opened by our recent research agendas, which tests the profitability of rights critique by considering it through political organization theory, as an ecology of praxis, and some of its analytical developments. The aim is to illustrate the profitability of a critique that is more political than prescriptive regarding these experiences, seeking to regenerate our materialist analysis repertoires in "ecological" terms, recognizing how the creative plurality of subjects and practices can be transformed into a strength rather than a weakness of social struggle forms. us critics. critics Brazils Brazil s tradition post2013, post2013 post 2013, 2013 post-2013 rightsbased based names strategies experiences transformation Subsequently revisit glimpse grammars theory praxis developments ecological "ecological terms post201 201 post-201 post20 20 post-20 post2 2 post-2 post-

Resumo O artigo é uma crítica sobre o quê pensamos sobre a luta por direitos, dirigindo-me, sobretudo, a nós, “críticos do Direito”, partindo de diferentes formas de organização política do campo popular brasileiro e de uma releitura da nossa tradição teórica. Adotamos a hipótese de que as maneiras de conceber a política de emancipação social está atrelada a como diagnosticamos e interpretamos o papel atribuído às lutas por direitos. Nossa contribuição a esse debate dialoga com recentes movimentos, coalizões e plataformas de luta, surgidas no país pós 2013, e que carregam em seus nomes, estratégias de ação e formas de organização política a centralidade da gramática dos direitos. Ilustraremos como essas experiências recentes, organizadas em coalizões e plataformas de sujeitos e de práticas, tramam, concreta e conceitualmente, uma ecologia organizativa de luta social que questiona nossos repertórios tradicionais de análise crítica, trazendo novos problemas sobre o que está em jogo quando abordamos as múltiplas crises da democracia liberal e os papéis da linguagem dos direitos para a transformação social. Em seguida, iremos resgatar, como vislumbre, parte da tradição da crítica dos direitos usualmente trabalhada no país, que tem servido de anteparo teórico para contestar as potencialidades das lutas sociais expressas em gramáticas jurídicas, para coteja-la frente aos caminhos abertos pelas experiências narradas. Propondo acrescentar às tradicionais agendas outra matriz reflexiva para a crítica dos direitos no Brasil, iremos explorar um caminho teórico aberto por nossas agendas de pesquisa recentes, que testa a rentabilidade da crítica dos direitos pensando-a por meio da teoria da organização política, como uma ecologia da práxis, e alguns de seus desdobramentos analíticos. O objetivo é ilustrar a rentabilidade de uma crítica mais política do que prescritiva sobre essas experiências, buscando regenerar nossos repertórios materialistas de análise, em termos “ecológicos”, reconhecendo como a pluralidade criativa de sujeitos e de práticas pode ser transformada em força e não em fraqueza das formas de luta social. dirigindome, dirigindome dirigindo me, me dirigindo-me sobretudo nós críticos Direito, Direito , Direito” teórica movimentos 2013 nomes tramam conceitualmente seguida resgatar vislumbre jurídicas cotejala coteja la narradas Brasil pensandoa pensando práxis analíticos ecológicos, ecológicos “ecológicos” 201 “ecológicos 20 2

Abstract This article provides a constructive critique of Ecological Law, which has been proposed as a framework to overcome Environmental Law’s subordination to economic growth and profit maximization in disregard for socioecological justice and biophysical planetary boundaries. The article critiques Ecological Law literature for its normativist positivist approach, which neglects to analyze law as a product of power relations and as a social form of capitalism, and for overestimating law’s potential to transform the political economy. Additionally, the article addresses the shortcomings of the degrowth discourse, one of the bedrocks of Ecological Law. Finally, drawing on Pressburger and Pazello’s conceptualization of Insurgent Law and literature on the praxis of movement lawyering in Brazil, the article proposes guidelines for an Insurgent Ecological Law. This approach combines Marxist critique of law with contributions to the strategic reflections of popular movements on their use of legal tactics as part of their struggles for a post-capitalist ecosocial transition. Laws s boundaries capitalism laws economy Additionally discourse Finally Pazellos Pazello Brazil postcapitalist post capitalist transition

Resumo Este artigo apresenta uma crítica construtiva ao Direito Ecológico, arcabouço que se propõe a superar a subordinação do direito ambiental ao crescimento econômico e à maximização do lucro, desconsiderando a justiça socioecológica e os limites biofísicos planetários. A literatura do Direito Ecológico é criticada por sua abordagem normativista positivista, que falha em analisar o direito como produto de relações de poder e como uma forma social do capitalismo, além de superestimar o potencial do direito de transformar a economia política. O artigo também examina criticamente as deficiências do discurso do decrescimento, um dos fundamentos do Direito Ecológico. Com base no conceito de Direito Insurgente elaborado por Pressburger e Pazello e na literatura sobre a práxis da assessoria jurídica popular no Brasil, o artigo propõe diretrizes para um Direito Ecológico Insurgente. Esta abordagem combina a crítica marxista do direito com contribuições às reflexões estratégicas dos movimentos populares sobre o uso de táticas jurídicas em suas lutas por uma transição ecossocial pós-capitalista. lucro planetários positivista capitalismo política decrescimento Brasil póscapitalista. póscapitalista pós capitalista. capitalista pós-capitalista

RESUMO O objetivo deste artigo é contribuir para o debate sobre raça e etnia em meio às organizações de extrema-direita na internet, usando Portugal como estudo de caso. A questão principal é analisar como a extrema-direita em Portugal, apesar de seu pequeno número de grupos, abrange um enorme campo de estruturas mundiais. Existem, basicamente, dois eixos ideológicos principais altamente opostos entre si. Um eixo afirma que Portugal pertence a um universo etno-europeu branco que visa um Portugal amalgamado a um continente europeu no qual os brancos deveriam ser a maioria incontestável, se não toda a população. Seus seguidores são influenciados por escolas de pensamento da Europa e dos Estados Unidos. O outro eixo afirma que o povo português é especialmente propenso à miscigenação com europeus não brancos. Este eixo visa um Portugal amalgamado com seu antigo império nos trópicos e baseia seu ideal em pensamentos surgidos no Brasil. Concluo que ambas as linhas ideológicas dividem a direita grupuscular portuguesa e dão um tom muito particular à metapolítica. extremadireita extrema internet caso grupos mundiais Existem basicamente si etnoeuropeu etno incontestável população Unidos Brasil metapolítica

ABSTRACT The aim of this article is to contribute to the debate on race and ethnicity amidst Far-right internet organizations by using Portugal as a case study. The main issue is to analyze how the Far-right in Portugal, despite its small number of groupings, encompasses a huge overarching field of worldframes. There are, basically, two main ideological axes highly opposed to each other. One axis states that Portugal belongs to a white ethnoeuropean universe. It aims at a Portugal amalgamated to a European continent in which whites should be an undeniable majority, if not all its population. Its followers are influenced by schools of thought from Europe and the USA. The other axis states that the Portuguese people are especially prone to miscegenation with non-white Europeans. It aims at a Portugal amalgamated with its former Empire in the tropics and bases its ideal on thoughts emerged in Brazil. I conclude that both ideological lines cleave the Portuguese groupuscular right and give a very particular tone to Metapolitics. Farright Far study groupings worldframes basically universe majority population USA nonwhite non Europeans Brazil Metapolitics

Abstract: The struggle for a dignified life is an extensive path that includes different dimensions of living, inhabiting and building, of disputing space and property. Frequently, it begins with the search for access to housing, but it is fed by struggles for access to health, education, work. In response to these demands, in the last decade, in Ecuador, the production of social interest housing has increased while the sense of struggle of the population has been limited. Through an ethnographic approach to the beneficiaries of the “Casa para Todos” project in the Ecuadorian Amazon, and a detailed analysis of the form of government and housing policies, the question is answered, in what ways has the Ecuadorian State generated oppression, and subordination to, through the production of social interest housing and its parallel public policies? The results show that the way of acting of the State and its strategy, consciously or unconsciously to create a subordination of the poor, is successful. The action of the State through agreements with the beneficiaries is aimed at generating powerless people, who remain in a constant state of uncertainty and arbitrariness.

Resumen: La lucha por la vida digna es un extenso camino que incluye distintas dimensiones de vivir, de habitar, de construir y de disputar el espacio y la propiedad. Frecuentemente inicia con la búsqueda del acceso a la vivienda, pero se alimenta de luchas por acceso a la salud, la educación, el trabajo. En atención a esas demandas, en la última década, en el Ecuador se ha incrementado la producción de vivienda de interés social, a la vez que se ha limitado el sentido de lucha de la población. Mediante un acercamiento etnográfico a los beneficiarios del proyecto Casa para Todos en la Amazonía ecuatoriana y un análisis detallado de la forma de gobierno y las políticas de vivienda se responde a la pregunta: ¿de qué manera el Estado ecuatoriano ha generado opresión y subordinación a través de la producción de vivienda de interés social y sus políticas públicas paralelas? Los resultados muestran que la forma de actuar del Estado y su estrategia, consciente o inconsciente, de crear una subordinación de los pobres, es exitosa. El accionar del Estado mediante acuerdos con los beneficiarios se orienta a generar personas impotentes, que permanezcan en un constante estado de incertidumbre y arbitrariedad.

ABSTRACT This article focuses on the intersection between the field of study of collective memories with the field of social movements and political action that takes place in the context of various current activisms and social conflicts. In order to account for how the relationship between memory, social movements and activism is approached, a review of academic articles, books and book chapters published in recent years is presented, from which the main problems that this intersection of studies has addressed. At the same time, we propose the expression of political memories as a way of advancing in a conceptualization capable of picking up the particular character that memory work acquires in the framework of political actions carried out by social movements and activisms of various kinds. In this sense, we highlight the idea that these memories have the potential to become resources not only for the action of social movements and activism in general, but also as a way of historicizing these movements and registering them in broader time frames that allow the articulation of their struggles between past, present and future.

RESUMEN El presente artículo se enfoca en el cruce entre el campo de estudio de las memorias colectivas con el campo de los movimientos sociales y acción política que se desarrolla en el contexto de diversos activismos y conflictos sociales actuales Con el objetivo de dar cuenta de cómo se aborda la relación entre memoria, movimientos sociales y activismos, se presenta una revisión de artículos académicos, libros y capítulos de libros publicados en los últimos años, a partir de los cuales se distinguen y describen las principales problemáticas que esta intersección de estudios ha abordado. A la vez proponemos la expresión de memorias políticas como una forma de avanzar en una conceptualización capaz de recoger el carácter particular que adquiere el trabajo de memoria en el marco de acciones políticas llevadas adelante por movimientos sociales y activismos de diverso tipo. En este sentido, destacamos la idea de que estas memorias tienen la potencialidad de constituirse en recursos no solamente para la acción de los movimientos sociales y el activismo en general sino también en una forma de historizar estos movimientos e inscribirlos en marcos temporales más amplio que permiten la articulación de sus luchas entre pasado, presente y futuro.

RESUMEN La clase alguna vez fue importante en la educación de adultos, y todavía lo es en un mundo neoliberal. Pero puede ser difícil definirlo en la fragmentación de la clase trabajadora organizada y la precarización/manualización de muchas ocupaciones de la clase media. Históricamente, en las sociedades industriales se podía considerar que la clase estaba determinada por las relaciones productivas, mientras que la conciencia de clase era un fenómeno cultural, forjado en parte por los propios trabajadores en luchas educativas y políticas. Pero esas sociedades industriales más antiguas se han fragmentado y una cultura más individualizada y políticas de diversidad han pasado a ocupar un lugar central. La clase como fenómeno vivo puede descuidarse y se pone en primer plano el género, la raza y la sexualidad. No obstante, la clase sigue moldeando las experiencias entre las personas y las percepciones sobre la educación, los niveles de salud física, mental y la esperanza de vida. Y el descuido de la dinámica de clases y la desigualdad social ha sido cuestionado en formas de investigación autobiográfica y autobiográfica de la clase trabajadora. Esto se inspira en el movimiento de mujeres, el giro biográfico/narrativo y los desafíos al abandono del sujeto humano experimentado en los estudios sociales y culturales. La investigación y los escritos abarcan especialmente a mujeres de clase trabajadora en diversos entornos y diálogos intergeneracionales. La clase se cruza aquí con otras opresiones. El trabajo ilumina cómo la educación de adultos requiere una reconceptualización holística como un proceso relacional, encarnado, emocional, narrativo, psicosocial, intelectual e incluso espiritual, en el que la dinámica del reconocimiento de uno mismo/otro, el amor y la noción feminista entregarse a otro son centrales.

RESUMO A classe foi importante para a educação de adultos no passado, mas ainda é relevante no mundo neoliberal. Todavia, pode ser difícil defini-la no contexto fragmentado da organização da classe social e do caráter causal e manual de muitas ocupações da classe média. Historicamente, nas sociedades industriais, a classe era moldada pelas relações de produção, enquanto que a consciência de classe se constituía num fenómeno cultural, definido também pelos próprios trabalhadores nas lutas educativas e políticas. Mas as sociedades industriais do presente possuem uma cultura fragmentada e individualizada, assim como políticas diversificadas que assumem hoje uma dimensão central. A classe como um fenómeno social pode hoje ser negligenciada se se atribuir centralidade ao género, à raça ou à sexualidade. Apesar desta circunstância, a classe continuar a moldar as experiências entre as pessoas, as perceções acerca da educação, o nível de saúde física e mental e a esperança de vida. A negação das dinâmicas de classe e da desigualdade social foi desafiada pela investigação autobiográfica da classe trabalhadora. Esta investigação inspirou-se no movimento feminista, nos estudos biográficos e narrativos e nos desafios causados pela negação que os estudos social e culturais têm atribuído à experiência humana. A investigação e os trabalhos académicos destacam as mulheres da classe trabalhadora em contextos diversos e os diálogos intergeracionais. A classe cruza aqui com outras formas de opressão. O trabalho enfatiza como a educação de adultos exige uma reconceptualização holística, enquanto processo relacional, corporizado, emocional, narrativa, psicossocial, intelectual e até espiritual, na qual as dinâmicas de reconhecimento de si e do outro, do amor e da noção feminista de dar-se ao outro são centrais.

ABSTRACT Class once mattered in adult education, and still does in a neo-liberal world. But it can be difficult to define in the fragmentation of the organised working-class and the casualisation/manualisation of many middle-class occupations. Historically, in industrial societies class could be seen as shaped by productive relations, while class consciousness was a cultural phenomenon, partly forged by workers themselves in educational and political struggles. But those older industrial societies have fragmented and a more individualised culture and diversity politics have taken centre stage. Class as a living phenomenon can be neglected as gender, race and sexuality are foregrounded. Notwithstanding, class continues to shape experiences between people, and perceptions of education, levels of physical, mental health and life expectancy. And the neglect of class dynamics and social inequality has been challenged in forms of working-class auto/biographical research. This is inspired by the women’s movement, the biographical/narrative turn and challenges to the neglect of the experiencing human subject in social and cultural studies. The research and writing especially encompass working-class women in diverse settings, and intergenerational dialogues. Class intersects here with other oppressions. The work illuminates how adult education requires holistic reconceptualisation as a relational, embodied, emotional, narrative, psychosocial, intellectual and even spiritual process, in which the dynamics of self/other recognition, love and the feminist notion of the gift are central.

Resumen: Las asociaciones docentes han sido un agente clave en los procesos de reforma escolar. Esta investigación se ha enfocado en comprender su papel en los procesos de negociación macrosocial con el Estado, aun cuando las reivindicaciones docentes ocurren también en el espacio escolar y en el terreno de las relaciones micropolíticas. Desde un estudio cualitativo con características narrativas de 30 entrevistas a docentes chilenas(os), se buscó describir y comprender el papel de las organizaciones y el profesorado organizado en el contexto escolar. Los resultados muestran que este profesorado ocupa un lugar de reconocimiento en la trama micropolítica escolar, que se erige para negociar el poder con los cuerpos directivos y defender a los pares de las regulaciones del Estado. Se discuten las implicancias de la asociación docente en otro nivel de las luchas del profesorado.

Abstract: Teachers’ associations have been a key agent in school reform processes. This research has focused on understanding their role in macro-social negotiation processes with the State, even though teachers’ demands also occur within the school sphere and in the field of micro-political relations. Based on a qualitative study with narrative characteristics of 30 interviews with Chilean teachers, we aimed to describe and understand the role of organizations and organized teachers within the school context. The results show that organized teachers are recognized within the school micro-political framework, and that they are involved in negotiating power with the governing bodies and defending their peers from State regulations. The implications of teachers' associationism at another level of teachers' political struggles are discussed.

Abstract Creating a new awareness of the environmental crisis has been on the agendas, either directly or indirectly, of many social actors and media products. These include films and videos focusing on environmental issues, given the current important role of audiovisual culture. Against this backdrop, this paper focuses on the Latin American documentaries Hija de la Laguna (Daughter of the Lake; 2015) and A Mãe de Todas as Lutas (The Mother of all Fights; 2021), with the aim of discussing their possible contributions to a broader perception of climate action. Based on a film analysis centred on the protagonists, the aesthetic and stylistic choices of each work, we look into how the narratives of the two documentaries intertwine information and subjective knowledge, the individual and the collective, the local and the global, personal memory and public archives, among other argumentative markers. These categorisations are compared to the decolonial perspective, which is taken up in the text in a broad way, that is in the dialogue with authors who embody the struggles of indigenous and/or marginalised people into decolonial theory. Among the results found, we highlight that the documentaries establish counternarratives that allow us to identify the emergence of female protagonism in the struggles for land and water ownership, the critical stance towards extractivism (and neo-extractivism) and lingering ethnic-racial prejudice. Also worth noting in both films, the documentary language values the subject, without failing to link them with the social context.

Resumo A constituição de uma nova sensibilidade em relação à crise ambiental tem sido pauta, direta ou indiretamente, de diversos atores sociais e produtos midiáticos. Destes, destacam-se os filmes e vídeos que focam a temática ambiental, em função do papel relevante que a cultura audiovisual representa hoje. Com essas premissas, este artigo foca os documentários latino-americanos Hija de la Laguna (2015) e A Mãe de Todas as Lutas (2021), com o propósito de discutir suas possíveis contribuições para uma percepção ampliada das causas climáticas. A partir da análise fílmica centrada nas protagonistas e nas escolhas estéticas e estilísticas de cada obra, este texto investiga como as narrativas dos dois documentários entrelaçam informação e conhecimento subjetivo; indivíduo e coletivo; local e global; memória pessoal e arquivos públicos; entre outros marcadores argumentativos. Essas categorizações são cotejadas ao posicionamento decolonial, assumido no texto de forma ampla, isto é, em diálogo com autores que incorporam as lutas das populações indígenas e/ou marginalizadas à teoria decolonial. Dentre os resultados encontrados, ressaltamos que os documentários estabelecem contranarrativas que permitem identificar a emersão do protagonismo feminino nas lutas pela posse da terra e da água, o posicionamento crítico em relação ao extrativismo (e neoextrativismo) e a permanência dos preconceitos étnico-raciais. Ressalta-se, ainda, nos dois filmes, a constituição de uma linguagem documentária que valoriza o sujeito, sem deixar de articulá-lo ao contexto social.

Resumo Este documento é o resultado do projeto de pesquisa "Avanços no Desenvolvimento Territorial com uma Abordagem Etnoeducacional Diferenciada" uma contribuição de inclusão. Introdução: Este artigo aborda problemas sociais, econômicos, ambientais, tecnológicos e educacionais, sintetizando aspectos relevantes, desafios, para garantir a partir de sua abordagem e identidade cultural a qualidade de vida dos etnoterritórios. Métodos: Utiliza técnicas de pesquisa qualitativa escrita, falada e discursiva, suas representações de tradições que estabelecem comportamentos e significados. Também são realizadas técnicas quantitativas, permitindo conhecer a opinião das pessoas sobre suas preocupações, crenças, valores, hábitos e prioridades; usando amostragem probabilística da fonte ideal, evitando viés na pesquisa. Foram realizadas entrevistas, levantamentos, observação e revisão documental. Resultados: Apresenta-se um processo cronológico legal; baseado em lutas ou reivindicações sociais; conseguindo alcançar a autonomia territorial e a recuperação de jurisdições próprias, autóctones, ambientais e produtivas, demonstrando oportunidades de desenvolvimento territorial na etnoeducação Conclusões: Mostra como o planejamento e a etnoeducação têm uma definição institucional, mas devem ser pensados territórios, pela preservação do meio ambiente e das tradições que são o eixo da convivência. Originalidade: a etnoeducação e sua contribuição para o desenvolvimento de áreas etnoterritoriais não foi discutida anteriormente, tornando este artigo um material autêntico, repensando a importância da preservação etnoterritorial. Limitações da pesquisa: Investigar sobre etnoeducação e populações étnicas costuma ser complexo devido à falta de dados e temáticas disponíveis, com trabalho de campo próprio e entidades credenciadas os objetivos foram alcançados.

Abstract This document is the result of the research project entitled "Advances in territorial development with an ethno-educational differential approach". Specifically, this article addresses various social, economic, environmental, technological and educational issues with the aim of ensuring, from its approach and cultural identity, the improvement in the quality of life of ethno-territories. For this purpose, qualitative and quantitative inquiry techniques were used with the purpose of finding out, through observations and documentary review, the representations of traditions that establish behaviors and meanings. In addition, a probabilistic sampling of suitable sources was used to avoid biases in the research. Specifically, a chronological analysis of the legal framework is presented, based on struggles or social demands, which has allowed the achievement of territorial autonomy and the recovery of their own and indigenous rights, as well as the environment and production. The results show how ethno-education offers opportunities for territorial development. In conclusion, the importance of planning and ethno-education being developed from the territories themselves with the purpose of preserving the environment and traditions, fundamental elements for coexistence, is highlighted. In summary, this article provides a new perspective as the contribution of ethno-education to the development of ethno-territorial areas has not been previously discussed, which makes it an authentic material that invites to reconsider the importance of preserving ethnic territories. In terms of limitations, it is worth mentioning that research on ethno-education and ethnic populations is often complex due to the scarcity of available data and topics. However, through our own fieldwork and the collaboration of authorized entities, we were able to achieve the proposed goals.

Resumen El presente documento es resultado del proyecto de investigación titulado “Avances en el desarrollo territorial con enfoque diferencial etnoeducativo”. En concreto, este artículo aborda diversas problemáticas sociales, económicas, ambientales, tecnológicas y educativas con el objetivo de garantizar, desde su enfoque e identidad cultural, la mejora en la calidad de vida de los etnoterritorios. Para ello, se manejaron técnicas de indagación cualitativas y cuantitativas con el propósito de saber mediante observaciones y revisión documental las representaciones de tradiciones que establecen comportamientos y significados. Además, se utilizó un muestreo probabilístico de fuentes idóneas para evitar sesgos en la investigación. En concreto, se presenta un análisis cronológico del marco legal, basado en luchas o demandas sociales, que ha permitido alcanzar la autonomía territorial y la recuperación de fueros propios y autóctonos, así como del ambiente y lo productivo. Los resultados evidencian cómo la etnoeducación ofrece oportunidades para el desarrollo territorial. En conclusión, se resalta la importancia de que la planificación y la etnoeducación se desarrollen desde los propios territorios con el propósito de preservar el medio ambiente y las tradiciones, elementos fundamentales para la convivencia. En síntesis, este artículo aporta una nueva perspectiva al no haberse discutido previamente la contribución de la etnoeducación al desarrollo de las zonas étnico-territoriales, lo cual lo convierte en un material auténtico que invita a reconsiderar la importancia de preservar los territorios étnicos. En cuanto a las limitaciones, cabe mencionar que investigar sobre etnoeducación y poblaciones étnicas suele ser complejo debido a la escasez de datos y temas disponibles. Sin embargo, mediante trabajo de campo propio y la colaboración de entidades autorizadas, se lograron alcanzar las metas propuestas.

ABSTRACT Despite the significant interest aroused by the movement of settlers in Latin America, the self-management discourses deployed in their struggles for housing constitute a little-explored aspect in literature, even when this dimension is key to understanding their repertoires of action. This paper analyzes how the protagonists of these popular movements in Chile and Venezuela signify habitat self-management. Based on the analysis of thirty-one interviews, the discourses and meanings related to self-management are delved into, revealing four constitutive categories: integrality of the habitat, demand for autonomy, claim to influence the State and the desire to transform society. These findings make it possible to highlight the particularities of the production modality adopted by these movements and contribute to a broader discussion on the different modalities of popular habitat production that currently take place in the region.

RESUMEN A pesar del importante interés suscitado por el movimiento de pobladores y pobladoras en América Latina, los discursos autogestionarios desplegados en sus luchas por la vivienda constituyen un aspecto poco explorado por la literatura, aun cuando esta dimensión es clave para la comprensión de sus repertorios de acción. El presente trabajo aborda la forma en que los y las protagonistas de estos movimientos populares en Chile y Venezuela significan la autogestión del hábitat. A partir del análisis de una treintena de entrevistas, se profundiza en los discursos y significados relativos a la autogestión, develándose cuatro categorías constitutivas: integralidad del hábitat, demanda de autonomía, pretensión de incidencia en el Estado y afán de transformación de la sociedad. Tales hallazgos permiten evidenciar las particularidades de la modalidad de producción adoptada por estos movimientos, y contribuir a una discusión más amplia sobre las distintas modalidades de producción del hábitat popular que acontecen actualmente en la región.

ABSTRACT This article is dedicated to the analysis of social practices based on the discourses present in the texts that culminated in interactive public hearings in the Federal Senate on Suggestion No. 15/2014, which “provides for the decriminalization of abortion until the 12th week of pregnancy by the Unified Health System – SUS”. The corpus of this analysis is composed of the textual trajectory that led to public hearings, a process of text chaining. The analysis of social practices based on the discourses present in the texts that culminated in public hearings contributes to the understanding of legislative practices and hegemonic struggles. The study is based primarily on the assumptions of Critical Discourse Analysis and the New Literacy Studies supported by contributions from racial relations studies, especially from black feminisms. The results reveal the protagonism of language and the potential of texts to act as social agents in contexts of curtailing women’s rights to citizenship, as well as the reproductive and transformational focus of these texts on the hybridizations of current social practices. No 152014 15 2014 15/2014 provides th SUS. SUS . SUS” chaining struggles studies feminisms womens women s citizenship 15201 1 201 15/201 1520 20 15/20 152 2 15/2 15/

RESUMO Este artigo é dedicado à análise das práticas sociais com base nos discursos presentes nos textos que culminaram nas audiências públicas interativas no Senado Federal sobre a Sugestão nº 15, de 2014, que “prevê a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação pelo Sistema Único de Saúde – SUS”. O corpus desta análise compõe-se da trajetória textual que levou à realização de audiências públicas, um processo de encadeamento de textos. A análise das práticas sociais com base nos discursos presentes nos textos que culminaram nas audiências públicas contribui para a compreensão geral das práticas legislativas e de lutas hegemônicas. O estudo baseia-se principalmente nos pressupostos da Análise de Discurso Crítica (ADC) e nos Novos Estudos de Letramento articulados com os aportes dos estudos das relações raciais, sobretudo dos feminismos negros. Os resultados revelam o protagonismo da linguagem e o potencial de textos agirem como agentes sociais em contextos de cerceamento de direitos à cidadania das mulheres, além do foco reprodutivo e transformacional desses textos nas hibridações das práticas sociais atuais. 15 2014 prevê ª SUS. SUS . SUS” compõese compõe se hegemônicas baseiase baseia ADC (ADC raciais negros mulheres atuais 1 201 20 2

Abstract Actions to combat COVID-19 exposed the ills of a historically unequal society, visible in precarious basic sanitation, loss of employment/income and increased poverty. With the main sources of data being the Comisión Económica para América Latina y el Caribe, the World Health Organization and the Brazilian Institute of Geography and Statistics, this article analyzes the impacts of the pandemic on social inequalities in Latin America, focusing on Brazil, preceded by a sociological debate on poverty, exclusion and inequality. The data indicates that the pandemic has intensified social inequalities, with the more privileged classes strengthening their positions and the poorest classes being drastically affected in different aspects depending on class, ethnic-racial, gender, age, conditions health, making them even more vulnerable to the risk of illness and death. Finally, there is an appeal for the construction of a less unfair and more supportive society, grounded on collective struggles, with a democratic and egalitarian society on the horizon.

Resumo As ações de combate à COVID-19 expuseram as mazelas de uma sociedade historicamente desigual, visíveis no precário saneamento básico, na perda de emprego/renda e no aumento da pobreza. Tendo como fontes principais dos dados a Comisión Económica para América Latina y el Caribe, a Organização Mundial de Saúde e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, este artigo analisa os impactos da pandemia nas desigualdades sociais na América Latina, com foco no Brasil, precedido por um debate sociológico sobre pobreza, exclusão e desigualdade. Os dados indicam que a pandemia intensificou as desigualdades sociais, com as classes mais favorecidas a reforçarem as suas posições e as classes mais pobres a serem drasticamente afetadas em diferentes aspetos, em função da pertença de classe, étnico-racial, de género, idade, condições de saúde, tornando-as ainda mais vulneráveis ao risco de doença e morte. Por fim, apela-se à construção de uma sociedade menos injusta e mais solidária, alicerçada em lutas coletivas, tendo no horizonte uma sociedade democrática e igualitária.