Emergency Medical Services (EMS) have developed from a war context into a complex scenario of rapid urbanization and great interconnectivity, which includes cross-border areas. Specificities of these areas are underrepresented in studies about EMS. The aim of this work is to provide a better comprehension of emergency care in cross-border settings. A qualitative scoping review was performed in three major databases of interest, where 29 works matched the inclusion strategy and underwent thematic analysis. Results show a consistent growing interest in this topic, even though the term ‘cross-border’ remains as a multidisciplinary approach with lack of clarity in its definition. These studies are more frequent in the European Union due to the ‘borderless’ discourse and practices, and in other specific cases, such as the US-Mexico border, building a dominant perspective from the Global North. Frequent challenges that cross-border EMS face are linguistic and sociocultural barriers, high complexity in the legal and institutional framework, financial issues, lack of standardization in recognition of professional skills, lack of interoperability of cross-border data, problems in emergency communication and missing consensus in concepts and practices. Despite all these difficulties, multiple advantages are perceived and documented, as better patient and social outcomes, increased efficiency on the utilization and management of resources, reduction on delayed responses and undertreatment, better quality of the provided services, higher patient satisfaction, creation of synergies of shared responsibilities in border areas which are usually perceived as peripheral and improvement in public health preparedness and emergency responses.
Los Servicios Médicos de Emergencia (SME) evolucionaron a partir de un contexto de guerra a un escenario complejo de rápida urbanización y gran interconectividad, incluyendo áreas transfronterizas. Las especificidades de estas áreas están sub-representadas en los estudios sobre SME. El objetivo de este trabajo es proporcionar una mejor comprensión de los servicios de emergencia en ambientes transfronterizos. Fue realizada una revisión cualitativa de escopo en tres bases de datos de interés, en la que 29 trabajos se encajaron en la estrategia de inclusión y fueron sometidos a análisis temático. Los resultados muestran un interés creciente y consistente en este tópico, pese a que el término “transfronterizo” continúa siendo un abordaje multidisciplinario sin una definición clara. Estos estudios son más frecuentes en la Unión Europea debido al discurso y a las prácticas ‘sin fronteras’, y en otros casos específicos, como la frontera EUA-México, construyendo una perspectiva dominante a partir del Norte Global. Los desafíos frecuentes que los SME transfronterizos enfrentan son las barreras lingüísticas y socioculturales, la elevada complejidad del marco jurídico e institucional, cuestiones financieras, falta de normalización en el reconocimiento de habilidades profesionales, falta de interoperabilidad de datos transfronterizos, problemas en la comunicación de emergencia y falta de consenso en los conceptos y prácticas. A pesar de todas estas dificultades, múltiples ventajas han sido percibidas y documentadas, como mejores resultados para los pacientes y la sociedad, aumento de la eficiencia en el uso y gestión de recursos, reducción de atrasos en las respuestas y del subtratamiento, mejor calidad de los servicios prestados, mayor satisfacción de los pacientes, creación de sinergias de responsabilidades compartidas en zonas fronterizas que son generalmente vistas como periféricas y mejoría en las acciones de salud pública, así como en las respuestas a emergencias.
Os Serviços Médicos de Emergência (SME) evoluíram de um contexto de guerra para um cenário complexo de rápida urbanização e grande interconectividade, que inclui áreas transfronteiriças. As especificidades destas áreas são sub-representadas nos estudos sobre SME. O objetivo deste trabalho é proporcionar uma melhor compreensão dos cuidados de emergência em ambientes transfronteiriços. Foi realizada uma revisão qualitativa de escopo em três grandes bases de dados de interesse, onde 29 trabalhos corresponderam à estratégia de inclusão e foram submetidos à análise temática. Os resultados mostram um interesse crescente e consistente neste tópico, embora o termo “transfronteiriço” continue a ser uma abordagem multidisciplinar com falta de clareza na sua definição. Estes estudos são mais frequentes na União Europeia devido ao discurso e às práticas ‘sem fronteiras’, e noutros casos específicos, como a fronteira EUA-México, construindo uma perspectiva dominante a partir do Norte Global. Os desafios frequentes que os SME transfronteiriços enfrentam são as barreiras linguísticas e socioculturais, a elevada complexidade do quadro jurídico e institucional, as questões financeiras, a falta de normalização no reconhecimento das competências profissionais e a interoperabilidade dos dados transfronteiriços, os problemas na comunicação de emergência e a falta de consenso nos conceitos e práticas. Apesar de todas estas dificuldades, múltiplas vantagens são percebidas e documentadas, como melhores resultados para os pacientes e a sociedade, aumento da eficiência na utilização e gestão de recursos, redução de atrasos nas respostas e do subtratamento, melhor qualidade dos serviços prestados, maior satisfação dos pacientes, criação de sinergias de responsabilidades partilhadas em zonas fronteiriças que são geralmente vistas como periféricas e melhoria na nas ações de saúde pública e nas respostas de emergência.