Resumen La colección de cuentos Las voladoras, publicada en 2020 por la escritora ecuatoriana Mónica Ojeda, consta de ocho relatos que están moldeados por una imaginativa mezcla de lo extraño, la violencia y lo femenino. Dentro de este contexto narrativo, el objetivo es abordar la construcción de los cuerpos de las mujeres como estructuras heterogéneas en relación con la violencia que deben enfrentar, configurando así subjetividades posthumanas. Proponemos que en estas historias existen relaciones entre humanos y no humanos que podrían estar asociadas con lo que Donna Haraway denomina "parentesco queer". Estas relaciones revelan formas de articular las identidades de las mujeres con una dimensión explícitamente colectiva y posthumana, donde el concepto de "convertirse-con" de Haraway se vuelve primordial: "Ser uno siempre es convertirse-con muchos". La razón por la que estas historias adoptan esta postura es porque las relaciones estrictamente humanas, especialmente las de los hombres hacia las mujeres, son altamente hostiles, marcadas por un exceso de poder y, por lo tanto, violencia. Esto motiva la necesidad de que las mujeres generen conexiones complejas, intergeneracionales y vitales entre ellas y con otras entidades vivas, donde dicho excepcionalismo humano pueda ser anulado, cuestionado y/o transformado.
Abstract The short story collection Las voladoras, published in 2020 by Ecuadorian writer Mónica Ojeda, consists of eight stories that are shaped by an imaginative blend of the uncanny, violence, and the feminine. Within this narrative context, the aim is to address the assembly of women's bodies as heterogeneous constructs in relation to the violence they must confront, thus configuring posthuman subjectivities. We propose that in these stories, there are relationships between humans and non-humans that could be associated with what Donna Haraway terms "queer kinship." These relationships reveal ways of articulating women's identities with an explicitly collective and posthuman dimension, where Haraway's concept of "becoming-with" becomes paramount: "To be one is always to become with many". The reason these stories adopt this stance is because strictly human relationships, particularly those of men toward women, are highly hostile, marked by an excess of power and, therefore, violence. This motivates the need for women to generate complex, intergenerational, and vital connections among themselves and with other living entities, where such human exceptionalism can be nullified, contested, and/or transformed.
Resumo A coleção de contos Las voladoras, publicada em 2020 pela escritora equatoriana Mónica Ojeda, é composta por oito histórias moldadas por uma mistura imaginativa do estranho, da violência e do feminino. Dentro desse contexto narrativo, o objetivo é abordar a montagem dos corpos das mulheres como construções heterogêneas em relação à violência que devem enfrentar, configurando assim subjetividades pós-humanas. Propomos que, nessas histórias, existam relações entre humanos e não humanos que podem estar associadas ao que Donna Haraway chama de "parentesco queer". Essas relações revelam maneiras de articular as identidades das mulheres com uma dimensão explicitamente coletiva e pós-humana, onde o conceito de "tornar-se-com" de Haraway se torna fundamental: "Ser um é sempre tornar-se-com muitos". A razão pela qual essas histórias adotam essa postura é porque as relações estritamente humanas, particularmente aquelas dos homens em relação às mulheres, são altamente hostis, marcadas por um excesso de poder e, portanto, de violência. Isso motiva a necessidade de as mulheres gerarem conexões complexas, intergeracionais e vitais entre si e com outras entidades vivas, onde o excepcionalismo humano pode ser anulado, contestado e/ou transformado.