Abstract Overview and Aims: Delayed motherhood is a reality today, especially for women with higher levels of education. Elective oocyte cryopreservation reduces the risk of future infertility. Despite increasing discussions in the media and social networks, most women are not adequately informed about the fertility decline associated with age and the associated risk factors. The aim of our study was to access the knowledge and attitudes regarding motherhood, fertility, and elective oocyte cryopreservation among young female university students in Portugal. Study Design: Observational and descriptive study. Population: Female college students. Methods: Data were collected through an online Google Forms® survey during August and September 2023. Results: A total of 266 female students were included in the study, with an average age of 22.46 years (±4.2). When asked about their willingness to have children in the future, 65% (n=173) of participants responded “yes”, 24.8% (n=66) “maybe”, and 10.2% (n=27) “no”. The main reasons cited for “no” and “maybe” responses were career prioritization (68.8%), fear of childbirth (45.2%), fear of motherhood (43%) or socioeconomic issues (40%). Approximately 53.6% (n=121) of participants wished to have children after the age of 30 years. Concerns about future fertility were present in 69.2% (n=184) of participants, and 72.9% (n=194) were familiar with the concept of ovarian reserve, while 82.7% (n=220) were aware of fertility preservation methods. When asked about the possibility of opting for elective oocyte cryopreservation, only 14.3% (n=38) ruled out this possibility. Most young women (87,2%, n=232) wished to be more informed about the topic, and 87.6% (n=233) would like to discuss the issue with their gynaecologist. Conclusions: The majority of students considered motherhood, however their professional career was highlighted as the main priority for the next 10 years. Knowledge about the ovarian reserve decline and the effectiveness of oocyte cryopreservation was not satisfactory.
Resumo Introdução e Objetivos: A maternidade tardia é hoje uma realidade, principalmente para mulheres com níveis de escolaridade superiores. A criopreservação eletiva de ovócitos permite diminuir o risco de infertilidade futura. A maioria das mulheres não está adequadamente informada sobre o declínio da fertilidade associado à idade nem sobre os fatores de risco associados. O objetivo do estudo foi avaliar o conhecimento e atitudes em relação à maternidade, fertilidade e à criopreservação eletiva de ovócitos das jovens universitárias em Portugal. Tipo de estudo: Estudo observacional e descritivo. População: Estudantes universitárias do sexo feminino. Metodologia: Dados recolhidos através de inquérito online Google Forms® realizado durante os meses de agosto e setembro de 2023. Resultados: Foram incluídas no estudo 266 estudantes do sexo feminino, com uma média de idade de 22,46 anos (± 4,2). Quando inquiridas quanto à vontade de terem filhos no futuro, 65% (n=173) das participantes respondeu “sim”, 24,8% (n=66) “talvez” e 10,2% (n=27) “não”. O principal motivo apontado para as respostas “não” e “talvez” foi a priorização da carreira (68,8%). Cerca de 53,6% (n=121) das participantes apenas desejam ter filhos a partir dos 30 anos. Para 69,2% (n=184) a fertilidade futura é uma preocupação, 72,9% (n=194) está familiarizada com o conceito de reserva ovárica e 82,7% (n=220) com a existência de métodos de preservação da fertilidade. Quando questionadas quanto à possibilidade de recorrer à criopreservação eletiva de ovócitos, apenas 14,3% (n=38) exclui essa possibilidade. A maioria das jovens (87,2%, n=232) gostaria de estar mais informada sobre a temática e 87,6% (n=233) gostaria de ver discutido o tema com o seu médico. Conclusões: A maioria das estudantes equaciona a maternidade, contudo a carreira profissional é destacada como principal prioridade para os próximos 10 anos. O conhecimento sobre declínio da reserva ovárica e eficácia da criopreservação de ovócitos está ainda aquém do desejado.