Resumen En 2019, la EMBRAPA celebró su primera reunión para definir la propuesta de creación de AMACRO (acrónimo de Amazonas, Acre y Rondônia), un modelo regional de atracción del desarrollo orientado a la producción del agronegocio brasileño. De esta forma, el artículo pretende comprender cómo el discurso y el intento de creación de AMACRO, en un contexto legitimado por el entonces gobierno brasileño de Jair Bolsonaro, desencadenó procesos de destrucción en la selva amazónica, desatando conflictos con las poblaciones locales, así como entender cómo el agronegocio actúa estratégicamente en la creación de regiones favorables a sus empresas y sus ideologías en las zonas de frontera agrícola. El artículo se divide en cuatro partes: en la primera, un análisis para entender cómo ocurre la estructuración de las regiones en el proceso de expansión de las fronteras agrícolas, a través de las acciones del Estado brasileño y de las justificaciones utilizadas para la creación de AMACRO; en la segunda, el proceso de la frontera agrícola hacia la Amazonia; en la tercera, la situación actual del AMACRO, en lo que se refiere al crecimiento de los conflictos, el avance de la deforestación, la intensificación de la ganadería y la llegada de la soja; y en la cuarta, reflexionaremos sobre los impactos causados, especialmente en el ámbito ambiental, por la expansión de la frontera, que no es solamente agrícola, sino que también se caracteriza por ser una frontera tóxica. 2019 acrónimo Amazonas Rondônia, Rondônia , Rondônia) forma Bolsonaro amazónica locales partes agrícolas segunda Amazonia tercera deforestación soja cuarta causados ambiental tóxica 201 20 2
Abstract In 2019, EMBRAPA organized the first meeting to define the creation proposal for AMACRO (an acronym for Amazonas, Acre and Rondônia), a regional model for attracting development focused on Brazilian agribusiness production. The article aims to understand how the discourse and the attempt to create AMACRO, in a context legitimized by the then Brazilian government of Jair Bolsonaro, triggered processes of destruction in the Amazon rainforest, unleashing conflicts with local populations, as well as understanding how agribusiness acts strategically in creating regions favorable to its enterprises and its ideologies in agricultural frontier areas. The article is divided into four parts: first, an analysis to understand how the structuring of regions occurs in the process of expanding agricultural frontiers, through the actions of the Brazilian state and the justifications used for the creation of AMACRO; secondly, the process of the agricultural frontier towards the Amazon; third, the current situation of AMACRO, with regard to the growth of conflicts, the advance of deforestation, the intensification of cattle ranching and the arrival of soya; and for the last part, we will reflect on the impacts caused, specially in the environmental sphere, by the expansion of the frontier, which is not only agricultural, but is also characterized as a toxic frontier. 2019 Amazonas Rondônia, Rondônia , Rondônia) production Bolsonaro rainforest populations areas parts frontiers secondly third deforestation soya part caused sphere 201 20 2
Resumo Em 2019 a EMBRAPA realizou a primeira reunião para definir a proposta de criação da AMACRO (acrônimo de Amazonas, Acre e Rondônia), um modelo regional de atração de desenvolvimento voltado para as produções do agronegócio brasileiro. Dessa forma, o artigo tem como objetivo compreender como o discurso e a tentativa de criação da AMACRO, em um contexto legitimado pelo então governo brasileiro de Jair Bolsonaro, acionaram processos de destruição na floresta Amazônica, desencadeando conflitos com as populações locais, assim como compreender como o agronegócio age estrategicamente na criação de regiões favoráveis aos seus empreendimentos e às suas ideologias nas áreas de fronteira agrícola. O artigo divide-se em quatro partes: na primeira, uma análise para compreender como ocorre a estruturação de regiões no processo de expansão das fronteiras agrícolas, através da ação do Estado brasileiro e as justificativas utilizadas para a criação da AMACRO; na segunda, o processo da fronteira agrícola em direção à Amazônia; na terceira, a situação atual da AMACRO, no que diz respeito ao crescimento dos conflitos, ao avanço do desmatamento, à intensificação da pecuária e à chegada da soja; e na quarta refletiremos os impactos causados, principalmente no âmbito ambiental com a expansão da fronteira que não é somente agrícola, mas também caracteriza-se como uma fronteira tóxica. 201 acrônimo Amazonas Rondônia, Rondônia , Rondônia) forma Bolsonaro Amazônica locais dividese divide se partes agrícolas segunda Amazônia terceira desmatamento soja causados caracterizase caracteriza tóxica 20 2