The study aimed to analyze the socio-spatial differences in COVID-19 mortality in the pandemic’s three waves in the city of Buenos Aires, Argentina. COVID-19 mortality data were obtained from the COVID-19 Database and reported by the Buenos Aires Autonomous Government from March 7, 2020, to September 30, 2021. Three waves were identified: the first from March to December 2020, the second from December 2020 to March 2021, and the third from March to September 2021. Multivariate regressions were calculated for each wave to analyze the association between risk of COVID-19 mortality in two age groups (0-59 years and 60 years or older) and the percentage of households with unmet basic needs as indicator of neighborhood poverty level, and population density. During the first wave and in both age groups, the neighborhood in the tertile with the highest percentages of households with unmet basic needs showed higher risk of COVID-19 mortality when compared to neighborhoods in the tertile with the lowest percentages of households with unmet basic needs. These inequalities disappeared in the second wave in both age groups, while the third wave saw a similar geographic pattern to the first wave. Higher levels of immunity in neighborhoods with high poverty levels might partially explain the absence of socio-spatial inequalities in the second wave, while the emergence of the gamma and lambda variants could partially explain the return to inequalities observed in the first wave.
Nuestro propósito fue investigar las diferencias de las desigualdades socioespaciales de la mortalidad por COVID-19 entre tres olas de propagación del virus en la Ciudad Autónoma de Buenos Aires (CABA), Argentina. Los datos de mortalidad por COVID-19 se obtuvieron de la base de datos de casos de COVID-19, informados por el gobierno de la CABA, desde el 7 de marzo de 2020 hasta el 30 de septiembre de 2021. Se determinaron tres olas: la primera ola, entre los meses de marzo y diciembre de 2020, la segunda ola, entre diciembre y marzo de 2021, y la tercera ola, entre marzo y septiembre de 2021. En cada ola se calcularon regresiones multivariadas para analizar la asociación entre el riesgo de mortalidad por COVID-19, en dos grupos etarios (0-59 años y 60 o más años), y el porcentaje de hogares con necesidades básicas insatisfechas, como indicador del nivel de pobreza de los barrios, y la densidad poblacional. Durante la primera ola y en ambos grupos etarios, los barrios del tercil con mayores porcentajes de hogares con necesidades básicas insatisfechas tuvieron un riesgo mayor de mortalidad por COVID-19, en comparación a los barrios del tercil con menores porcentajes de hogares con necesidades básicas insatisfechas. Estas desigualdades desaparecieron durante la segunda ola en ambos grupos etarios, mientras que en la tercera ola pareció emerger un patrón geográfico similar al de la primera ola. Es posible que mayores niveles de inmunidad en barrios con niveles altos de pobreza pudieran explicar parcialmente la ausencia de desigualdades socioespaciales durante la segunda ola, mientras que la irrupción de las variantes gamma y lambda podría explicar parcialmente el retorno a las desigualdades observadas en la primera ola.
A proposta era investigar as diferenças nas desigualdades socioespaciais da mortalidade por COVID-19 entre três ondas de propagação do vírus na Cidade Autônoma de Buenos Aires, Argentina. Os dados de mortalidade por COVID-19 foram obtidos a partir da base de dados dos casos de COVID-19 informados pelo governo da Cidade Autônoma de Buenos Aires, do dia 7 de março de 2020, até 30 de setembro de 2021. Foram identificadas três ondas: a primeira, entre os meses de março e dezembro de 2020, a segunda, entre dezembro e março de 2021, e a terceira, entre março e setembro de 2021. Para cada uma delas, foram calculadas regressões multivariadas, visando analisar a associação entre o risco de mortalidade por COVID-19 em dois grupos etários (0-59 anos e 60 anos ou mais), e o percentual de domicílios com necessidades básicas não atendidas, como indicador do nível de pobreza dos bairros, e a densidade populacional. Durante a primeira onda e em ambos grupos etários, os bairros do tercil com maiores percentuais de domicílios com necessidades básicas não atendidas apresentaram um risco maior de mortalidade por COVID-19 na comparação com os bairros do tercil com menores taxas de domicílios com necessidades básicas não atendidas. Estas desigualdades desapareceram durante a segunda onda nos dois grupos etários, ao passo que, na terceira onda parece ter emergido um padrão geográfico similar ao da primeira onda. Maiores níveis de imunidade em bairros com altas taxas de pobreza poderiam explicar parcialmente a ausência de desigualdades socioespaciais durante a segunda onda, sendo que a irrupção das variantes gama e lambda poderia explicar parcialmente a volta para as desigualdades observadas na primeira onda.