Abstract Diva (1864) is perhaps one of José de Alencar´s most disliked novels, treated early on as a minor thing: of “a condemnable sentimentality” (Machado de Assis), marked by “elephances of style” (Franklin Távora) or, still, “work that is worth little or nothing” (Antonio Candido). However, it introduced an important innovation for the Brazilian literature at the time, which is the discursive figure of the medical narrator in the first person, who is systematically rejected by the heroine in attitudes considered as extreme. A rereading made in the light of the pioneering studies on hysteria, developed by Charcot, Breuer and Freud, and later by feminist theorists (Elaine Showalter, Sandra Gilbert and Susan Gubar) may help to understand this rejection. The somatization of psychic symptoms in the woman´s body, which would characterize the first approach to hysteria in the 19th century, represents a systematic refusal on the part of the heroine to accept the unprecedent power that the figure of the doctor was invested with throughout that time, in an attempt to preserve her private voice in the midst of a society for which women must give up their autonomy and identity. One should add to this the narrative level, since the medical narrator in Diva not only has the right to invade and clinicalize the body of his “patient” but also to expose her to the reader from his exclusive point of view. Anticipating the studies on hysteria, the serial novel in fact already represented the heroine, in Alexandre Dumas and Eugène Sue, as a threat to male power as a character and narrator (Queffelec). Binding himself to this singular literary tradition, Alencar makes Diva one of the most striking books ever written about the situation of women in the Brazilian society of the second half of the 19th century, culminating in a level of tension rarely seen until then. 1864 (1864 Alencars s novels thing sentimentality Machado Assis, Assis , Assis) elephances style Franklin Távora still work nothing Antonio Candido. Candido . Candido) However time person extreme Charcot Freud Elaine Showalter Gubar rejection womans woman th century identity patient “patient view Sue Queffelec. Queffelec (Queffelec) tradition then 186 (186 (Queffelec 18 (18 1 (1 (
Résumé Diva (1864) est peut-être l´un des romans les plus mal aimés de José de Alencar, traité très tôt comme quelque chose de mineur: d’une “sentimentalité condamnable” (Machado de Assis), marqué par des “éléphances de style” (Franklin Távora) ou, encore, “une œuvre de peu ou pas de valeur” (Antonio Candido). Il introduit cependant une innovation importante pour la littérature brésilienne de l´époque, à savoir la figure discursive du narrateur médecin à la première personne, systématiquement rejetée par l´héroïne dans une atitude considérée comme extrême. Une relecture à la lumière des études pionnières sur l´hystérie, développées par Charcot, Breuer et Freud et plus tard par les théoriciennes féministes (Elaine Showalter, Sandra Gilbert et Susan Gubar), peut aider à comprendre ce refus. La somatisation des symptômes d´ordre psychique dans le corps de la femme, qui caractérisera la première approche de l´hystérie, represente un refus systématique de la part de l´héroïne d´accepter le pouvoir sans précédent dont la figure du médecin a été investie tout au long du XIXe siècle, dans une tentative de préserver sa voix particulière au sein d´une société pour laquelle la femme doit renoncer à son autonomie et à son identité. À cela s´ajoute le plan narratif, puisque le narrateur médecin de Diva détient non seulement le droit d´envahir et de clinicaliser le corps de sa “patiente”, mais aussi de l´exposer au lecteur de son point de vue exclusif. Anticipant les études sur l´hystérie, le roman-feuilleton représentait en effet déjà l´héroïne, chez Alexandre Dumas et Eugène Sue, comme une menace au pouvoir masculin en tant que personnage et narrateur (Queffelec). Se rattachant à cette tradition littéraire singulière, Alencar fait de Diva l´un des livres les plus convaincants jamais écrits sur la situation des femmes dans la société brésilienne de la seconde moitié du XIXe siècle, culminant à un niveau de tension rarement atteint jusqu´alors. 1864 (1864 peutêtre être lun l mineur dune d sentimentalité condamnable Machado Assis, Assis , Assis) éléphances style Franklin Távora encore valeur Antonio Candido. Candido . Candido) lépoque époque l´époque personne lhéroïne héroïne extrême lhystérie hystérie l´hystérie Charcot Elaine Showalter Gubar, Gubar Gubar) dordre ordre daccepter accepter siècle identité sajoute s ajoute narratif denvahir envahir patiente, patiente “patiente” lexposer exposer exclusif romanfeuilleton roman feuilleton Sue Queffelec. Queffelec (Queffelec) singulière jusqualors jusqu alors jusqu´alors 186 (186 “patiente (Queffelec 18 (18 1 (1 (
Resumo Diva (1864) talvez seja um dos romances mais mal-afamados de José de Alencar, tratado desde cedo como coisa menor: de “uma pieguice condenável” (Machado de Assis), marcado por “elefâncias do estilo” (Franklin Távora) ou, ainda, “obra que pouco ou nada vale” (Antonio Candido). No entanto, apresenta importante inovação para a literatura brasileira da época, que é a figura discursiva do narrador médico em primeira pessoa - o qual é sistematicamente rejeitado pela heroína em atitudes tidas como extremadas. Uma releitura feita à luz dos estudos pioneiros sobre a histeria, desenvolvidos por Charcot, Breuer e Freud e, posteriormente, por teóricas do feminismo (Elaine Showalter, Sandra Gilbert e Susan Gubar), pode ajudar a compreender tal recusa. A somatização de sintomas de ordem psíquica no corpo da mulher, que caracterizaria a primeira abordagem sobre a histeria, representa uma recusa sistemática da parte da heroína em aceitar o poder inédito de que foi investido a figura do médico ao longo do século 19, numa tentativa de preservar sua voz particular em meio a uma sociedade para a qual a mulher deve abdicar de sua autonomia e identidade. Junte a isso o plano narrativo, visto que o narrador médico em Diva detém não apenas o direito de invadir e clinicalizar o corpo de sua “paciente” como também de expô-la ao leitor sob seu exclusivo ponto de vista. Antecipando-se aos estudos sobre a histeria, o romance de folhetim de fato já representava a heroína, em Alexandre Dumas e Eugène Sue, como ameaça ao poder masculino enquanto personagem e narrador (Queffelec). Vinculando-se a essa singular tradição literária, Alencar faz de Diva um dos livros mais contundentes já escritos sobre a situação da mulher na sociedade brasileira da segunda metade do século XIX, culminando em um nível de tensão poucas vezes visto até então. 1864 (1864 malafamados mal afamados menor condenável Machado Assis, Assis , Assis) elefâncias estilo Franklin Távora ainda obra vale Antonio Candido. Candido . Candido) entanto época extremadas histeria Charcot posteriormente Elaine Showalter Gubar, Gubar Gubar) 19 identidade narrativo paciente “paciente expôla expô la vista Antecipandose Antecipando se Sue Queffelec. Queffelec (Queffelec) Vinculandose Vinculando literária XIX então 186 (186 1 (Queffelec 18 (18 (1 (