El objetivo de este artículo fue conocer las narrativas de autonomía reproductiva y coerción anticonceptiva de prestadores de servicios de planificación familiar y anticoncepción, personal administrativo y diseñador/operador de políticas públicas en salud reproductiva desde el marco teórico de la calidad en la consejería anticonceptiva. Seguimos un diseño de investigación cualitativo de corte transversal exploratorio. Realizamos 25 entrevistas semiestructuradas en 15 instancias públicas de salud situadas en contextos rurales, urbanos y pueblos originarios en Ciudad de México y San Luis Potosí, México. El método de muestreo fue no probabilístico por conveniencia e intencional para garantizar la diversidad de los participantes. Realizamos un análisis de contenido deductivo e inductivo por medio del cual identificamos un espectro de narrativas de autonomía reproductiva, coerción anticonceptiva y paternalismo. Las narrativas de autonomía reproductiva fueron emitidas con mayor frecuencia en la Ciudad de México, por mujeres, con nivel educativo de licenciatura en medicina; en centros de salud y en contextos urbanos Las narrativas con algún grado de coerción o paternalismo se pronunciaron con mayor frecuencia en San Luis Potosí; por mujeres, con nivel educativo de licenciatura en Medicina y Enfermería, en centros de salud y en contextos rurales. Las narrativas paternalistas y coercitivas representan un problema que socava la calidad de la información y los servicios anticonceptivos. Para mitigar este problema y fomentar la autonomía reproductiva, sugerimos a las autoridades sanitarias adaptar el marco teórico de la Calidad en Consejería Anticonceptiva así como incorporar la Escala de Calidad en la Consejería Anticonceptiva en el sistema público de salud en México.
O objetivo deste artigo foi identificar os relatos sobre autonomia reprodutiva e coerção contraceptiva de prestadores de serviços de planejamento familiar e contracepção, da equipe administrativa e dos criadores/operadores de políticas públicas em saúde reprodutiva a partir do referencial teórico da qualidade em assessoramento contraceptivo. Se trata de um estudo exploratório transversal, de natureza qualitativa. Realizamos 25 entrevistas semiestruturadas a 15 instituições de saúde pública, localizadas em áreas rurais, urbanas e de comunidades indígenas na Cidade do México e em San Luis Potosí, México. O método utilizado foi não probabilístico por conveniência e intencional para garantir a diversidade dos participantes. Realizamos uma análise de conteúdo dedutiva e indutiva por meio da qual identificamos um conjunto de relatos sobre autonomia reprodutiva, coerção contraceptiva e paternalismo. Os relatos sobre autonomia reprodutiva foram observados com maior frequência na Cidade do México, em mulheres, com graduação em medicina, em centros de saúde e em áreas urbanas. Os relatos com algum nível de coerção ou paternalismo foram citados com maior frequência em San Luis Potosí, por mulheres, com graduação em Medicina e Enfermagem, em centros de saúde e em áreas rurais. Os relatos paternalistas e coercitivos representam um problema que prejudica a qualidade das informações e serviços contraceptivos. Para mitigar esse problema e promover a autonomia reprodutiva, as entidades de saúde poderiam adaptar a estrutura da qualidade em assessoramento contraceptivo e incorporar a Escala de Qualidade em Assessoramento Contraceptivo ao sistema de saúde pública do México.
This study aimed to identify the narratives on reproductive autonomy and contraceptive coercion of family planning and contraceptive service providers, of administrative staff, and of the creators/operators of public policies in reproductive health based on the theoretical framework of quality of contraceptive counseling. This is a cross-sectional, exploratory and qualitative study. A total of 25 semi-structured interviews were conducted with 15 public health institutions located in rural, urban, and Indigenous communities in Mexico City and San Luis Potosí, México. Non-probabilistic convenience sampling was employed to ensure participants diversity. A deductive and inductive content analysis was conducted. The analysis enabled the identification of a set of narratives on reproductive autonomy, contraceptive coercion, and paternalism. Narratives on reproductive autonomy were observed more frequently in Mexico City, among women, with medical degrees, in health facilities, and in urban areas. Narratives with some degree of coercion or paternalism were cited most frequently in San Luis Potosí, by women, with degrees in Medicine and Nursing, in health facilities, and in rural areas. Paternalistic and coercive narratives represent a problem that impairs the quality of contraceptive information and services. To mitigate this problem and promote reproductive autonomy, health entities could adapt the quality of contraceptive counseling framework and incorporate the Quality of Contraceptive Counselling (QCC) Scale into Mexico’s public healthcare system.