ABSTRACT OBJECTIVE Evaluating characteristics of unpaid domestic work and its association with mental disorders, exploring gender differences. METHODS We analyzed cross-sectional data from the second wave of an urban population cohort (n = 2,841) aged 15 and older from a medium-sized city in Bahia (BA). The representative population sample was randomly selected in subsequent multiple steps. We interviewed the survey participants at their homes. This study analyzed sociodemographic, occupational, unpaid domestic work and mental illness data, stratified by sex (gender). We investigated the association between the work-family-personal time conflict, the effort-reward imbalance in domestic and family work and the occurrence of common mental disorders, such as generalized anxiety disorder and depression. We estimated prevalence, prevalence ratios and their respective 95% confidence intervals. RESULTS Among the participants, the unpaid domestic activities were performed by 71.3% of men and 95.2% of women, who were responsible for the investigated activities, except for minor repairs. The percentages of paid work were higher among men (68.1% versus 47.2% among women). The distribution of stressors and conflict experiences showed an inverse situation between genders: men depicted the highest high percentage of low work-family-personal time conflict (39.0%), while among women, the highest percentage was of high conflict (40.0%); 45.8% of the men reported low effort-reward imbalance in domestic and family work, while only 28.8% of women reported low imbalance. The investigated mental disorders were more prevalent among women, who showed a significant association between work-family-personal time conflict and common mental disorders, as well as depression; among men, conflict was positively associated with common mental disorders. The effort-reward imbalance, in turn, was strongly related to CMD (Common Mental Disorders), generalized anxiety disorder and depression among women. Amid men, this discrepancy was only associated to depression. CONCLUSIONS Domestic work persists as a mostly feminine assigned activity. The stressful situations of unpaid domestic work and the work-family-personal time conflict were more strongly associated with adverse effects on the female mental health. differences crosssectional cross sectional n 2,841 2841 2 841 1 mediumsized medium sized BA. BA . (BA) steps homes sociodemographic occupational gender. (gender) workfamilypersonal personal effortreward effort reward 95 intervals 713 71 3 71.3 952 95.2 repairs 68.1% 681 68 (68.1 472 47 47.2 women) genders 39.0%, 390 39.0% , 39 0 (39.0%) 40.0% 400 40 (40.0%) 458 45 8 45.8 288 28 28.8 turn Common Disorders, Disorders Disorders) activity health 2,84 284 84 (BA (gender 9 7 71. 95. 68.1 6 (68. 4 47. 39.0 (39.0% 40.0 (40.0% 45. 28. 2,8 68. (68 39. (39.0 40. (40.0 2, (6 (39. (40. ( (39 (40 (3 (4
RESUMO OBJETIVO Avaliar características do trabalho doméstico não remunerado e sua associação com transtornos mentais, explorando diferenciais de gênero. MÉTODOS Neste estudo foram analisados dados transversais da segunda onda de uma coorte da população urbana (n = 2.841) com idade a partir dos 15 anos de uma cidade de médio porte da Bahia (BA). A amostra representativa da população foi aleatoriamente selecionada em etapas múltiplas subsequentes. As entrevistas foram realizadas nos domicílios dos participantes do levantamento. O estudo analisou dados sociodemográficos, ocupacionais, do trabalho doméstico não remunerado e adoecimento mental, estratificadas por sexo. Investigou-se associação entre o conflito trabalho-família-tempo para si, o desequilíbrio esforço-recompensa no trabalho doméstico e familiar e a ocorrência de transtornos mentais comuns, de transtorno de ansiedade generalizada e de depressão. Foram estimadas prevalências, razões de prevalência e respectivos intervalos de confiança de 95%. RESULTADOS Entre os participantes, verificou-se que as atividades domésticas não remuneradas eram realizadas por 71,3% dos homens e 95,2% das mulheres, que se mostraram as principais responsáveis pelas atividades de trabalho investigadas, exceto pequenos consertos. A inserção em trabalho remunerado foi maior entre os homens (68,1% contra 47,2% entre as mulheres). A distribuição dos estressores e experiência de conflitos evidenciou situação inversa entre homens e mulheres: o maior percentual entre os homens foi de baixo conflito trabalho-família-tempo para si (39,0%), já entre as mulheres, maior percentual foi de alto conflito (40,0%); entre os homens, 45,8% referiram baixo desequilíbrio esforço-recompensa no trabalho doméstico e familiar, enquanto apenas 28,8% das mulheres relataram baixo desequilíbrio. Os transtornos mentais investigados foram mais prevalentes entre as mulheres, que apresentaram significativa associação entre o conflito trabalho-família-tempo pessoal e os transtornos mentais comuns e a depressão; entre os homens o alto conflito foi associado aos transtornos mentais comuns. Já o desequilíbrio esforço-recompensa se mostrou fortemente relacionado aos TMC, ao transtorno de ansiedade generalizada e à depressão entre as mulheres. Entre os homens, esse desequilíbrio relacionou-se apenas à depressão. CONCLUSÕES O trabalho doméstico persiste como atribuição majoritariamente feminina. As situações estressoras do trabalho doméstico não remunerado e o conflito trabalho-família-tempo para si associaram-se mais fortemente aos efeitos adversos na saúde mental das mulheres. gênero n 2.841 2841 2 841 1 BA. BA . (BA) subsequentes levantamento sociodemográficos ocupacionais sexo Investigouse Investigou trabalhofamíliatempo família tempo esforçorecompensa esforço recompensa prevalências 95 95% verificouse verificou 713 71 3 71,3 952 95,2 investigadas consertos 68,1% 681 68 (68,1 472 47 47,2 mulheres) 39,0%, 390 39,0% , 39 0 (39,0%) 40,0% 400 40 (40,0%) 458 45 8 45,8 288 28 28,8 TMC relacionouse relacionou feminina associaramse associaram 2.84 284 84 (BA 9 7 71, 95, 68,1 6 (68, 4 47, 39,0 (39,0% 40,0 (40,0% 45, 28, 2.8 68, (68 39, (39,0 40, (40,0 2. (6 (39, (40, ( (39 (40 (3 (4