Resumen El presente artículo se propone analizar y comparar el papel desempeñado por el Estado en la planificación y en el acondicionamiento del territorio para el despliegue de actividades extractivas, y las tensiones de la puesta en marcha de la estrategia neodesarrollista en el contexto global de avance neoliberal. Se consideran como casos de análisis la actividad sojera en la provincia de Chaco, la minería metalífera a cielo abierto en Catamarca y el desarrollo de hidrocarburos no convencionales en la provincia de Neuquén, entre los años 2003 y 2015. Se revisan tanto el marco normativo como los proyectos y las obras realizadas para cada caso y desde los distintos niveles del Estado nacional, provincial y municipal, y se identifican continuidades y rupturas en la modalidad de intervención del Estado, tanto en su papel de mediador de intereses y demandas contrapuestas como a partir de la elaboración del marco normativo y la ejecución de infraestructuras. Entre los resultados y conclusiones, se destaca el protagonismo del Estado nacional en los procesos de acondicionamiento del territorio en articulación con los niveles provinciales, así como en la construcción de la agenda de proyectos. En este sentido, se observó que las intervenciones realizadas priorizaron las necesidades operativas de las actividades analizadas en infraestructuras para el desarrollo de las actividades extractivas y, en menor grado, las de las comunidades locales.
Abstract This article aims to analyze and compare the role played by the State in the planning and conditioning of the territory for the deployment of extractive activities, and the tensions of the implementation of the neo-developmentalist strategy in the global context of neoliberal advance. Are considered as cases of analysis the soybean activity in the province of Chaco, the open-pit metalliferous mining in Catamarca and the development of unconventional hydrocarbons in the province of Neuquén, between 2003 and 2015. Both the regulatory framework and the projects and works carried out for each case and from the different levels of the national, provincial and municipal State are reviewed, and continuities and ruptures are identified in the modality of State intervention, both in its role as mediator of conflicting interests and demands and from the development of the regulatory framework and the execution of infrastructures. Among the results and conclusions, the protagonism of the national State stands out in the processes of territorial conditioning in articulation with the provincial levels, as well as in the construction of the project agenda. In this sense, it was observed that the interventions carried out prioritized the operational needs of the activities analyzed in infrastructure for the development of extractive activities and, to a lesser extent, those of the local communities.
Resumo O atual artigo tem como objetivo analisar e comparar o papel desempenhado pelo Estado no planejamento e no condicionamento do território para a implantação de atividades extrativistas, e as tensões da implementação da estratégia de neodesenvolvimento no contexto global de avanço neoliberal. Consideram-se como casos de análise a atividade referente à soja na província de Chaco, a mineração de metais a céu aberto em Catamarca e o desenvolvimento de hidrocarbonetos não convencionais na província de Neuquén, entre os anos de 2003 e 2015. Revisa-se tanto o enquadramento regulatório como os projetos e os trabalhos realizados para cada caso e a partir dos diferentes níveis do Estado, provincial e municipal, identificandose continuidades e rupturas na modalidade de intervenção do Estado, mesmo no seu papel de mediador de interesses e exigências contrapostas como a partir do desenvolvimento do quadro regulamentar e da implementação de infraestruturas. Entre os resultados e conclusões, destaca-se o protagonismo do Estado nos processos de condicionamento do território em coordenação com os níveis provinciais, bem como na construção da agenda de projetos. Neste sentido, observou-se que as intervenções realizadas priorizaram as necessidades operacionais das atividades analisadas em infraestruturas para o desenvolvimento das atividades extrativas e, em menor medida, das comunidades locais.