Resumen: En esta entrevista, Gayatri Chakravorty Spivak revisita la cuestión del esencialismo y antiesencialismo a partir de la reconsideración de diferentes marcos teóricos con los que trabajó a lo largo de su trayectoria intelectual, como los de la deconstrucción, el marxismo y los feminismos, además de considerar el lugar de la filosofía. De toda esta reflexión resulta muy relevante la revisión del concepto de esencialismo estratégico para pensar los movimientos sociales, dado que se aleja de planteamientos anteriores de la autora. Spivak sugiere entenderlo como una crítica constante al modo en que se es esencialista, señalando que este gesto permite guardar lo crítico, lo estratégico y lo necesario de una esencia minimizable. También, reafirma la importancia del posicionamiento en la autoría y de esbozar la propia biografía, lo que la lleva a explayarse sobre lecciones aprendidas durante la niñez. Evalúa la enseñanza como una práctica en la que, en vez de abordar el debate teórico, es posible proponer la experiencia de la imposibilidad de las esencias. Por otro lado, analiza su propio lugar dentro del Grupo de Estudios Subalternos y la idea de “tercer mundo” en su sentido político más estricto. Hacia el final, examina el vínculo entre la perspectiva práctica de las esencias con respecto a lo empírico, y la relación entre la persona que investiga con su audiencia.
Abstract: In this interview, Gayatri Chakravorty Spivak revisits the debate between essentialism and anti-essentialism by reconsidering various theoretical frameworks she has engaged with over her intellectual journey. These frameworks include deconstruction, Marxism, and feminisms, alongside reflections on the role of philosophy. One key focus of her reflection is the concept of strategic essentialism in understanding social movements, diverging from her previous stances. Spivak suggests viewing it as an ongoing critique of essentialist approaches, emphasizing the importance of maintaining critical, strategic, and indispensable elements within a minimalizable essence. She also stresses the significance of authorial positioning and autobiographical narratives, drawing on childhood lessons. She explores teaching as a practice that can convey the impossibility of fixed essences rather than engaging in theoretical debates. She examines her own place within the Subaltern Studies Group and the political connotations of the “Third World.” Towards the end, she delves into the practical perspective on essences concerning empirical realities and the dynamic between researchers and their audiences.
Resumo: Nesta entrevista, Gayatri Chakravorty Spivak revisita a questão do essencialismo e antiessencialismo ao reconsiderar diferentes referenciais teóricos com os quais trabalhou ao longo de sua trajetória intelectual, como a desconstrução, o marxismo e os feminismos, além de considerar o lugar da filosofia. De toda essa reflexão, a revisão do conceito de essencialismo estratégico para pensar os movimentos sociais é muito relevante, uma vez que se afasta das abordagens anteriores da autora. Spivak sugere entendê-lo como uma crítica constante ao modo como se é essencialista, apontando que esse gesto permite que o crítico, o estratégico e o necessário sejam mantidos a partir de uma essência minimizável. Ela também reafirma a importância do posicionamento autoral e do esboço da própria biografia, o que a leva a discorrer sobre as lições aprendidas na infância. Avalia o ensino como uma prática em que, em vez de lidar com o debate teórico, é possível propor a experiência da impossibilidade de essências. Além disso, analisa seu lugar no Grupo de Estudos Subalternos e a ideia do “terceiro mundo” em seu sentido político mais estrito. No final, ela examina a ligação entre a perspectiva prática das essências com relação ao empírico e a relação entre a pessoa que pesquisa e seu público.