Resumen: En la literatura psicosocial desarrollada en América Latina se ha venido configurando un debate reflexivo hacia dentro y hacia fuera, en torno a las tensiones conceptuales, sentidos y formas institucionalizadas de las praxis comunitarias, que han sido fundamentadas por la Psicología Social Comunitaria (PSC) a la luz de los problemas sociales contemporáneos. El presente estudio, situado en este marco, se propuso comprender las luchas populares por-el-lugar, a partir de los factores psicosociales que median la construcción de territorialidad e historicidad, en la producción social del hábitat popular en la periferia urbana de Quito. Para esto, se aplicaron 33 entrevistas cualitativas a mujeres y hombres dirigentes sociales de 30 barrios populares. A través de esta aproximación exploratoria al proceso de lucha popular, logramos identificar ciertas limitaciones conceptuales de la categoría de “comunidad” ampliamente utilizada en PSC. A su vez, reflexionamos sobre la potencial ampliación de los marcos comprensivos de las categorías: historicidad y territorialidad. Concluimos que hay un déficit teórico importante en la disciplina, la que se construye principalmente a partir de categorías descriptivas tendientes a la homogenización de los fenómenos. Esta cuestión supone el desafío de revitalizar el corpus de conocimientos existentes en la región, y capturar la diversidad y complejidad de formas de apropiación social y territorial a escala barrial.
Abstract: In the psychosocial literature developed in Latin America, a reflexive debate has been taking place both inward and outward, around the conceptual tensions, meanings and institutionalized forms of community praxis, which have been supported by Community Social Psychology (PSC) at the light of contemporary social problems. The present study, based on this framework, sought to understand the popular struggles for-the-place, based on the psychosocial factors that mediate the construction of territoriality and historicity, in the social production of the popular habitat in the urban periphery of Quito. For this, 33 qualitative interviews were applied to social leaders, women and men of 30 popular neighborhoods. Through this exploratory approach to the process of popular struggle, we managed to identify certain conceptual limitations of the category of "community" widely used in PSC. At the same time, we reflect on the potential extension of the comprehensive frameworks of the categories: historicity and territoriality. We conclude that there is an important theoretical deficit in the discipline, which is constructed mainly from descriptive categories tending to the homogenization of the phenomena. This supposes the challenge of revitalizing the corpus of existing knowledge in the region, and capturing the diversity and complexity of forms of social and territorial appropriation on a neighborhood scale.
Resumo: Na literatura psicossocial desenvolvida na América Latina tem vindo configurando um debate reflexivo para dentro e para fora, ao redor à tensões conceituais, sentidos e formas institucionalizadas das práxis comunitárias que tinham sido fundamentadas pela Psicologia Social Comunitária (PSC), à luz dos problemas sociais contemporâneos. A seguinte pesquisa, situada neste contexto, se propus compreender as lutas populares pelo-lugar, a partir dos fatores psicossociais me mediam a construção de territorialidade e historicidade, na produção social do habitat popular na periferia urbana de Quito. Para isto, se aplicaram 33 entrevistas qualitativas a mulheres e homens lideranças sociais de 30 bairros populares. Através de essa aproximação exploratória do processo de luta popular, lograrmos identificar certos limites conceituais da categoria “comunidade” amplamente utilizada em PSC. Mesmo assim, refletirmos sobre a potencial ampliação dos marcos compreensivos das categorias: historicidade e territorialidade. Concluirmos que há um déficit teórico importante na disciplina, a qual se constrói principalmente a partir de categorias descritivas tendentes à homogeneização dos fenômenos. Essa questão supõe o desafio de revitalizar os corpus de conhecimentos existentes na região, e captar a diversidade e complexidade de formas de apropriação social e territorial na escala do bairro.