Resumen El presente análisis se centra en las lecturas de Augusto de Vasconcelos, ex Ministro Plenipotenciario portugués que pasó al republicanismo a finales del siglo XIX, siendo más tarde un firme partidario de la Sociedad de Naciones, luchando por la Organización hasta su final en la escena internacional en el período posterior a la Segunda Guerra Mundial. En las legaciones portuguesas en Madrid y Londres observó e hizo consideraciones sobre la participación del país en el conflicto, en diferentes ocasiones: en el escenario bélico de 1916 y el momento previo que dividió a Portugal entre la neutralidad y la necesidad de asegurar la presencia de la República en la Gran Guerra, como oportunidad de participación en las negociaciones que seguirían en la Conferencia de Paz: idea que no escapó a las percepciones del ministro. Así, con el objetivo de presentar la noción de guerra desde el punto de vista diplomático, desde la antesala del conflicto, destacamos el pensamiento y la acción de una de las caras de la diplomacia internacional del siglo XX. A través del intercambio de correspondencia entre legaciones y consulados de Portugal en Madrid, Augusto de Vasconcelos configuró su presencia en la guerra para acercarse a España, entendiendo el conflicto en la línea de los portugueses, como un momento relevante para fortalecer los lazos multilaterales con miras a la coyuntura posterior, donde América Latina, en su opinión, jugaría un papel central.
Abstract The present analysis focuses on the readings of the former Plenipotentiary Portuguese Minister, Augusto de Vasconcelos – Portuguese Minister who went for republicanism at the end of the 19th century, being later a faithful supporter of the League of Nations, fighting for the Organization until its end on the international scene in the post-World War II – and that in the Legations of Portugal in Madrid and London observed and made considerations about the country’s participation in the conflict on the occasions of its presence: on the war stage from 1916 and at the previous moment that divided Portugal between neutrality and the need to ensure the presence of the Republic in the Great War as an opportunity for participation in the negotiations that would follow in the Peace Conference, an idea that did not escape the perceptions of the minister. Thus, aiming to present the notion of war from the diplomatic point of view, through the backstage of the conflict, we highlight the thought and action of one of the faces of international diplomacy of the twentieth century: through the exchange of correspondence between legations and consulates, Portugal in Madrid, through Augusto de Vasconcelos, shaped his presence in the war in order to approach Spain, understanding the conflict along the lines of the Portuguese Minister, as a decisive moment to strengthen multilateral ties with a view to the subsequent conjuncture, where Latin America would, in his view, play a central role.
Resumo A presente análise centra-se nas leituras do ex-Ministro Plenipotenciário português, Augusto de Vasconcelos – Ministro português que se voltou para o republicanismo no final do século XIX, tornando-se posteriormente um forte apoiante da Liga das Nações, lutando pela Organização até ao seu fim na cena internacional no pós-Segunda Guerra Mundial -, e que nas Legações de Portugal em Madrid e Londres observou e teceu considerações sobre a participação do país no conflito nas diferentes ocasiões do seu aparecimento: na cena bélica desde 1916 e no momento anterior que dividia Portugal entre a neutralidade e a necessidade de assegurar a presença da República na Grande Guerra como oportunidade de participar nas negociações que se seguiriam na Conferência de Paz, ideia que não escapou às percepções de o Ministro. Assim, com o objetivo de apresentar a noção de guerra do ponto de vista diplomático, pelos bastidores do conflito, destacamos o pensamento e a ação de uma das faces da diplomacia internacional do século XX: por meio da troca de correspondência. Entre legações e consulados, Portugal em Madrid, através de Augusto de Vasconcelos, configurou a sua presença na guerra com características de aproximação a Espanha, entendendo o conflito na linha dos portugueses, como um momento relevante para estreitar os laços multilaterais com vista ao para a conjuntura posterior, onde a América Latina, em sua opinião, teria um papel central.