Resumen La novela Tupinilândia, de Samir Machado de Machado, publicada en 2018, utiliza la cultura de masas para hablar de sí misma y de cómo sustenta la memoria colectiva y también las aspiraciones de una sociedad en un contexto capitalista. Este artículo muestra cómo Machado, al construir una narrativa paródica, tal como la define Hutcheon (1988), con elementos de la cultura de masas, sin caer en la adhesión y el homenaje o el rechazo acríticos, logra establecer un juego que permite reflexionar sobre la historia del país, de temas contemporáneos como el capitalismo y la memoria, puntos planteados en profundidad en una novela paródica de la literatura de entretenimiento. Para eso, fueron apuntados personajes y eventos históricos mencionados por el autor, así como referencias a ese período de la Historia, con el fin de comprender el repertorio factual en el que se basa Tupinilândia. También destacamos pasajes que hacen eco de las historias de aventuras clásicas y movilizan el conocimiento general de este tipo de narrativa. Se observa que Tupinilândia refleja tendencias de la literatura brasileña contemporánea señaladas por Schollhammer (2009), en la medida en que crea un espacio particular, con su sofisticada reflexión tanto sobre la realidad brasileña actual, cuestionando el papel de la distopía como mero sarcasmo en la cara de los absurdos que nos rodean, y de la forma en que nuestra sociedad trata la memoria y la nostalgia: una fantasía selectiva en la que se descartan elementos que en realidad son relevantes, y los que son nocivos siempre corren el riesgo de volver. 2018 capitalista 1988, 1988 , (1988) acríticos país entretenimiento eso autor Historia 2009, 2009 (2009) particular actual rodean nostalgia relevantes volver 201 198 (1988 200 (2009 20 19 (198 (200 2 1 (19 (20 (1 (2 (
Abstract The novel Tupinilândia, by Samir Machado de Machado, published in 2018, uses mass culture to talk about itself, and how it sustains the collective memory as well as the aspirations of a society in a capitalist context. This article showed how Machado, by building a parodic narrative, as defined by Hutcheon (1988), with elements of mass culture, without falling back into adherence and uncritical homage or rejection, manages to establish a game that allows a reflection on the country’s history, of contemporary issues such as capitalism and memory, points raised in depth in a parodic novel of entertainment literature. For that, historical characters and events mentioned by the author were selected, as well as cultural references to that period of History, in order to understand the factual repertoire on which Tupinilândia is based. Passages that echo classic adventure stories and mobilize the general knowledge of this type of narrative were also highlighted. It was observed that Tupinilândia both reflects trends in contemporary Brazilian literature pointed out by Schollhammer (2009), in how much it creates a particular space with his sophisticated reflection both about the current Brazilian reality, questioning the role of dystopia as mere sarcasm in the face of of the absurdities that surround us, and about the way in which our society deals with memory and nostalgia, a selective fantasy in which relevant elements are disregarded, and those that are harmful are always at risk to return. 2018 itself context 1988, 1988 , (1988) rejection countrys country s history selected History based highlighted 2009, 2009 (2009) reality us nostalgia disregarded return 201 198 (1988 200 (2009 20 19 (198 (200 2 1 (19 (20 (1 (2 (
Resumo O romance Tupinilândia, de Samir Machado de Machado, publicado em 2018, utiliza a cultura de massa para falar dela mesma e de como ela alicerça a memória coletiva e também as aspirações de uma sociedade em um contexto capitalista. O presente artigo mostra como Machado, ao construir uma narrativa paródica, como definido por Hutcheon (1988), com elementos da cultura de massa, sem recair em adesão nem em homenagem acrítica ou rechaço, consegue estabelecer um jogo que permite uma reflexão acerca da história do país, de questões contemporâneas como capitalismo e memória, pontos levantados com profundidade em um romance paródico da literatura de entretenimento. Para tanto, foram selecionados personagens e momentos históricos utilizados pelo autor, bem como referências a elementos de época, a fim de compreender o repertório factual no qual Tupinilândia se sustenta. Ainda, foram analisadas passagens que ecoam histórias clássicas de aventura e mobilizam o conhecimento geral desse tipo de narrativa. Observa-se que Tupinilândia tanto reflete tendências na literatura brasileira contemporânea apontadas por Schollhammer (2009) quanto cria um espaço particular, com sua reflexão sofisticada tanto acerca da realidade brasileira atual, questionando o papel da distopia como mero sarcasmo diante dos absurdos que nos cercam, quanto da maneira como a nossa sociedade lida com memória e nostalgia: uma fantasia seletiva na qual elementos relevantes são eliminados com descaso, e aqueles que são danosos estão sempre sujeitos a retornarem. 2018 capitalista paródica 1988, 1988 , (1988) rechaço país entretenimento autor época sustenta Ainda Observase Observa 2009 (2009 particular atual cercam nostalgia descaso retornarem 201 198 (1988 200 (200 20 19 (198 (20 2 1 (19 (2 (1 (