Tanto los Estados Unidos como la Iglesia católica brasileña fueron agentes decisivos durante la dictadura militar que gobernó a Brasil entre 1964 y 1985. Por tanto, una comprensión de la relación entre estos dos influyentes actores políticos parece imperativa. Este artículo explora las visiones estadounidenses de la Iglesia católica brasileña, así como sus intereses en ella, mediante el análisis crítico, la tematización, el análisis del discurso y la periodización de los telegramas de la misión diplomática norteamericana en Brasil entre 1964 y 1972. Se sostiene que, en el contexto ideológico de la doctrina de Seguridad Nacional, los Estados Unidos consideraban al movimiento progresista católico y, en cierta medida, a la Iglesia en su conjunto como una amenaza. Sin embargo, a partir de 1969, después del endurecimiento de la represión política y del creciente compromiso institucional de la Iglesia con la defensa de los derechos humanos, el enfoque estadounidense pasó de la sospecha a la colaboración desarrollista. Este artículo arroja luz sobre el cambiante escenario político durante el régimen militar brasileño
Both the United States and the Brazilian Catholic Church played decisive roles during the military dictatorship that ruled Brazil between 1964 and 1985. Therefore, an understanding of the relationship between these influential political actors is imperative. This article explores American views of and interests in the Brazilian Catholic Church through a critical examination, categorization, discourse analysis and periodization of cables produced by the U.S. diplomatic mission in Brazil from 1964 to 1972. It maintains that, in the ideological context of National Security doctrine, the U.S. regarded the progressive Catholic movement, and at some level the Church as a whole, as a threat. Nonetheless, starting in 1969, after an intensification of political repression and the growing institutional commitment of the Church to human rights defense, the American approach changed from suspicion to collaboration for development. This article sheds light on the changing political context during the Brazilian military regime
Tanto os Estados Unidos quanto a Igreja católica brasileira foram agentes decisivos durante a ditadura militar que governou o Brasil entre 1964 e 1985. Por tanto, uma compreensão da relação entre esses dois influentes atores políticos parece imperativa. Este artigo explora as visões e os interesses norteamericanos sobre a Igreja católica brasileira por meio da análise crítica, da tematização, da análise do discurso e da periodização dos telegramas da missão diplomática norte-americana no Brasil entre 1964 e 1972. Sustenta-se que, no contexto ideológico da doutrina de Segurança Nacional, os Estados Unidos consideravam o movimento progressista católico e, em algum nível, a Igreja em seu conjunto como uma ameaça. Contudo, em 1969, depois do endurecimento da repressão política e do crescente compromisso institucional da Igreja com a defesa dos direitos humanos, a abordagem norte-americana passou da suspeita à colaboração desenvolvimentista. Este artigo esclarece o cenário político em transformação durante o regime militar brasileiro