Resumo: A rota da cocaína não nasceu nos anos de 1970, via Colômbia, e sim no final do século XIX, em 1860, mais precisamente na relação comercial entre Peru e Alemanha. É sobre o surgimento dessa rota que trataremos no presente artigo, cujo fito é o de mostrar como a relação de centro e periferia do mercado de drogas constituiu-se. Fruto de uma pesquisa documental de doutorado, a investigação partiu do mercado de drogas nos países periféricos, em decorrência dos valores bilionários operados pelas instituições financeiras mundiais (bancos) para tornar esse dinheiro ilícito em lícito e do aprisionamento das mulheres na condição laboral de mulas, na última década (2006-2016). O mercado de drogas é, atualmente, uma das fontes empregadoras de mulheres pobres, negras, jovens e não jovens, com filhos, solteiras, com baixa escolarização, moradoras da periferia e com precário acesso à cidadania.
Abstract: The cocaine route was not born in the 1970s, via Colombia, but at the end of the 19th century, in 1860, more precisely in the commercial relationship between Peru and Germany. It is regarding the emergence of this route that we will approach this article, with the aim of showing how the relationship of center and periphery of the drug market was constituted. The result of doctoral research, our investigation focused on the drug market in peripheral countries, due to the billionaire amounts handled by global financial institutions (banks) to launder this illegal money, and the imprisonment of women through their work as mules, in the period 2006-2016. The drug market is currently one of the sources of employment for poor, Black women, both young and old, with children, single, having little schooling, living in the periphery and with precarious access to civic rights.
Resumen: La ruta de la cocaína no nació en la década de 1970, vía Colombia, sino a fines del siglo XIX, en 1860, más precisamente en la relación comercial entre Perú y Alemania. Es sobre el surgimiento de esta ruta que abordaremos este artículo, cuyo objetivo es mostrar cómo se constituyó la relación de centro y periferia del mercado de drogas. Como resultado de una tesis doctoral, la investigación partió del mercado de drogas en países periféricos, debido a los valores multimillonarios operados por las instituciones financieras globales (bancos) para legalizar este dinero ilícito y el encarcelamiento de mujeres en condiciones laborales de mulas en la última década (2006-2016). El mercado de la droga es actualmente una de las fuentes de empleo de mujeres pobres, negras, jóvenes y no jóvenes, con hijos, solteras, con baja escolaridad, que viven en la periferia y con precario acceso a la ciudadanía.