Resumen Con la promulgación del Código de Responsabilidad Penal de Adolescentes (CRPA), Decreto Legislativo 1348 (06/01/2017) y su reglamento, se pretendía atender el problema social que provocaba la participación de adolescentes en casos de connotación social y penal de extrema violencia en Perú. Sin embargo, los resultados no han sido positivos, porque se han registrado defectos en la legislación, en el ámbito de la evaluación de la práctica judicial especializada y en la evaluación de la política criminológica y penal ejecutada. El CRPA tiene defectos tanto en lo sustantivo como en lo procesal, que limitan su propia legitimidad y cuestionan su vigencia, debido a que se ha hecho una "equivalencia" de condiciones criminológicas registradas en delitos cometidos por adultos. La evaluación normativa, la casuística generada y el débil impacto referencial del CRPA en la estadística criminológica muestran un defecto esencial: la evaluación del perfil de un adolescente involucrado en una situación criminológica no ha sido diseñada correctamente y, por ello, el trámite judicial en lo procesal y en lo pericial lleva a una interpretación de los hechos y a un procedimiento que podrían resultar inconstitucionales, porque al adolescente infractor se le está asignando una condición equivalente a la de un adulto, pues la reforma del Código Civil peruano, con el Decreto Legislativo 1377, no puede aplicarse al contexto penal.1
Resumo Com a promulgação do Código de Responsabilidade Penal de Adolescentes (CRPA), o Decreto-lei 1.348 (6 de janeiro de 2017) e seu regulamento, pretendia-se atender o problema social que a participação de adolescentes em casos de conotação social e penal de extrema violência provocava no Peru. Contudo, os resultados não foram positivos, porque vêm sendo registrados defeitos na legislação, no âmbito da avaliação da prática judicial especializada e na avaliação da política criminalística e penal executada. O CRPA tem defeitos tanto no substantivo quanto no processual, que limitam sua própria legitimidade e questionam sua validade, devido a que se tem feito uma "equivalência" de condições criminológicas registradas em delitos cometidos por adultos. A avaliação regulatória, a casuística gerada e o fraco impacto referencial do CRPA na estatística criminalística mostram uma falha essencial: a avaliação do perfil de um adolescente envolvido em uma situação criminosa não tem sido elaborada corretamente e, por isso, o trâmite judicial no processual e no pericial leva a uma interpretação dos fatos e a um procedimento que poderiam resultar inconstitucionais, porque está sendo designada ao adolescente infrator uma condição equivalente à de um adulto, pois a reforma do Código Civil peruano, com o Decreto-lei 1.377, não pode ser aplicada ao contexto penal.
Abstract With the promulgation of the Code of Criminal Responsibility of Adolescents (CRPA), Legislative Decree 1348 (06/01/2017) and its regulation, Peru sought to address the social problem caused by the participation of adolescents in cases of social and criminal connotation of extreme violence in the country. However, the results have not been positive because of defects in the legislation, in the sphere of the evaluation of the specialized legal practice and in the evaluation of the executed criminological and criminal policy. The CRPA has both substantive and procedural defects that limit its legitimacy and question its applicability, as it makes an equivalency of criminological conditions registered in crimes committed by adults. The normative evaluation, the casuistry generated, and the weak referential impact of the CRPA in criminological statistics show an essential defect: the evaluation of the profile of the adolescent involved in a criminological situation has not been correctly designed. Therefore, the procedural and evidentiary aspects of the judicial proceeding lead to an interpretation of the facts and a proceeding that could be unconstitutional, as the juvenile offender is being assigned a condition equivalent to that of an adult, as the reform of the Peruvian Civil Code (Decree 1377) cannot be applied in the criminal context.