Resumen: En el mundo un paciente diabético gasta entre dos y tres veces más que el no diabético. El pie diabético disminuye la calidad de vida, aumenta la morbimortalidad y la carga económica del sistema de salud. Objetivo: comunicar la investigación realizada sobre costos directos en el tratamiento de la úlcera del pie diabético. Material y método: estudio observacional, descriptivo, retrospectivo de pacientes asistidos en la Unidad de Pie del Hospital de Clínicas, Universidad de la República, entre octubre de 2014 y septiembre de 2016. Se estimaron gastos directos del tratamiento ambulatorio e internación a través de información de la historia clínica. El horizonte de tratamiento fue de tres meses. Se calcularon los gastos en unidades reajustables (UR), pesos y dólares. Los gastos se actualizaron a octubre del 2022 utilizando el índice de precios al consumo (IPC), ajustado a la tasa de inflación acumulada. Resultados: incluimos 49 pacientes, 11 mujeres y 38 hombres, edad promedio 61,5 años. El gasto general fue mayor a 400.000 dólares, con el mayor costo en gastos de internación. El gasto total promedio por paciente fue de 8.799 dólares. El tratamiento convencional fue 3.707,93 dólares, la amputación mayor 32.003,61 dólares y amputación menor 12.385,34 dólares. El gasto en internación fue muy superior al del paciente ambulatorio. En emergencia, 28 pacientes gastaron 4.396 dólares. El incremento de costos al año 2022 fue de 37,45%, suponiendo un gasto general de 16.682.993,4 pesos o 410.830,2 dólares. Conclusión: primera evaluación en nuestro país de estimación de gastos en pie diabético. El costo de la úlcera genera una carga económica notoria y en aumento. La gravedad inicial de la úlcera determina ingresos con elevados costes. Los gastos de internación y amputaciones representan la mayor erogación económica.
Abstract: On a global scale, a diabetic patient incurs healthcare expenses that are 2 to 3 times higher than those of a non-diabetic individual. Diabetic foot syndrome reduces the quality of life, increases morbidity and mortality, and places an economic burden on the healthcare system. Objective: Communicating the research conducted on direct costs in the treatment of diabetic foot ulcers. Method: Observational, descriptive, retrospective study of patients treated at the Foot Unit of the Hospital de Clínicas (UDELAR) between October 2014 and September 2016. Direct treatment costs for outpatient care and hospitalization were estimated using information from the medical records. The treatment horizon extended over a period of 3 months. Expenses were calculated in readjustable units, Uruguayan pesos (UYU), and United States dollars (USD). Expenses were updated to October 2022 using the Consumer Price Index (IPC) adjusted for the cumulative inflation rate. Results: 49 patients were included in the study: 11 women and 38 men, average age was 61.5 years old. The overall expenditure exceeded 400,000 USD, with the highest cost attributed to hospitalization expenses. The average total expenditure per patient amounted to 8,799 USD. The cost of conventional treatment was 3,707.93 USD, major amputation represented USD 32,003.61, and minor amputation USD 12,385.34. Hospitalization expenses significantly exceeded those of outpatient care. In the emergency department, 28 patients spent USD 4,396. The increase in costs by the year 2022 amounted to 37.45%, resulting in a total expenditure of UYU 16,682,993.4 (Uruguayan pesos) or USD 410,830.2. Conclusions: It was the first assessment in our country to estimate diabetic foot costs. The cost of ulcer management imposes a significant and increasing economic burden. The initial severity of the ulcer results in hospitalization which implies high associated costs. Hospitalization and amputation costs constitute the most substantial economic expenditure.
Resumo: Em todo o mundo, um paciente diabético gasta entre 2 e 3 vezes mais do que um paciente não diabético. O pé diabético reduz a qualidade de vida, aumenta a morbimortalidade e a carga económica no sistema de saúde. Objetivos: Comunicar os resultados da pesquisa realizada sobre os custos diretos no tratamento das úlceras do pé diabético. Materiais e métodos: Estudo observacional, descritivo e retrospectivo de pacientes atendidos na Unidade de Pie do Hospital de Clínicas (UDELAR), entre outubro de 2014 e setembro de 2016. Foram estimados gastos diretos com tratamento ambulatorial e internação, por meio de informações do prontuário do paciente. O período de tratamento estudado foi de 3 meses. As despesas foram calculadas em Unidades Ajustáveis, em pesos uruguaios (UYU) e em dólares norte-americanos (USD). As despesas foram atualizadas para outubro de 2022 pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ajustado à inflação acumulada. Resultados: Foram incluídos 49 pacientes: 11 mulheres e 38 homens com idade média de 61,5 anos. A despesa global foi superior a US$ 400.000, com o maior custo em despesas de hospitalização. A despesa total média por paciente foi de US$ 8.799. Os custos por tratamento foram: Tratamento convencional US$ 3.707,93 USD, amputação maior US$ 32.003,61 e amputação menor US$ 12.385,34. O gasto com internação foi muito superior ao do ambulatório. No atendimento de emergência 28 pacientes gastaram US$ 4.396. O aumento dos custos até 2022 foi de 37,45%, assumindo uma despesa geral de UY$ 16.682.993,4 ou US$ 410.830,2 USD. Conclusão: Esta é a primeira avaliação de estimativa de gastos com pé diabético realizada no Uruguai. O custo das úlceras gera uma carga económica notável e crescente. A gravidade inicial da úlcera determina internações com custos elevados. As despesas com hospitalização e amputação representam o maior gasto financeiro.