ABSTRACT In this article, I elaborate on the awareness that, as a White man, my materiality takes part in a socioeconomic and political system that, regardless of personal merit, benefits me, unlike the vast majority of Black men and women, whose rights are marginalized. The questions I propose to answer are: in what way, despite being a White man, does translating the poetry of Black women produce affects that overcome these oppositions? Despite my own limitations, such a translation experience entails the possibility of a relationship described by monk and activist Thich Nhat Hanh (1991) as interbeing, which suggests the Buddhist concept of sunyata, meaning “emptiness of inherent existence” (CARLUCCI, 2022). All beings, according to Mahayana Buddhist philosophy, are interconnected at a deeper level of (inter)existence in that, between the Self and the Other, despite all differences, they maintain an existential connection in which they affect one another. Here, I purposefully play with the sense of “affect” and “being affected by” to reflect on love, as invited by African American activist, anti-racist, teacher, and artist bell hooks (2000), whose writings on love reverberate the issues I intend to discuss. article man merit me marginalized way oppositions limitations 1991 (1991 interbeing sunyata emptiness existence CARLUCCI, CARLUCCI (CARLUCCI 2022. 2022 . 2022) beings philosophy interexistence inter Other differences another Here “affect antiracist, antiracist anti racist, racist anti-racist teacher 2000, 2000 , (2000) discuss 199 (199 202 200 (2000 19 (19 20 (200 1 (1 2 (20 ( (2
RESUMO Neste artigo desenvolvo, em um primeiro momento, a consciência de que, como homem branco, minha materialidade participa de um sistema socioeconômico e político que, a despeito dos meus méritos pessoais, dele sou beneficiário, ao contrário da imensa maioria de homens e mulheres negras que se encontram à margem dos seus direitos. As questões que me proponho responder são: de que forma, mesmo sendo homem e branco, traduzir a poesia de mulheres negras pode produzir afetos que transbordam a oposição homem branco vs mulher negra? Buscarei discutir que, a despeito das limitações que se podem atribuir a mim, haveria, ali, nessa experiência tradutória, a possibilidade de uma relação de interexistência, tal como discutida pelo monge budista Thich Nhat Hanh (1991), a qual remonta, historicamente, ao conceito shunyata, que, no budismo, significa “vazio de existência inerente” (CARLUCCI, 2022). Todos os seres, segundo a filosofia budista mahayana, são, antes, interconectados em um nível mais profundo da (inter)existência, de forma que entre o Eu e Outro, a despeito de todas as diferenças, mantêm, entre si, formas de conexão existencial em que tanto um quanto o outro se afetam mutuamente. Aqui, jogo, propositalmente com os sentidos de “afeto” e “afetar” para refletir a respeito do amor, tal como nos convida a ativista afro-americana, antirracista, professora e artista bell hooks (2000), cujos escritos sobre o amor reverberam as questões que pretendo discutir. desenvolvo momento pessoais beneficiário direitos são negra mim haveria ali tradutória interexistência 1991, 1991 , (1991) remonta historicamente shunyata budismo vazio inerente CARLUCCI, CARLUCCI (CARLUCCI 2022. 2022 . 2022) seres mahayana antes inter existência, (inter)existência Outro diferenças mantêm si mutuamente Aqui jogo afeto “afeto afetar “afetar afroamericana, afroamericana afro americana, americana afro-americana antirracista 2000, 2000 (2000) 199 (1991 202 200 (2000 19 (199 20 (200 1 (19 2 (20 (1 (2 (