Resumen El artículo vincula la categoría rizoma con el campo de estudio de las migraciones, específicamente para reflexionar sobre la vitalidad y el devenir político de los tránsitos de los migrantes que se desplazan por México de manera irregularizada. Con lo anterior, buscamos responder a los siguientes cuestionamientos: ¿Cómo podemos leer los movimientos que van trazando los migrantes indocumentados en tránsito? ¿Con qué conexiones hacen pasar o no intensidades que les permiten desplazarse? ¿Cuál es el devenir político de este andar migrante? Se utiliza la categoría rizoma como figuración metodológica para explorar los caminos, los caminares y los caminantes constituidos en este devenir, con el fin de situar y cartografiar las resistencias colectivas y las experiencias singulares que emergen de estos desplazamientos. La tesis de trabajo con la que se parte sostiene que la migración irregularizada en tránsito va articulando un proceso político en devenir. Los migrantes que transitan sin la documentación legal requerida al enfrentarse a un orden fronterizo, construyen espacios por fuera de la estatalidad y configuran un tipo de subjetividad politizada. Se utiliza la etnografía multisituada, a partir del seguimiento de la caravana migrante que atravesó la frontera sur de México a finales de 2018 y llegó hasta Tijuana, la frontera norte y auxiliándose de técnicas como la observación y las entrevistas a profundidad, se documentan las experiencias, los movimientos, andares y desplazamientos migrantes. Los resultados nos permitieron situar las resistencias creativas, singulares y colectivas que se tejen durante estos tránsitos y que, de alguna manera, tensionan el régimen de control y de fronteras.
Abstract This article links the notion of rhizome with the field of migration studies, specifically to reflect on the vitality and political becoming of in-transit migrants passing through Mexico irregularly. Under this light, we aim to answer the following questions: How can we interpret the movements traced by undocumented migrants in transit? With what connections do they pass or not pass intensities that allow them to move? What is the political becoming of this migratory journey? The rhizome category is used as a methodological figuration to explore the paths, journeys, and walkers constituted in this becoming, in order to situate and map the collective resistances and singular experiences that emerge from these displacements. The working thesis asserts that irregularized migration in transit articulates an ongoing political process. Migrants who transit without the required legal documentation, when confronting a border order, create spaces outside State control and configure a type of politicized subjectivity. We applied a multi-situated ethnography, by following up the migrant caravan that crossed Mexico from its southern border up to reaching Tijuana, at its northern border, at the end of 2018, and employed observation and in- depth interviews techniques to document migrants’ experiences, movements, journeys, and displacements. Findings allowed us to map the creative, singular, and collective resistances that are woven during these transits and that somehow challenge the regime of control and borders.
Resumo Este artigo vincula a noção de rizoma ao campo de estudos sobre migração, especificamente para refletir sobre a vitalidade e o devir político dos trânsitos de migrantes que passam pelo México de forma irregular. Sob essa luz, nosso objetivo é responder às seguintes perguntas: Como podemos interpretar os movimentos traçados pelos migrantes sem documentos em trânsito? Com quais conexões eles passam ou não passam por intensidades que lhes permitem se mover? Qual é o devir político dessa jornada migratória? A categoria rizoma é usada como uma figuração metodológica para explorar os caminhos, as jornadas e os caminhantes constituídos nesse devir, a fim de situar e mapear as resistências coletivas e as experiências singulares que emergem desses deslocamentos. A tese de trabalho afirma que a migração irregular em trânsito articula um processo político em devir. Os migrantes que transitam sem a documentação legal exigida, ao confrontarem uma ordem de fronteira, criam espaços fora do controle do Estado e configuram um tipo de subjetividade politizada. Por meio de etnografia multissituada, seguindo a caravana de migrantes que cruzou o México desde a fronteira sul para chegar a Tijuana, na fronteira norte, no final de 2018, e empregando técnicas como observação e entrevistas em profundidade, temos documentado as experiências, os movimentos, as jornadas e os deslocamentos dos migrantes. Os resultados permitiram localizar as resistências criativas, singulares e coletivas que são tecidas durante esses trânsitos e que, de alguma forma, desafiam o regime de controle e as fronteiras.