ABSTRACT Introduction/framework/objectives Salt production, especially using artisanal methods, does not exist in all countries, given the climatic and logistical requirements. Portugal has some tradition in this sector, but even so, most professionals working in Occupational Health and Safety have no experience in the area. The aim of this review was to summarize the most relevant and recent publications, to improve their performance capacity and enhance the productivity, satisfaction and well-being of the workers involved. Methodology This is a Bibliographic Review, initiated through a search carried out in April 2023 in the databases “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina and RCAAP”. Content Salt pans can be inland (far from the sea, using groundwater with a high salt content) or coastal. The former are scarcer in Portugal and only exist between Lisbon and Coimbra. Over time, in our country, evaporation was carried out by fire and sun. The latter is believed to have been developed by the Romans who created the first version of salt flats. At national level there is evidence of salt production since the end of the Neolithic, but here more frequently with the use of fire. Throughout Europe there has been a decline in artisanal versus industrial salt production, even in sea salt pans (especially on the northwest coast of France and, in Portugal, on the western coasts). Artisanal production in our country is more prevalent in the Figueira da Foz area. The product obtained via artisanal production has better quality, particularly in terms of flavor and nutritionally (via industrial production the taste is more metallic). Portugal is a large producer and consumer of traditional salt. The climatic characteristics suit production, due to summers with frequent high temperatures and strong, hot winds. National salt was and is consumed in other European countries; for presenting superior quality, even though it is more expensive. Production depends on the climate, namely insolation (number of hours in the sun), precipitation, temperature, cloudiness and winds (which affect evaporation). In other words, this is more intense and faster if the air temperature is higher, such as with more dry winds (which are generally more frequent in summer); low precipitation is also favorable. Salt production has been increasing, due to growing industrial needs. To be used in this last situation, it must be at 100% purity. Discussion and Conclusions No bibliography was found that referred the dimension of occupational health and safety in this professional sector. Based on the authors' theoretical and practical experience, the most relevant risk factors and risks in the sector are described: ultraviolet radiation and possible skin cancer, cataracts and other associated injuries; thermal discomfort and eventual higher accident rates associated with motor incoordination, worse cardiovascular adjustment, as well as disorientation and ability to make decisions; forced/maintained loads and/or postures and possible musculoskeletal injuries, emergence/worsening of hernia pathology and falling objects at the same level and possible bruises, skin lacerations and/or fractures. It would be interesting to learn more about the national panorama of this sector, through studies that hierarchically stratify the risk, also accurately describing occupational illnesses and associated accidents, as well as more effective measures to mitigate these issues.
RESUMO Introdução/enquadramento/objetivos A produção de sal, sobretudo com métodos artesanais, não existe em todos os países, dadas as exigências climáticas e logísticas. Portugal apresenta alguma tradição nesse setor mas, ainda assim, a maioria dos profissionais a exercer na Saúde e Segurança Ocupacionais não tem experiência na área. Pretendeu-se com esta revisão resumir o que mais relevante e recente se publicou, de forma a melhorar a capacidade de atuação destes e a potenciar a produtividade, satisfação e bem-estar dos trabalhadores afetos. Metodologia Trata-se de uma Revisão Bibliográfica, iniciada através de uma pesquisa realizada em abril de 2023 nas bases de dados “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina e RCAAP”. Conteúdo As salinas podem ser interiores (afastadas do mar, usando água subterrânea com elevado conteúdo em sal) ou litorais. As primeiras são mais escassas em Portugal e apenas existem entre Lisboa e Coimbra. Ao longo do tempo, no nosso país, a evaporação era realizada pelo fogo e sol. Esta última acredita-se que foi desenvolvida pelos romanos que, de certa forma, criaram a primeira versão das salinas. A nível nacional há evidência de produção de sal desde o final do Neolítico, mas aqui mais frequente com a utilização do fogo. Por toda a Europa tem existido um declínio da produção artesanal de sal, versus industrial, mesmo em salinas marítimas (sobretudo na costa noroeste de França e, em Portugal, na costa ocidental). A produção artesanal no nosso país é mais prevalente na zona da Figueira da Foz. O produto obtido via artesanal tem mais qualidade, nomeadamente a nível de sabor e nutricionalmente (via industrial o paladar é um pouco mais metálico). Portugal é um grande produtor e consumidor de sal tradicional. As caraterísticas climáticas adequam-se à produção, devido aos verões com temperaturas elevadas frequentes e ventos fortes e quentes. O sal nacional era e é consumido noutros países europeus, por apresentar qualidade superior, mesmo tendo um preço mais elevado. A produção depende do clima, nomeadamente a insolação (número de horas ao sol), precipitação, temperatura, nebulosidade e ventos (que condicionam a evaporação). Ou seja, esta é mais intensa e rápida se a temperatura do ar for mais elevada, tal como com mais ventos secos (que geralmente são mais frequentes no Verão); a baixa precipitação também é favorável. A produção de sal tem vindo a aumentar, até pelas crescentes necessidades industriais. Para ser usado nesta última situação, deverá estar no patamar de 100% de pureza. Discussão e Conclusões Não se encontrou bibliografia que fizesse referência à dimensão da saúde e segurança ocupacionais neste setor profissional. Em função de experiência teórica e prática dos autores, descrevem-se os fatores de riscos e riscos mais relevantes do setor: radiação ultravioleta e eventual cancro de pele, cataratas e outras lesões associadas; desconforto térmico e eventual maior sinistralidade associada a descoordenação motora, pior ajuste cardiovascular, bem como desorientação e capacidade de tomar decisões; cargas e/ou posturas forçadas/mantidas e eventuais lesões músculo-esqueléticas, surgimento/agravamento de patologia herniária e queda de objetos e ao mesmo nível e eventuais equimoses, lacerações cutâneas e/ou fraturas. Seria interessante conhecer melhor o panorama nacional deste setor, através de estudos que estratificassem hierarquicamente o risco, descrevendo ainda com rigor as doenças profissionais e acidentes associados, bem como medidas mais eficazes para atenuar essas questões.