ABSTRACT INTRODUCTION: Coronavirus disease (COVID-19) has affected millions of lives globally. Despite the favourable impact of Mediterranean Dietary Pattern on cardiometabolic disorders that predispose themselves to COVID-19 infection, it is important to know the dietary components with potential to improve disease-related outcomes. OBJECTIVES: To investigate the association of the Mediterranean Dietary Pattern and its components with the severity of COVID-19 symptoms. METHODOLOGY: Cross-sectional study with a sample of adults recovered from COVID-19 infection, residents of Funchal and unvaccinated. Data on sociodemographic variables, lifestyle, presence of chronic diseases, and intake of supplements food, self-perceived health status, COVID-19 symptoms and dietary consumption was collected using the Computer Assisted Telephone Interview method. Mediterranean Dietary Pattern adherence was obtained from the MEDAS (Mediterranean Diet Adherence Score) questionnaire. Simple and multiple logistic regression models were used to analyse the severity of COVID-19 symptoms and different metrics. RESULTS: A total of 541 adults were included in the study, 60.0% were female and 53.9% were 40-59 years old. Data show that 15.7% of the participants were asymptomatic for COVID-19 infection and 26.9% had severe symptoms. A strong adherence to Mediterranean Dietary Pattern was found in 14.8% of the participants, and it was significantly higher among the asymptomatic participants than those who reported mild or severe symptoms. A low ingestion of red/ processed meats, fats (butter/cream/margarine), commercial pastry and carbonated/ sugar-sweetened drinks, as well as consumption of poultry more than red meat, was associated with less severe COVID-19 symptoms, after adjustment for sex, age and education level. Participants who reported an adequate consumption of olive oil (OR=0.47; 95% CI: 0.25-0.88) and vegetables (OR=0.57; 95% CI: 0.35-0.94) were less likely to experience any symptoms of disease. Nevertheless, results were not consistent when several items, associated in bivariate analysis and in unadjusted logistic regression models, were taken into consideration. CONCLUSIONS: Adherence to Mediterranean Dietary Pattern, in particular adequate consumption of olive oil and vegetables, and limited ingestion of commercial pastry, red/ processed meat, fats and carbonated/ sugar-sweetened drinks, was associated with less severe symptoms of COVID-19 infection.
RESUMO INTRODUÇÃO: A doença de coronavírus 19 (COVID-19) afetou milhões de vidas em todo o mundo. Apesar do impacto favorável do Padrão Alimentar Mediterrânico nos distúrbios cardiometabólicos, que predispõem à infeção por COVID-19, é importante conhecer os componentes alimentares com potencial para melhorar os resultados relacionados com a doença. OBJETIVOS: Investigar a associação entre o Padrão Alimentar Mediterrânico e seus componentes com a gravidade dos sintomas COVID-19. METODOLOGIA: Estudo transversal em uma amostra de adultos recuperados da infeção por COVID-19, residentes no Funchal e não vacinados. Dados sobre variáveis sociodemográficos, estilo de vida, presença de doenças crónicas, ingestão de suplementos alimentares, estado de saúde percecionado, sintomas de COVID-19 e consumo alimentar foram recolhidos usando o método Computer Assisted Telephone Interview. A adesão ao Padrão Alimentar Mediterrânico foi obtida a partir do questionário MEDAS (Mediterranean Diet Adherence Score). Modelos de regressão logística simples e múltipla foram usados para analisar a gravidade dos sintomas da COVID-19 e diferentes métricas. RESULTADOS: Um total de 542 adultos foram incluídos no estudo, 60,0% do sexo feminino e 53,9% com idade entre 40 e 59 anos. Os dados mostram que 15,7% dos participantes eram assintomáticos para infeção por COVID-19 e 26,9% apresentavam sintomas graves. Uma forte adesão ao Padrão Alimentar Mediterrânico foi encontrada em 14,8% dos participantes, sendo significativamente maior entre os assintomáticos do que naqueles que relataram sintomas leves ou graves. Baixa ingestão de carnes vermelhas/ processadas, gorduras (manteiga/creme ou margarina), pastelaria e refrigerantes/ bebidas açucaradas, assim como o consumo mais frequente de carne de aves do que carne vermelha, foi associada a uma menor gravidade dos sintomas, após ajustado para sexo, idade e escolaridade. Os participantes que relataram consumo adequado de azeite (OR=0,47; IC 95%: 0,25-0,88) e hortícolas (OR=0,57; IC 95%: 0,35-0,94) apresentaram menor probabilidade de ter algum sintoma da doença. Contudo, os resultados não foram consistentes, quando considerados vários itens, associados na análise bivariada e em modelos de regressão logística não ajustados. CONCLUSÕES: A adesão ao Padrão Alimentar Mediterrânico, em particular o consumo adequado de azeite e vegetais, a ingestão limitada de pastelaria, carnes vermelhas/processadas, gorduras e refrigerantes/ bebidas açucaradas, foi associada a menor severidade de sintomas da infeção por COVID-19.