A análise crítica de gênero, especialmente quando enfoca práticas profissionais específicas, depende de modo crucial da disponibilidade de dados discursivos da prática profissional sob investigação, o que nem sempre é fácil. Neste artigo abordo um exemplo típico desse tipo de dificuldade, enquanto enfoco uma iniciativa internacional em que estive envolvido nestes últimos anos, com a colaboração de mais de vinte equipes de pesquisa de um mesmo número de países. Ao nos debruçarmos sobre dados discursivos (narrativos, documentais e interacionais), é possível enxergar as motivações para processos e procedimentos interdiscursivos. Entretanto, o assim chamado dever de estrita confidencialidade, observado e praticado nas práticas de arbitragem internacional, torna difícil o acesso aos dados das práticas de arbitragem e, assim, de levar adiante uma pesquisa interdisciplinar crítica com base na noção de gênero. No presente artigo enfocarei algumas das questões importantes envolvidas no estudo da prática profissional e discutirei as implicações desse requisito de confidencialidade amplamente obedecido, bem como suas implicações para a pesquisa na e desenvolvimento da instituição de arbitragem. Também proponho alternativas para a coleta de dados da prática de arbitragem, de modo a tornar esse tipo de pesquisa possível.
Critical genre analysis, especially targeting specific professional practices, crucially depends on the availability of discursive data from the professional practice under investigation, which is not always easily accessible. In this paper, I take up a typical example of this kind of difficulty focusing on an international initiative, in which I have been involved for the last several years, with collaboration from more than twenty research teams from as many countries. By drawing on discoursal data (narrative, documentary and interactional), it is possible to look at the motivations for interdiscursive processes and procedures. However, the so-called duty to strict confidentiality observed and practiced in international arbitration practice makes it difficult to get access to data from arbitration practice and thus to undertake such critical genre-based interdisciplinary research. In this paper, I will focus on some of the important issues involved in this study of professional practice and discuss implications of this generally assumed requirement of confidentiality, and its implications for research in and development of the institution of arbitration. I also propose alternatives to collection of data from arbitration practice to make such research possible.
El análisis crítico de género, especialmente cuando enfoca prácticas profesionales específicas, depende de modo crucial de la disponibilidad de datos discursivos de la práctica profesional bajo investigación, lo que ni siempre es fácil. En este artículo abordo un ejemplo típico de ese tipo de dificultad, mientras enfoco una iniciativa internacional en la que estuve envuelto en estos últimos varios años, con la colaboración de más de veinte equipos de investigación de un mismo número de países. Al inclinarnos sobre datos discursivos (narrativos, documentales e interacionales), es posible ver las motivaciones para procesos y procedimientos interdiscursivos. Al mismo tiempo, el así llamado deber de estricta confidencialidad, observado y practicado en las prácticas de arbitraje internacional, vuelven difícil el acceso a los datos de las prácticas de arbitraje y, así, de llevar adelante una investigación interdisciplinar crítica con base en la noción de género. En el presente artículo enfocaré algunas de las cuestiones importantes involucradas en el estudio de la práctica profesional y discutiré las implicaciones de ese requerimiento de confidencialidad ampliamente obedecido, bien como sus implicancias para la pesquisa en el desarrollo de la institución de arbitraje. También propongo alternativas para la colecta de datos de la práctica de arbitraje, de modo a tornar ese tipo de investigación posible.