Resumo Introdução: Os benefícios do exercício para alterações posturais requerem investigação adequada, com amostras grandes, grupo controle e alocação aleatorizada. Objetivo: Avaliar os efeitos de um programa de exercícios de alongamento e fortalecimento muscular em ambiente escolar na postura, mobilidade de tronco e dor musculoesquelética em escolares do ensino fundamental. Método: Foram avaliados trezentos estudantes de três escolas públicas no Brasil. Exercícios de alongamento e fortalecimento em grupo, duas vezes por semana, durante oito semanas foram oferecidos por um fisioterapeuta. O grupo controle não realizou intervenção. As posturas da cabeça, coluna e ombros foram avaliadas de forma qualitativa. Os alinhamentos da cabeça e tronco foram avaliados pelo Software de Avaliação Postural. Dores cervical, torácica, lombar e nos membros superiores foram avaliadas nos últimos sete dias. A mobilidade do tronco foi avaliada pela flexibilidade da cadeia posterior. As medidas foram registradas na linha de base e após a intervenção. Os grupos foram comparados usando o teste χ2, MANOVA e ANOVA two-way, com α de 5%. Resultados: A postura do ombro mostrou resultados significativos (P = 0,04), o grupo intervenção apresentou menor taxa de piora. Na avaliação quantitativa, houve diferença estatisticamente significante entre avaliações (P < 0,01 para cabeça e tronco, ES = 0,53), mas não entre grupos. O grupo intervenção teve maior percentual de melhora na dor (P = 0,04; ES = 0,54). A mobilidade do tronco diminuiu 1,8° no grupo controle e aumentou 5,0° no grupo intervenção, sem significância estatística. Conclusão: O programa foi eficaz em reduzir o nível de dor e desalinhamento do ombro no grupo intervenção.
Abstract Introduction: The exercise benefits for the most prevalent postural changes require proper investigation, with large samples, control group, and concealed allocation. Objective: To assess the effects of a muscular stretching and strengthening school-based exercise program on posture, trunk mobility, and musculoskeletal pain among elementary schoolchildren. Method: Three hundred students from three schools in Brazil were evaluated. Stretching and strengthening exercises, twice a week, for eight weeks in group sessions were provided by one physiotherapist. The control group did not undergo any intervention. Head, back and shoulder posture were qualitatively evaluated. Head and trunk alignment were evaluated using the Posture Assessment Software. Cervical, thoracic, low back and upper limb pain were assessed for the last seven days. The trunk mobility was recorded through the flexibility of the posterior chain. Posture, pain and trunk mobility were recorded at baseline and after the intervention. Groups were compared using χ2 test, two-way MANOVA, and two-way ANOVA, with α set at 5%. Results: Shoulder posture showed significant results (P = 0.04), the intervention group showed the lower worsening rate. In the quantitative evaluation, a statistically significant difference was observed between assessments (P < 0.01 for head and trunk; ES = 0.53) but not between groups. The intervention group had a higher percentage of improvement in the overall musculoskeletal pain (P = 0.04; ES = 0.54). Mobility decreased an average of 1.8° in the control group and increased 5.0° in the intervention group, without statistical significance. Conclusion: The program was effective in reducing pain level and shoulder misalignment at the intervention group.
Resumen Introducción: Los beneficios del ejercicio para las alteraciones posturales requieren investigación adecuada, con muestras grandes, grupo control y asignación aleatorizada. Objetivo: Evaluar los efectos de un programa de ejercicios de estiramiento y fortalecimiento muscular en ambiente escolar en la postura, movilidad de tronco y dolor musculoesquelético en escolares de la enseñanza fundamental. Método: Se evaluaron trescientos estudiantes de tres escuelas públicas en Brasil. Los ejercicios de estiramiento y fortalecimiento fueron ofrecidos por un fisioterapeuta,en grupos, dos veces por semana por ocho semanas. El grupo control no realizó intervención. Las posturas de la cabeza, columna y hombros fueron evaluadas de forma cualitativa. Los alineamientos de la cabeza y el tronco fueron evaluados por el software de evaluación postural. Los dolores cervical, torácico, lumbar y los miembros superiores se han evaluado en los últimos siete días. La movilidad del tronco fue evaluada por la flexibilidad de la cadena posterior. Las medidas se registraron en la línea de base y después de la intervención. Los grupos fueron comparados usando la prueba χ2, MANOVA y ANOVA de dos vías, con α del 5%. Resultados: La postura del hombro mostró resultados significativos (P = 0,04), el grupo intervención presentó menor tasa de empeoramiento. En la evaluación cuantitativa, hubo diferencia estadísticamente significativa entre evaluaciones (P < 0,01 para cabeza y tronco, ES = 0,53), pero no entre grupos. El grupo de intervención tuvo un mayor porcentaje de mejora en el dolor (P = 0,04; ES = 0,54). La movilidad del tronco disminuyó 1,8° en el grupo control y aumentó 5,0° en el grupo intervención, sin significancia estadística. Conclusión: El programa fue eficaz en reducir el nivel de dolor y desalineación del hombro en el grupo de intervención.