Abstract As a Chinese territory under Portuguese administration for over four centuries, Macao has experienced a dynamic cultural and linguistic exchange, where different languages (Chinese and Portuguese, in particular) coexist and thus form an urban linguistic landscape with its own characteristics. Against this background and drawing on two concepts connected to the relationship between place and human subject (their emotions, language and cultural activities, etc.) – namely placeness (Augé, 2008; Chaveiro, 2012) and subjectivity of place (Brown & Knopp, 2008; Holzer, 2009) – the aim of this article is to examine and reflect on public linguistic manifestations in the city of Macao, with a focus on the multilingual and intercultural practices that are made visible through translation. Based on the analysis of case studies present in Macao’s public sphere, this article addresses those language practices, among which translation is central, as they interact in three main categories of space that fill in an urban territory: “space of state and government”, “space of private sectors”, and “space of interaction of multi-actors” (Zhang & Sun, 2019). Following this categorization, our corpus encompasses signs on public roads, namely street and commercial establishment nameplates, advertising posters, and institutional and governmental notices. Through this analysis, the article seeks to deepen our understanding of multilingualism and interculturality in Macao, while contributing to a reflection on the power relations between the languages and communities coexisting in the territory, and thus on Macao’s (cultural) identity. Furthermore, this article also seeks to provide a reference model for interdisciplinary research at the crossroads of translation studies, linguistic landscape studies, and cultural and humanistic geography studies, in which translation practices are understood as a language of place. centuries exchange particular characteristics their emotions activities etc. etc Augé, Augé (Augé 2008 Chaveiro 2012 Brown Knopp Holzer 2009 Macaos s sphere central government, government , government” sectors, sectors sectors” multiactors multi actors multi-actors Zhang Sun 2019. 2019 . 2019) categorization roads nameplates posters notices (cultural identity Furthermore 200 201 20 2
Resumo Sendo território chinês que esteve sob administração portuguesa durante mais de quatro séculos, Macau tem vindo a vivenciar um intercâmbio cultural e linguístico dinâmico, em que diferentes línguas (chinês e português, em particular) coexistem e formam, assim, uma paisagem linguística urbana com características próprias. Perante este contexto, e baseando-nos em dois conceitos ligados às relações entre lugares e sujeitos humanos (suas emoções, atividades linguísticas e culturais, etc.) – placeness (Augé, 2008; Chaveiro, 2012) e subjetividade do lugar (Brown & Knopp, 2008; Holzer, 2009), respetivamente –, o objetivo do presente artigo consiste em analisar e refletir sobre as manifestações linguísticas públicas na cidade de Macau, com incidência nas práticas multilingues e interculturais nela patentes e tornadas visíveis por meio da tradução. A partir da análise de casos específicos presentes na esfera pública de Macau, abordamos as práticas linguísticas, entre as quais a de tradução é central, que interagem nas três principais categorias de espaço que preenchem um território urbano: “espaço de estado e governo”, “espaço de entidade privada” e “espaço de interação de multi-atores” (Zhang & Sun, 2019). Seguindo esta categorização, o nosso corpus de trabalho inclui como objetos de estudo sinais em via pública, designadamente placas com nomes de ruas e estabelecimentos comerciais, cartazes publicitários e avisos institucionais e governamentais. Pretendemos, através desta análise, aprofundar a compreensão quanto à especificidade pública do multilinguismo e da interculturalidade de Macau, contribuindo, em simultâneo, para uma reflexão a respeito das relações de poder entre as línguas e comunidades coexistentes no território e, por conseguinte, a respeito da identidade (cultural) de Macau. Procuramos assim fornecer um modelo de referência para a investigação interdisciplinar no âmbito dos estudos de tradução, da paisagem linguística e da geografia cultural e humanista, em que as práticas tradutórias se entendem como uma linguagem do lugar. séculos dinâmico português particular formam próprias contexto baseandonos baseando nos suas emoções culturais etc. etc Augé, Augé (Augé 2008 Chaveiro 2012 Brown Knopp Holzer 2009, 2009 , 2009) central urbano governo, governo governo” privada multiatores multi atores multi-atores Zhang Sun 2019. 2019 . 2019) categorização comerciais governamentais Pretendemos contribuindo simultâneo conseguinte (cultural humanista 200 201 20 2