Neste artigo debatemos a centralidade do conceito de experiência em Axel Honneth e André Gorz. Tal centralidade nem sempre é explicitada, mas subjaz às suas formulações teóricas. Em seu livro Reification, Honneth parte de sua teoria do reconhecimento para propor uma elaboração contemporânea do conceito de reificação na forma de esquecimento do reconhecimento. André Gorz, em Metamorfoses do trabalho e O imaterial, adota como ponto de partida as ideias de racionalidade não econômica e intelecto geral, respectivamente, para postular a existência de experiências de um potencial utópico. Em ambos há elementos da categoria adorniana do não idêntico, bem como entrecruzamentos com a fenomenologia de Heidegger e Sartre. Em ambos é recuperado o problema da "experiência" para os debates em teoria crítica.
In this article we discuss the centrality of the concept of experience in Axel Honneth and André Gorz. Such centrality is not always explicit, but underlies within its theoretical formulations. In his recent book, "Reification", Honneth starts off from his theory of recognition to propose a contemporary elaboration of the reification concept in the form of the oblivion of recognition. In Metamorphoses of work and The immaterial, André Gorz adopts as his starting-point the ideas of non-economic rationality and general intellect, respectively, to postulate the existence of experiences of a utopian potential. In both thinkers, elements of Adorno's category of "not identical" are present, as well as intertwinements with the phenomenology of Heidegger and Sartre. Both authors postulate the problem of "experience" in critical theory debates.
Dans cet article, nous abordons la centralité du concept d'expérience dans Axel Honneth et André Gorz. Une telle centralité n'est pas toujours explicite, mais sous-tend ses formulations théoriques. Dans son livre Réification, Honneth part de sa théorie de la reconnaissance pour proposer une élaboration contemporaine du concept de réification sous la forme de l'oubli de la reconnaissance. André Gorz dans Métamorphoses du travail et L'immatériel adopte comme point de départ les idées, respectivement, de rationalité non économique et d'intellect général, pour postuler l'existence d'expériences d'un potentiel utopique. Dans ces deux idées nous retrouvons des éléments de la catégorie de Adorno de "non identique" ainsi que des intersections avec la phénoménologie de Heidegger et de Sartre. Dans les deux cas les auteurs récupèrent le problème de "l'expérience" pour les débats dans la théorique critique.