Resumo Na América Latina é particularmente relevante uma abordagem crítica pós-desenvolvimentista que vincula estreitamente a modernidade à colonialidade e cujos debates são permeados pelo conceito de natureza colonizada e por críticas severas ao neoextrativismo do século XXI. O artigo apresenta a diversidade social e o patrimônio biocultural dos povos da floresta que vivem nas bacias dos rios Tapajós e Trombetas e, a partir de uma análise de áreas e situações específicas, reflete sobre formas de espoliação perpetradas pelo capital, em conluio com diferentes esferas do Estado. Essa análise, por sua vez, permite tecer reflexões sobre as diferentes formas de resistência dos povos da floresta em defesa de seus territórios tradicionalmente ocupados e modos de vida.
Abstract In understanding contemporary Latin America, a critical post-developmental approach is particularly relevant. This approach closely links modernity to coloniality and its debates are permeated by the concept of colonized nature and by trenchant critiques of 21st century neo-extractivism . This article presents the social diversity and biocultural legacies of forest peoples who live in the basins of the Tapajós and Trombetas rivers. We present an analysis of particular areas and locales, to reveal ways that plunder is perpetrated by capital, in collusion with different spheres of the State. This analysis, in turn, allows us to reflect on different forms of forest peoples’ resistance in defence of their traditionally occupied territories and ways of life.
Resumen En América Latina, es particularmente relevante el enfoque crítico pós-desarrollista, que relaciona estrechamente la modernidad a la colonialidad y cuyos debates son marcados por el concepto de naturaleza colonizada y por críticas rigurosas al neoextractivismo del siglo XXI. Este artículo revela la diversidad social y el patrimonio biocultural de los pueblos de la selva que viven en las cuencas de los ríos Tapajós y Trombetas, y, a partir de un análisis de áreas y situaciones específicas, reflexionamos sobre formas de expoliación perpetradas por el capital en connivencia con diferentes esferas del Estado. Este análisis, además, permite tejer reflexiones sobre diferentes formas de resistencia de estos pueblos en defensa de sus territorios tradicionalmente ocupados y modos de vida.