RESUMO Introdução: Este estudo teve como objetivo compreender a perceção de pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida quando se deparam com barreiras de acessibilidade para atendimento em um centro especializado de reabilitação. Metodologia: Estudo qualitativo descritivo-exploratório, realizado em 2019, com 90 utilizadores do programa de reabilitação física da Região Metropolitana I, do Rio de Janeiro, Brasil. A colheita de dados realizou-se através de entrevistas semiestruturadas e foram analisados com base na análise de conteúdo, abordagem temática. Resultados: Os depoimentos convergiram em duas categorias, que evidenciaram as precárias condições de acessibilidade nas calçadas, ruas, nos transportes públicos, constituindo fatores determinantes para o aumento da dependência das pessoas para se locomover. Discussão: Os relatos dos participantes deste estudo revelaram que o enfrentamento diário de barreiras arquitetónicas e atitudinais comprometem diversos aspetos. A falta de empatia dos outros, as precárias condições de manutenção nos transportes públicos, contribuem para que as pessoas se sintam desrespeitadas, invisíveis, excluídas no direito fundamental de ir e vir. Conclusão: Constatamos que os participantes enfrentam barreiras arquitetónicas e atitudinais inaceitáveis do ponto de vista social e inclusivo, agravadas por comportamentos desrespeitosos e transgressores das leis, da falta de planeamento de mobilidade urbana, comprometendo ganhos funcionais para sua independência no direito de ir e vir.
ABSTRACT Introduction: This study aimed to understand the perception of people with physical disabilities or reduced mobility when facing accessibility barriers for service in a specialized rehabilitation center. Methodology: Qualitative descriptive-exploratory study, conducted in 2019, with 90 users of the physical rehabilitation program of Metropolitan Region I, in Rio de Janeiro, Brazil. Data collected through semi-structured interviews and analysed based on content analysis, thematic approach. Results: The testimonies converged in two categories, which showed the precarious conditions of accessibility on the sidewalks, routes, public transport system, constituting determining factors for increasing the dependence of people to get around. Discussion: The reports of the participants of this study revealed that the daily confrontation of architectural and attitudinal barriers promotes commitment in several aspects. The daily confrontations of accessibility barriers, the lack of empathy of others, the precarious conditions of maintenance in public transport, contribute to make people feel disrespected, invisible, excluded in the fundamental right to come and go. Conclusion: We found that the participants face unacceptable architectural and attitudinal barriers from a social and inclusive point of view, aggravated by disrespectful and law-breaking behaviours, obstacles resulting from the lack of urban mobility planning, compromising functional gains for their independence in the right to go and come.
RESUMEN Introducción: Este estudio tuvo como objetivo comprender la percepción de las personas con discapacidad física o movilidad reducida ante las barreras de accesibilidad para el servicio en un centro de rehabilitación especializado. Metodología: estudio cualitativo descriptivo-exploratorio, realizado en 2019, con 90 usuarios del programa de rehabilitación física de la I Región Metropolitana, en Río de Janeiro, Brasil. Datos recolectados a través de entrevistas semiestructuradas y analizados en base al análisis de contenido, enfoque temático. Resultados: Los testimonios convergieron en dos categorías, que evidenciaron las precarias condiciones de accesibilidad en las aceras, rutas, sistema de transporte público, constituyendo factores determinantes para incrementar la dependencia de las personas para desplazarse. Discusión: Los informes de los participantes de este estudio revelaron que el enfrentamiento diario de barreras arquitectónicas y actitudinales promueve el compromiso en varios aspectos. Los enfrentamientos diarios de barreras de accesibilidad, la falta de empatía de los demás, las precarias condiciones de mantenimiento en el transporte público, contribuyen a que las personas se sientan irrespetadas, invisibles, excluidas del derecho fundamental al ir y venir. Conclusión: Encontramos que los participantes enfrentan barreras arquitectónicas y actitudinales inaceptables desde el punto de vista social e inclusivo, agravadas por comportamientos irrespetuosos y violadores de las leyes, obstáculos derivados de la falta de planificación de la movilidad urbana, comprometiendo las ganancias funcionales para su independencia en el derecho a ir y venir.