Resumo Nos anos 1990, surgiram novos sujeitos e possibilidades técnicas de cartografar, na intensificação das modernizações e dos conflitos pelo uso do território entre agentes hegemônicos (Estado e grande capital) e contra-hegemônicos (comunidades tradicionais e movimentos sociais). Destaque-se aí a afirmação da cartografia crítica nos EUA e da cartografia social no Brasil, ferramentas fundamentais na disputa pelas representações espaciais nas lutas sociais. Focalizamos a cartografia da ação social proposta por Ana Clara Torres Ribeiro, que vem sendo desenvolvida em duas frentes principais: experiências em escolas e grupos focais com entidades e movimentos sociais. Apresentando resultados de pesquisa de experiência junto a grupos focais da Rede Fitovida no estado no Rio de Janeiro, destacamos duas contribuições desse método: (i) foco na ação e no sujeito da ação, compreensão dos sentidos da ação e (ii) possibilidade de trabalhar com lutas pelo uso do território por sujeitos da ação mais difusos em contextos urbanos, e não apenas naquelas por terras tradicionalmente ocupadas.
Abstract In the 1990s, new subjects and technical possibilities of mapping emerged on the heels of increasingly fierce modernizations and conflicts between hegemonic agents (State and major capitalists) and counter-hegemonic agents (traditional communities and social movements) over the use of territory. In this context, one can highlight the USA's critical cartography and Brazilian's social cartography premises at the forefront of disputes over spatial representations in social struggles. We focus on Ana Clara Torres Ribeiro's cartography of social action methodology, which has been developed on two main fronts: the experience of school and focus groups with social entities and movements. To present the results of experience research with focus groups of the Rede Fitovida in Rio de Janeiro, we bring to the fore two contributions of this method: (i) to focus the analysis on the action and on the subject of this action to grasp the underlying meanings behind it, and (ii) in the open possibility of working with struggles for the use of territory by more diffuse subjects in urban contexts, and not only in those happening in occupied lands.
Resumen Años 1990 aparecen nuevos sujetos y posibilidades técnicas de cartografía en la intensificación de las modernizaciones y conflictos por el uso del territorio entre agentes hegemónicos (Estado y gran capital) y contrahegemónicos (comunidades tradicionales y movimientos sociales). Destacando la afirmación de la cartografía crítica en EE.UU. y cartografía social en Brasil, herramientas fundamentales en la disputa por las representaciones espaciales en las luchas sociales. Nos centramos en la cartografía de la acción social de Ana Clara Torres Ribeiro, que se ha desarrollado en dos grandes frentes: experiencias en las escuelas; y grupos focales con entidades y movimientos sociales. Presentando resultados de investigación junto a grupos focales de la Rede Fitovida en Rio de Janeiro, destacamos dos aportes de este método: (i) focalizar la acción y el sujeto de la acción, comprensión de los significados de la acción y (ii) la posibilidad de trabajar con luchas por el uso del territorio por parte de sujetos más difusos en contextos urbanos, y no solo en aquellos sobre tierras tradicionalmente ocupadas.